O País – A verdade como notícia

Pelo menos 85 civis morreram vítimas de ataques israelitas esta terça-feira na faixa de Gaza, segundo informações da Proteção Civil do território palestiniano. A escalada dos ataques continua a dificultar o acesso à ajuda humanitária, uma situação a qual o Papa Leão XIV apela maior cooperação. 

Entre os ataques mais letais, destacam-se dois bombardeamentos no norte de Gaza que atingiram uma casa de família e uma escola transformada em abrigo para deslocados, resultando na morte de 22 pessoas, mais da metade das quais mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Outros ataques em Deir al-Balah, no centro da Faixa, e no campo de refugiados de Nuseirat, causaram 13 e 15 mortes, respetivamente. Em Khan Younis, dois ataques mataram 10 pessoas. 

O exército israelita afirmou que os alvos eram centros de comando do Hamas e que alertou os civis com antecedência. Israel justificou os ataques alegando que o Hamas opera em áreas densamente povoadas, o que, segundo Telavive, contribui para as mortes de civis. 

A situação na Faixa de Gaza permanece crítica, com a população a enfrentar escassez de alimentos, água potável e cuidados médicos, agravada pelo bloqueio imposto por Israel e pela contínua ofensiva militar, o que deixa mais de 2 milhões de pessoas a enfrentar fome.

Esta quarta-feira, o Papa Leão XIV apelou à maior colaboração das partes para permitir o acesso à ajuda humanitária, com vista a aliviar a vida da população. 

O Papa Leão XIV falava na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde presidiu a sua primeira Audiência Geral. O evento contou com a presença de aproximadamente 40 mil fieis e peregrinos de diversas partes do mundo.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, vai à Casa Branca, na quarta-feira, em uma missão para persuadir o presidente dos EUA, Donald Trump, a fazer acordos com seu país, em vez de o repreender, como tem feito desde o início de seu segundo mandato. 

Ao atacar a lei de reforma agrária da África do Sul, que visa reparar as injustiças do apartheid e seu processo judicial de genocídio contra Israel, Trump cancelou a ajuda ao país, expulsou seu embaixador e ofereceu refúgio à minoria branca africâner com base em alegações de discriminação racial que Pretória diz serem infundadas.

“A visita se concentrará especificamente na reformulação das relações bilaterais, econômicas e comerciais”, disse o gabinete de Ramaphosa, citado por Reuters.

Os Estados Unidos são seu segundo maior parceiro comercial da África do Sul, depois da China, e o corte na ajuda já resultou em uma queda nos testes para pacientes com HIV, sendo mulheres grávidas, jovens e bebês os mais afectados.

“Gostemos ou não, estamos unidos e precisamos conversar com eles”, disse Ramaphosa na televisão estatal sul-africana antes de voar para Washington.

Segundo a Reuters, o Presidente sul-africano vai oferecer à Trump um amplo acordo comercial, e planeja discutir oportunidades de negócios para a Tesla e a Starlink, empresas de propriedade do aliado bilionário de Trump, Elon Musk.

Segundo a lei sul-africana, empresas acima de um determinado porte devem ter 30% de participação acionária detida por grupos desfavorecidos, incluindo sul-africanos negros. Alternativamente, as empresas podem investir um valor equivalente em treinamento ou outras iniciativas.

Qualquer mudança nas leis pode ser uma batalha difícil para Ramaphosa, já que elas são vistas como alinhadas aos princípios de restauração da justiça racial pelos quais seu partido lutou.

As discussões podem incluir tarifas favoráveis ​​para as importações da Tesla na África do Sul em troca da construção de estações de carregamento de veículos elétricos e licenciamento para a Starlink, disse o porta-voz de Ramaphosa.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reiterou que o seu país está pronto para um cessar-fogo total e para negociações directas com Moscovo. Zelensky defendeu ainda sanções sobre a Rússia, de forma a pressionar o país para uma “paz efectiva”. As declarações surgem em reação ao telefonema de segunda-feira entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin.

“Se os russos não estão dispostos a pôr fim às mortes, devem ser aplicadas sanções mais severas. A pressão sobre a Rússia irá empurrá-la para uma paz efectiva”, defendeu Volodymyr Zelensky, acrescentando que “se Putin apresentar exigências irrealistas, isso significará que a Rússia continua a arrastar a guerra e merece que a Europa, a América e o mundo actuem em conformidade, incluindo com mais sanções”.

Zelensky rejeitou ainda as exigências russas para que a Ucrânia retire as suas tropas das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhia, que Moscovo afirma ter anexado mas que ainda não controla totalmente.

“Ninguém vai retirar as nossas tropas dos nossos territórios, afirmou o líder ucraniano aos jornalistas.

Por fim, Zelensky instou os Estados Unidos a não se “afastarem das conversações e da procura da paz”, já que “o único que beneficiaria com isso seria Putin”.

O Presidente angolano, João Lourenço, felicitou, ontem, Luís Montenegro, pela vitória do seu partido nas eleições legislativas, realizadas em Portugal, no domingo, considerando que vai permitir novas perspectivas sobre a cooperação bilateral.

Na sua mensagem de felicitações partilhada na conta de Facebook da presidência angolana, João Lourenço destacou a importância da continuidade de Luís Montenegro à frente do Governo português para o fortalecimento das relações bilaterais, que permitirá “no quadro do estreitamento dos laços de amizade que unem Angola e Portugal, delinear novas perspectivas sobre a cooperação bilateral.”

O Presidente angolano concluiu a mensagem augurando a Montenegro “muitos êxitos” no desempenho das suas funções.

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu que a Rússia e a Ucrânia vão começar imediatamente negociações para um cessar-fogo para acabar com a guerra. Donald Trump afirmou que a chamada de duas horas com o homólogo russo correu muito bem.

