O País – A verdade como notícia

O Presidente da República, Daniel Chapo, participará nas exéquias do Papa Francisco, este sábado, na Praça de São Pedro, no Vaticano. 

A cerimónia da Missa das Exéquias terá início às 10 horas de Vaticano, mesma hora em Maputo, e será seguida do sepultamento do Santo Padre no átrio da Basílica de Santa Maria Maior. De acordo com o comunicado da Presidência da República, a Missa marca também o início do Novendiali, o tradicional novenário de nove dias de luto e orações em homenagem ao Sumo Pontífice falecido.

O Chefe do Estado será acompanhado pela Primeira-Dama da República, Gueta Chapo, e o Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Mateus Saize.

“A participação do Presidente Chapo nas exéquias do Papa Francisco traduz o profundo respeito e a solidariedade do povo moçambicano para com a Igreja Católica e a comunidade internacional, neste momento de dor e homenagem à vida e legado do Santo Padre”, pode-se ler no comunicado da Presidência da República. 

 

O Vaticano vive hoje o último dia do velório do Papa Francisco. Desde as primeiras horas, milhares de fieis continuam a prestar suas últimas homenagens ao pontífice na Basílica de São Pedro.

Segundo informações do Vaticano, cerca de 90 mil pessoas já passaram pela basílica desde quarta-feira, demonstrando o carinho e respeito pelo líder da Igreja Católica. 

O caixão do Papa Francisco será fechado hoje em uma cerimônia privada, marcada para às 20h, horário.

O funeral está previsto para este sábado, dia 26, e contará com a presença de vários Chefes de Estado e outras autoridades internacionais.

Cristão em todo o mundo têm  estado a celebrar missas especiais em homenagem ao Santo Padre. Em Maputo, a sé catedral vai celebrar hoje, às 18 horas, a missa pela alma do Sumo Pontífice, e as portas estarão abertas para todos, independentemente da confissão religiosa. 

Representantes do governo congolês e dos grupos rebeldes M23/AFC (Movimento 23 de Março/Aliança do Rio Congo) concordaram em interromper os combates no leste da República Democrática do Congo, de acordo com uma declaração divulgada pelos dois partidos na noite de quarta-feira.

Embora combates entre as forças armadas congolesas e os rebeldes supostamente apoiados por Ruanda tenham devastado as províncias de Kivu do Norte e do Sul desde Janeiro e as negociações anteriores tenham produzido poucos resultados, o anúncio foi visto como um primeiro passo positivo para o fim da violência.

No entanto, tréguas anteriores foram rapidamente violadas e o caminho para uma paz duradoura em um conflito que já dura várias décadas ainda é longo.

E embora ambos os lados tenham afirmado que as negociações em Doha foram “francas e construtivas”, algumas dúvidas permanecem sobre o progresso das negociações, que as autoridades descreveram como lentas.

A guerra no leste da RDC deslocou centenas de milhares de habitantes e matou pelo menos 7.000 pessoas desde Janeiro, de acordo com as autoridades congolesas.

Quase 50 mil pessoas já passaram diante do caixão do papa Francisco desde quarta-feira de manhã na Basílica de São Pedro, em Roma, que permaneceu aberta durante quase toda a noite para receber os fiéis.

O anúncio foi feito pelo Vaticano nesta quinta-feira, que destaca que pelo menos 48.600 pessoas passaram pela basílica para prestar uma última homenagem, incluindo 13.000 durante a madrugada.

A basílica estava prevista encerrar à meia-noite, mas permaneceu aberta até às 5h30 para que as pessoas que estavam reunidas na praça de São Pedro pudessem despedir-se do papa Francisco.

Segundo vários testemunhos, as pessoas tiveram de esperar entre três a mais de quatro horas para entrar na basílica.

A igreja reabriu às 7h00 desta quinta-feira e uma multidão já se aglomerava na praça de São Pedro. A basílica deverá permanecer aberta até à meia-noite, mas o horário poderá voltar a prolongar-se se necessário.

Amanhã à noite se fará a cerimónia do fecho do caixão do Papa Francisco.

