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A República Democrática do Congo e os rebeldes M23 iniciaram uma nova ronda de negociações.   As duas partes pretendem chegar a um acordo sobre como implementar uma trégua mediada pelo Catar,  que assinaram no mês passado.

As negociações de paz já decorrem em Doha, capital do Catar. Apesar desse acordo e de um anterior assinado entre Kinshasa e Kigali em Washington, os combates continuaram nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul da RDC. 

Esta última ronda de negociações  centra-se numa proposta de rascunho apresentada pelo Catar para um processo de paz em três fases. 

De acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar, citado pela imprensa internacional, o mesmo envolve planos para criar um mecanismo de monitoria da trégua, bem como uma troca de prisioneiros. 

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Majed AlAnsari disse que as discussões actuais incluem planos para criar um mecanismo de monitorização da trégua, bem como uma troca de prisioneiros e detidos. 

Segundo ele,  os Estados Unidos e o Comité Internacional da Cruz Vermelha estavam intimamente envolvidos em apoiar as negociações.

Por sua vez,  o ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica disse que o Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, já expressou a sua insatisfação.

O governo congolês e o M23 acusaram-se mutuamente de violar o cessar-fogo. Recorde-se que o grupo rebelde M23 é o grupo armado mais proeminente no conflito que já dura anos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou, esta terça-feira, que vai implementar a pena de morte em Washigton para penalizar homicidios, como parte do plano de acabar com o crime na capital norte-americana.

“Se alguém matar uma pessoa na capital, em Washington DC, aplicaremos a pena de morte”, declarou Trump a jornalistas, acrescentando que está pronto para mandar militares para as cidades de Nova Iorque e Chicago, a semelhança do que está a acontecer em Washigton. 

“Dizem que sou um ditador, mas impeço o crime. Então, muitas pessoas dizem que é preferível ter um ditador, mas eu não sou um ditador, apenas impeço o crime”, disse. 

A organização internacional de liberdade de imprensa, Repórteres Sem Fronteiras (RSF), condena veementemente o mais recente assassinato de jornalistas em Gaza por Israel, num ataque que matou 20 pessoas. Ao todo são 246 jornalistas mortos em Gaza desde Outubro de 2023.

O ataque ao Hospital Nasser em Khan Younis na segunda-feira, que causou a morte de 20 pessoas, incluindo seis jornalistas, gerou uma indignação global. 

A organização Repórteres Sem Fronteiras também condenou o ataque e disse que os jornalistas palestinianos foram alvos deliberados.

Na sua mensagem de repúdio, disse igualmente que é preciso permitir a abertura da Faixa de Gaza à imprensa internacional e acabar com o ciclo de impunidade dos crimes cometidos contra jornalistas palestinianos. 

O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lamentou o incidente, sublinhando que valoriza o trabalho dos jornalistas e profissionais de saúde mortos no local.

Israel proibiu os meios de comunicação internacionais de cobrir a guerra. Para mostrar ao mundo o que se passa no terreno, os órgãos de comunicação social ao nível global dependem em grande parte dos jornalistas locais em Gaza, bem como dos residentes locais.

No entanto, a protecção dos jornalistas é garantida pelo direito internacional, incluindo em tempo de guerra.

Desde o início do conflito, há quase dois anos, cerca de 246 jornalistas foram mortos pelas tropas israelitas.

Botswana declara emergência de saúde pública, devido à  uma crise sanitária que coloca os hospitais e clínicas sem medicamentos e mantimentos. O país está com dificuldades para tratar doenças como hipertensão, cancro e diabetes.

A emergência sanitária que assola o Botswana está a colocar o país em condições cada vez mais difíceis na prestação dos serviços básicos de saúde à população. Pacientes com doenças como  hipertensão, cancro e diabetes são os mais afectados, devido a ruptura de stok de medicamentos.

O Ministério da Saúde atribui a crise aos desafios financeiros. O Presidente Dumo Boko diz que o aumento dos custos de aquisição e os sistemas de distribuição ineficientes levaram a perdas, desperdícios e danos.

