O Programa Mundial de Alimentos (PMA) suspendeu o tratamento de desnutrição de 650 mil mulheres e crianças, na Etiópia, esta semana, devido à grave escassez de financiamento, segundo informou a agência da ONU, citado pela revista Reuters.
O PMA recebe financiamento de 15 a 20 doadores, incluindo os Estados Unidos, entretanto, muitos deles cortaram o financiamento este ano, disse Zlatan Milisic, Diretor Nacional do PMA na Etiópia.
Segundo a Reuters, a agência recebeu isenções do congelamento da ajuda humanitária imposto pelo presidente americano Donald Trump, que interrompeu o trabalho humanitário em todo o mundo.
Mais de 10 milhões de pessoas na Etiópia sofrem com grave escassez de alimentos, incluindo 3 milhões de deslocados por conflitos e condições climáticas extremas, bem como refugiados do Sudão, devastado pela guerra, de acordo com o PMA.
Milisic disse que o PMA já havia reduzido as rações nos últimos meses, mas que suas operações estavam agora em um “ponto de ruptura” devido à grave falta de financiamento, forçando medidas mais drásticas.