O funeral decorrerá no sábado, às 10h00 de Roma, na Praça de São Pedro, onde deverão estar presentes pelo menos 200 mil fiéis e 170 delegações estrangeiras.Chefes de Estado e de Governo de todo o mundo marcarão presença, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, que entrou repetidamente em conflito com o papa sobre questões sociais como a imigração.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou a interrupção da sua visita à África do Sul para regressar à Ucrânia, depois dos ataques russos que fizeram pelo menos nove mortos em Kiev.

Segundo escreve o Notícias ao Minuto, os serviços de emergência da Ucrânia registaram um número ainda considerado provisório de nove mortos e 63 feridos, 42 dos quais estão hospitalizados, entre os feridos contam-se seis crianças. 

Na mesma mensagem divulgada através das redes sociais, o Chefe de Estado ucraniano disse que vai regressar a Kiev após o encontro hoje com o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, cancelando a restante agenda da visita à África do Sul. 

Zelensky condenou os bombardeamentos russos contra a Ucrânia, apelando à Rússia para que cesse imediatamente os ataques.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano convocou o embaixador chinês, para expressar as suas “sérias preocupações” sobre a presença de combatentes chineses no exército russo e a assistência de empresas chinesas à Rússia no fabrico de armamento.

“O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Yevhen Perebyinis, sublinhou [ao embaixador chinês em Kiev] que a participação de cidadãos chineses nas hostilidades contra a Ucrânia ao lado do Estado agressor (Rússia), bem como o envolvimento de empresas chinesas na produção de equipamento militar na Rússia, são muito preocupantes e contradizem o espírito de parceria entre a Ucrânia e a China”, afirmou o ministério num comunicado, citado por Lusa.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sancionou, a 18 de Abril, três empresas chinesas, depois de ter acusado Pequim de fornecer armas à Rússia e de ter anunciado a existência de cidadãos da China a combater ao lado das forças russas.

O chefe de Estado impôs sanções à Beijing Aviation and Aerospace Xianghui Technology, à Rui Jin Machinery e à Zhongfu Shenying Carbon Fiber Xining, segundo a presidência ucraniana.

Zelensky disse ter recebido a confirmação dos serviços de informação e do Serviço de Segurança (SBU) de que a China estava a fornecer pólvora e artilharia à Rússia, uma alegação rejeitada por Pequim.

Anteriormente, o Presidente ucraniano anunciou no dia 08 de Abril a captura de dois cidadãos chineses a lutar ao lado das forças russas, indicando a seguir ter informações de que o número ascendia a várias centenas.

A diplomacia chinesa respondeu que nunca entregou armas letais à Rússia na guerra com a Ucrânia, criticando “acusações arbitrárias” e “manipulação política” a este respeito.

Pequim já rejeitara também o seu envolvimento na presença de cidadãos chineses nas forças de Moscovo.

Refira-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após a desagregação da antiga União Soviética – e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) suspendeu o tratamento de desnutrição de 650 mil mulheres e crianças, na Etiópia, esta semana, devido à grave escassez de financiamento, segundo informou a agência da ONU, citado pela revista Reuters. 

O PMA recebe financiamento de 15 a 20 doadores, incluindo os Estados Unidos, entretanto, muitos deles cortaram o financiamento este ano, disse Zlatan Milisic, Diretor Nacional do PMA na Etiópia.

Segundo a Reuters, a agência recebeu isenções do congelamento da ajuda humanitária imposto pelo presidente americano Donald Trump, que interrompeu o trabalho humanitário em todo o mundo. 

Mais de 10 milhões de pessoas na Etiópia sofrem com grave escassez de alimentos, incluindo 3 milhões de deslocados por conflitos e condições climáticas extremas, bem como refugiados do Sudão, devastado pela guerra, de acordo com o PMA.

Milisic disse que o PMA já havia reduzido as rações nos últimos meses, mas que suas operações estavam agora em um “ponto de ruptura” devido à grave falta de financiamento, forçando medidas mais drásticas.

Já há movimentações nos bastidores e vários nomes avançados para a sucessão do Papa Francisco. Destaque vai para o Presidente da Conferência Episcopal da Itália Dom Matteo Zuppi que foi atribuído pelo Estado o título de Cidadão Honorário de Moçambique, por ter sido um dos mediadores do diálogo que levou à Assinatura dos Acordos de Paz de Roma.