“Acabei de terminar a minha chamada de duas horas com o presidente Vladimir Putin, da Rússia. Penso que correu muito bem. A Rússia e a Ucrânia vão começar imediatamente negociações para um cessar-fogo para acabar com a guerra. As condições para isso serão negociadas entre as duas partes, como só pode ser, porque elas conhecem pormenores da negociação que mais ninguém conhece”, revelou Trump na sua rede social, a Truth Social.

O norte-americano afirmou que o “tom e o espírito da conversa foram excelentes”, mas garantiu que só fará “comércio de grande escala” com a Rússia quando o “catastrófico banho de sangue terminar”.

Trump disse também já ter informado Zelensky e os líderes europeus de que as negociações para o cessar-fogo vão começar imediatamente.

O ex-presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, foi diagnosticado com câncer de próstata, de acordo com um comunicado de seu gabinete. O homem de 82 anos procurou atendimento médico após apresentar sintomas que levaram à descoberta de um nódulo na próstata.

Exames confirmaram a presença de câncer na sexta-feira, e novos exames revelaram que ele já havia se espalhado para os ossos. Os médicos descrevem o câncer como agressivo, com um escore de Gleason de 9, próximo ao topo da escala usada para medir a gravidade.

Apesar de sua disseminação, o câncer é sensível a hormônios, um factor que abre caminho para opções de tratamento que podem ajudar a controlar a doença, mas não curá-la. O câncer de próstata com metástase é significativamente mais difícil de tratar do que quando localizado. No entanto, a terapia hormonal pode retardar a progressão e melhorar a qualidade de vida. Especialistas afirmam que homens nessa situação geralmente são tratados com medicamentos, em vez de cirurgia ou radioterapia.

A saúde de Biden tem sido um tema de preocupação pública há muito tempo, especialmente durante os últimos anos de sua presidência. Embora ele tenha lutado contra um câncer de pele e tenha removido um pólipo pré-canceroso durante seu mandato, este diagnóstico marca seu maior desafio de saúde até o momento.

Biden fez da pesquisa do câncer uma pedra angular de seu legado político — principalmente por meio da iniciativa “Cancer Moonshot”, inspirada em parte pela morte de seu filho Beau, vítima de câncer no cérebro em 2015.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, planeja discutir oportunidades de negócios para as empresas de Elon Musk durante uma visita a Washington, esta semana, com o objectivo de melhorar as relações com o presidente dos EUA , Donald Trump, segundo escreveu Reuters. 

O Governo de Trump cortou o financiamento à África do Sul em Fevereiro e, na semana passada, concedeu título de refugiado a um grupo de sul-africanos brancos que, segundo explicou, estavam a enfrentar discriminação racial, uma alegação que o governo sul-africano nega.

Os dois chefes de Estado têm um encontro marcado para quarta-feira. E autoridades sul-africanas estão a preparar uma proposta comercial para apresentar a Trump, a fim de restabelecer o relacionamento.

 

Donald Trump fala, hoje, com Putin e Zelensky sobre a guerra russo-ucraniana. O presidente norte-americano revelou nas redes sociais.

Depois de ter falhado a promessa de ir à Turquia, na semana passada, Donald Trump promete agora falar com Putin e Zelinsky por telefone. A guerra na Ucrânia é o assunto principal. 

Numa publicação nas redes sociais,  Trump disse que começará por falar com Vladimir Putin, Presidente russo, e, de seguida, falará com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com vários membros da NATO.

“Espero que seja um dia produtivo, que haja um cessar-fogo e que esta guerra tão violenta, uma guerra que nunca deveria ter acontecido, termine”, escreveu em suas redes sociais.

Nas negociações de sexta-feira, na Turquia,  a Rússia e a Ucrânia concordaram trocar, ainda sem datas,  mil prisioneiros de ambos lados.

Sobre um cessar-fogo definitivo, o Kremlin disse, no sábado, que vai entregar uma lista à Ucrânia de condições para o fim da guerra e que alguns acordos poderiam ajudar para um encontro entre Putin e Zelensky.

A Aliança Democrática venceu as eleições e conseguiu reforçar a percentagem de votos e o número de deputados no Parlamento. Luís Montenegro mantém-se como Primeiro-ministro. PS e Chega empatam em deputados.

A aproximação do partido de André Ventura levou Pedro Nuno Santos a apresentar a demissão da liderança do PS. O Livre subiu à quinta força política, enquanto o Bloco de Esquerda foi superado pela CDU. Há ainda um novo partido com representação parlamentar: o Juntos Pelo Povo.

Com 32,10% dos votos e 86 deputados, a Aliança Democrática conquistou a vitória nas legislativas deste domingo. A este resultado juntam-se os 0,62 por cento (três mandatos) da AD na Madeira, que nessa região inclui o Partido Popular Monárquico (PPM).

“O povo quer este Governo e não quer outro. O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro”, destacou. “Espera-se sentido de Estado, sentido de responsabilidade, respeito pelas pessoas e espírito de convivência na diversidade mas também de convergência e salvaguarda do interesse nacional”.

Questionado pelos jornalistas sobre as condições de governabilidade, o líder social-democrata afiançou: “Não me parece que haja outra solução de Governo que não aquela que dimana da vontade livre, democrática e convicta do povo português”.

Luís Montenegro foi ainda questionado sobre o caso Spinumviva, sublinhando que a “razão objectiva” que conduziu às eleições “foi a rejeição de uma moção de confiança” na Assembleia da República.

Após esta eleição, “a moção de confiança que o povo endereçou hoje ao Governo é suficiente para que todos assumam as respectivas responsabilidades”, assinalou Montenegro, exigindo ainda “maturidade” das forças políticas.

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