No início de agosto, o Ministério da Saúde alertou para o esgotamento dos stocks e adiou todas as cirurgias não urgentes, mas a crise prevalece. 

Desde então, o Ministério das Finanças aprovou 250 milhões de pulas que equivalem a 1.1 mil milhões de meticais em fundos de emergência para material médico.

O orçamento do Botswana tem estado sob pressão este ano, em grande parte devido à queda prolongada do mercado global de diamantes, uma das bases da sua economia. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, considerou “intolerável” o ataque ao hospital Nasser, em Gaza, e instou Israel a respeitar o Direito internacional, salientando que “civis e jornalistas devem ser protegidos em todas as circunstâncias”.

“Os meios de comunicação social devem poder cumprir a sua missão de forma livre e independente para cobrir a realidade do conflito”, disse Macron após uma conversa telefónica com o Emir do Qatar, cita Lusa.

Vários países, a par da França, condenaram o ataque israelita ao hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que matou pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas.

O chefe da diplomacia do Qatar, Mayed al-Ansari, condenou estes ataques, que disse constituírem “um novo episódio na série de crimes odiosos cometidos pela ocupação contra o povo palestiniano irmão e uma violação flagrante do direito internacional”.

Al-Ansari sublinhou que ataques contra jornalistas e pessoal médico requerem “uma acção internacional e decisiva”.

Também a diplomacia alemã manifestou o seu choque com a morte de jornalistas, de equipas de salvamento e de civis, defendendo que o ataque deve ser investigado.

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, Israel deve “permitir imediatamente o acesso de meios de comunicação estrangeiros independentes e garantir a proteção dos jornalistas em Gaza”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano descreveu o ataque como um “crime odioso”.

O Vaticano, através do cardeal Pietro Parolin, diz-se “atordoado com o que está a acontecer em Gaza”, apesar da “condenação mundial”.

“Também aqui parece que não há atualmente nenhuma esperança de solução e que a situação está a tornar-se cada vez mais complicada, sobretudo do ponto de vista humanitário”, acrescentou.

Também os chefes da diplomacia dos 57 países-membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), que se reuniram hoje, afirmaram que Israel deve ser responsabilizado pelo Direito internacional por “crimes de guerra e genocídio” na Faixa de Gaza.

Os países apresentaram uma resolução em que exigem responsabilização e ação penal ao abrigo do direito internacional numa reunião extraordinária realizada na cidade saudita de Jeddah.

Em Novembro passado, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu três mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o antigo ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant e o líder do Hamas, Mohammed Deif – entretanto morto – pelas acções realizadas na Faixa de Gaza e nos ataques do Hamas a 7 de Outubro de 2023, que desencadearam a ofensiva israelita no território palestiniano.

Israel bombardeou o hospital Nasser, esta manhã e, quando jornalistas e socorristas chegaram ao local para ajudar as vítimas e documentar o que aconteceu, voltou a bombardeá-lo, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, numa técnica conhecida como “golpe duplo”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, definiu o ataque como “um trágico acidente”.

Vários grupos de manifestantes bloquearam hoje algumas das principais estradas de Israel, para exigir um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, informou a agência de notícias Efe.

Alguns dos manifestantes incendiaram pneus para perturbar o trânsito em vários cruzamentos da cidade e outros protestaram em frente à casa de vários ministros israelitas, tal como mostram imagens partilhadas nas redes sociais por vários grupos pró-democracia israelitas.

Segundo a imprensa internacional, as manifestações são parte de uma série de protestos convocados para hoje pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que representa a maioria dos familiares das pessoas raptadas nos ataques do grupo palestiniano Hamas de 07 de Outubro.

Há semanas que este grupo pede ao Governo israelita para pôr um ponto final na guerra e o regresso dos reféns.

Espera-se que várias marchas e protestos tenham lugar em todo o país ao longo do dia, culminando às 20:00 do horário local com uma manifestação na chamada Praça dos Reféns, em Telavive.

A 17 de Agosto, num evento semelhante, centenas de milhares de manifestantes encheram as ruas do centro de Telavive, para exigir um acordo que ponha fim à guerra, numa altura em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, segue em frente com os planos de intensificar a ofensiva e tomar a cidade de Gaza.