Logo após o funeral do Papa Francisco segue-se à escolha do seu sucessor. O conclave para o efeito é organizado pelo Camerlengo, o cardeal americano-irlandês Kevin Farrell.

É uma reunião que ocorre à porta fechada, que terá lugar na Capela Sistina, entre os 252 membros do Colégio de cardeais, dos quais apenas 138 cardeais é que têm poder de voto.

Durante a eleição do novo Papa, que se prevê que aconteça até 21 de Maio, os 252 cardeais ficam trancados dentro do Vaticano, sem comunicação com o exterior, para impedir  alguma influência.

De acordo com o Vaticano, o novo Papa deverá ser um bom “pastor de almas”, teólogo e diplomata, além de falar várias línguas, em primeiro lugar o italiano, a língua oficial do Vaticano.

E já há nomes avançados pela imprensa internacional, daquele que poderá ser o Papa número 267.

Pietro Parolin

Italiano de 70 anos – secretário de Estado da Santa Sé, desde 2013, nomeado no primeiro ano do pontificado de Francisco, por muitos considerado o “número 2” do papa. É poliglota e acumula inúmeros serviços prestados à Igreja, quase 40 anos de experiência na diplomacia da Santa Sé.

Parolin teve papel importante na intermediação das negociações que levaram à retomada das relações de Cuba e EUA, em 2015.

Matteo Zuppi

Italiano de 69 anos: arcebispo de Bolonha, actual presidente da Conferência Episcopal Italiana, se tornou uma estrela ascendente nos últimos anos, com diversos gestos de acolhimento a casais homoafetivos e tendo sido escalado por Francisco para tentar mediar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. 

Em 1990, Zuppi foi um dos mediadores que alcançaram o acordo de paz para encerrar mais de 16 anos de uma guerra civil  em Moçambique, através da Comunidade de Santo Egídio do qual é co-fundador. E foi condecorado pelo Estado Cidadão Honorário de Moçambique. 

Pierbattista Pizzaballa

Italiano de 60 anos, comanda desde 2016 o Patriarcado Latino de Jerusalém – uma das mais importantes arquidioceses católicas, com jurisdição sobre a Palestina, Israel, Jordânia e Chipre.

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, ele recorrentemente fez apelos pela paz e chegou a se oferecer em troca da libertação das crianças sequestradas pelo grupo palestino.

Luis Antonio Tagle

Filipino de 67 anos: tornado cardeal por Bento 16,  é o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização.  Arcebispo emérito de Manila e proclamado cardeal em 2012. Tagle já foi apelidado de “o Francisco asiático” por conta de sua relação com os pobres.

Peter Turkson

Ganês de 77 anos – um cardeal católico ganês e prefeito-emérito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral no Vaticano.

Arcebispo emérito de Cape Coast, nomeado por João Paulo II, Turkson é o primeiro cardeal nativo da República Gana. Turkson reúne experiência, reconhecimento interno e um simbolismo poderoso: se eleito, será o primeiro Papa negro da história.

Jean Marc Aveline

Francês de 66 anos: o arcebispo de Marselha e supostamente o “favorito” do papa Francisco para sucedê-lo é conhecido pela dedicação às questões de migração e diálogo inter-religioso. Foi elevado ao cardinalato em 2022. 

José Tolentino de Mendonça

Português de 59 anos: Prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, o cardeal é poeta, teólogo e ex-bibliotecário da Santa Sé. Nomeado por Francisco em 2019, é considerado da ala progressista da Igreja, com forte actuação intelectual e afinidade com o pontífice falecido. 

O anúncio dos resultados da votação é feito através de uma fumaça de chaminé, na capela Sistina, de duas cores: Branca – que significa a eleição do novo Papa ou Preta, que indica a necessidade de mais uma ronda de votação. O toque dos sinos da Basílica de São Pedro deverão confirmar a eleição.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discutiu o conflito na Ucrânia, através de uma chamada telefónica, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa,  segundo informou, esta segunda-feira, o Kremlin.

Putin delineou a posição da Rússia sobre a necessidade de abordar as “causas raiz” do conflito e garantir os interesses de segurança da Rússia, disse o Kremlin, citado por Reuters.

 

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