O governo da África do Sul prometeu que não deixará que a retirada de cerca de 427 milhões de dólares em apoio dos EUA prejudique seu programa de HIV, mas está a ter dificuldades para preencher a lacuna. Especialistas, citados pela African News, alertam que os próximos anos poderão ver centenas de milhares de novas infecções.

Segundo a African News, a África do Sul tem mais pessoas a viverem com HIV do que qualquer outro país do mundo. Quando o presidente dos EUA, Donald Trump, cortou o orçamento de ajuda externa dos EUA, o impacto foi imediato, com clínicas gratuitas a fecharem as portas, deixando os pacientes sem medicamentos.   

Alguns pacientes, entrevistados pela imprensa sul-africana, dizem ter sido rejeitados em hospitais públicos, embora as autoridades insistam que isso não deveria acontecer.  Outros dizem que foram forçados a comprar medicamentos para HIV no mercado negro, onde os comprimidos custam quase o dobro do preço.

A operação militar conduzida pela Força Aérea da Nigéria resultou no resgate de  76 pessoas, no último sábado, vítimas de sequestro por grupos armados no estado de Katsina, no noroeste do país.

O resgate foi realizado após um ataque aéreo direcionado a uma área montanhosa em Pauwa Hill, na região de Kankara, onde operava um conhecido líder de gangue responsável por recentes ataques violentos na região noroeste da Nigéria.

 O grupo é suspeito de ter liderado a ofensiva contra uma mesquita e comunidades vizinhas na semana passada, acção que deixou cerca de 50 mortos.

O governo local confirmou a operação de resgate, em comunicado divulgado nesta segunda-feira, apontando que durante a ofensiva, 76 reféns foram libertados, mas uma criança perdeu a vida.

Os sequestros em massa com fins de extorsão tornaram-se frequentes no noroeste e centro da Nigéria, onde grupos criminosos armados invadem aldeias remotas para roubo e captura de civis, exigindo posteriormente resgates em dinheiro. 

Embora essas milícias actuem sem motivações ideológicas claras, autoridades e analistas têm alertado para uma crescente cooperação estratégica entre esses grupos e facções jihadistas, que actuam no nordeste do país.

O Departamento de Estado dos EUA reavaliará o estatuto do Quénia como país aliado da NATO, devido a preocupações com os crescentes laços do país com a China, Irão e Rússia a ser concluída dentro de 180 dias.

De acordo com o Jornal de Angola, Washington examinará os laços militares e económicos do Quénia com a China, incluindo a sua participação na Iniciativa do Cinturão e Rota do presidente Xi Jinping, de acordo com a directriz apresentada pelo senador Jim Risch (R-Idaho) em 01 de Agosto.

“No mês passado, o presidente Ruto declarou que o Quénia, um importante aliado, não pertencente à NATO, e a China são ‘co-arquitectos de uma nova ordem mundial’. Isso não é apenas alinhamento com a China; é lealdade”, disse Risch durante um discurso no Comité de Relações Exteriores do Senado em Maio, “Confiar em líderes que abraçam Pequim tão abertamente é um erro. É hora de reavaliar o nosso relacionamento com o Quénia e outros que forjam laços estreitos com a China”, escreve o Jornal de Angola.

O relacionamento de Nairobi com o Irão e a Rússia, bem como com os grupos extremistas violentos Al-Shabaab e as Forças de Apoio Rápido do Sudão, também serão revistos. Além disso, o Senado mandatou o Departamento de Estado para investigar se o Governo do presidente William Ruto usou inteligência de segurança dos EUA para sequestrar e torturar civis.

O ex-presidente dos EUA, Joe Biden, deu ao Quénia o estatuto em Junho de 2024 como o primeiro país da África Subsaariana na sua relação com os EUA, o que lhe valeu a criação de uma parceria estratégica com as forças armadas norte-americanas e vem com vários privilégios militares e financeiros. Se os EUA retirarem o estatuto do Quénia, os seus militares poderão perder o acesso a equipamentos avançados de defesa e a participação em operações conjuntas, incluindo a missão de segurança no Haiti, avança o Jornal de Angola.

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