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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje a Donald Trump que quer acabar a guerra “rapidamente”, mas com uma “paz duradoura”, horas antes de ser recebido pelo homólogo norte-americano em Washington, onde já se encontra.

“Todos nós temos o profundo desejo de pôr fim a esta guerra de forma rápida e fiável. E a paz deve ser duradoura”, escreveu Zelensky, na rede social X,  depois de Trump ter publicado na sua rede social, Truth Social, que o Presidente ucraniano pode pôr fim à guerra com a Rússia “quase imediatamente”.

“O Presidente ucraniano, Zelensky, pode pôr fim à guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar a lutar. Lembrem-se de como tudo começou. Não há hipótese de recuperar a Crimeia cedida por Obama (há 12 anos, sem que um único tiro fosse disparado) e NÃO HÁ HIPÓTESE DE A UCRÂNIA ENTRAR NA NATO”, escreveu o Presidente dos Estados Unidos na Truth Social, segundo cita a RTP.

Zelensky, que anunciou estar já em Washington, deverá ser recebido hoje por Trump na Casa Branca, onde chegará acompanhado pelos aliados europeus representantes da `Coligação dos Dispostos`, nomeadamente a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e os líderes de França, Reino Unido, Alemanha, Finlândia e Itália, além do secretário-geral da Aliança Atlântica.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe hoje o seu homólogo da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e sete líderes europeus para uma reunião sobre a guerra na Ucrânia.

Segundo agenda divulgada pela Casa Branca, na noite de domingo, citada pela Globo, o presidente americano reúne-se a sós com Zelensky, no Salão Oval da Casa Branca. A conferência ocorre às 13:15 no horário local, 19:15  horário de Moçambique.

Já o encontro com os outros líderes europeus, incluindo Zelensky, está marcado para às 15h (21 horas de Moçambique), na Sala Leste. A reunião deve unir as principais figuras da União Europeia em torno de Kiev.

Cidadãos Árabes em Israel protestaram, na cidade de o Lord, contra a escassez de alimentos na faixa de Gaza.

Segurando  cartazes com  mensagens que manifestam a indignação contra a guerra em curso no território palestiniano, e entoando cânticos, dezenas de pessoas saíram às ruas da cidade de Lord, perto de Telaviv, para manifestar a sua insatisfação com os ataques na faixa de Gaza.

Os cidadãos árabes,  em Israel, alertam que todos os palestinianos em Gaza estão a passar fome, sendo as crianças as mais afectadas, devido ao bloqueio israelita de meses de duração, que cortou o fornecimento de fórmulas infantis e outros suprimentos vitais.

Por isso, apelam ao governo israelita que acabe com a fome, permitindo a ajuda humanitária na faixa de Gaza.

Os manifestantes acusam, ainda, o governo de usar a fome como arma de guerra.

Na acção, recordam que alguns jornalistas morreram durante os ataques perpetrados pelas forças israelitas.

Os árabes israelitas constituem 21% da população de quase 10 milhões de Israel.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que a recusa da Rússia em concordar com um cessar-fogo antes de iniciar as negociações de um acordo de paz dificulta a situação. Zelensky acusa os russos de rejeitarem os inúmeros apelos para um cessar-fogo e ainda não determinaram quando vai pôr fim à matança. Isso complica a situação. 

O Presidente ucraniano sublinhou que se a Rússia não tem  vontade de executar uma simples ordem para parar os ataques, pode ser muito difícil conseguir que tenha vontade de implementar algo muito maior, uma coexistência pacífica com o seu vizinho durante décadas.

No entanto, Zelensky garantiu que, juntamente com os seus aliados, a Ucrânia está a trabalhar em prol da paz e da segurança.

Em declarações anteriores, o Presidente ucraniano estabeleceu entre as prioridades, com vista à negociação de um acordo de paz, a declaração de um cessar-fogo em todas as frentes e a libertação de todos os ucranianos.

Além disso, Zelensky destacou a importância de garantias de segurança credíveis, com a participação tanto da Europa como dos Estados Unidos, e exigiu que as questões territoriais não fossem decididas sem o envolvimento da Ucrânia.

Mais de 11 milhões de pessoas forçadas a fugir dos seus países correm o risco de perder ajuda crucial para a sua sobrevivência, este ano, devido a cortes significativos no financiamento pelos países doadores, em particular os Estados Unidos da América. O alerta é da Agência das Nações Unidas para Refugiados, ACNUR.

As mais de 11 milhões de pessoas correm o risco de perder ajuda para a sua sobrevivência representam cerca de um terço da população que a ACNUR apoia.

No ano passado, a agência apoiou 36 milhões de pessoas em 135 países, número que se espera que reduza drasticamente. Entre a população mais afectada consta a das regiões de Chade e Sudão. 

Nos campos de refugiados, os sudaneses deslocados dizem que a vida é muito difícil e o abrigo é um luxo, num cenário em que as organizações de ajuda humanitária têm muito pouco para distribuir.

A situação de vulnerabilidade é crítica principalmente em crianças e mulheres, que correm o risco de contrair várias doenças, sobretudo por causa das precárias condições de vida e higiene.

 

O julgamento do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro e de outros sete aliados, acusados de liderar uma alegada tentativa de golpe de Estado, terá início no dia 02 de Setembro, determinou o Supremo Tribunal Federal do Brasil.

Cristiano Zanin, presidente de uma das secções do Supremo Tribunal Federal do Brasil, decidiu, também, que, se necessário, as audiências serão realizadas nos dias 03, 09, 10 e 12 de Setembro, para apurar o envolvimento ou não do líder da extrema-direita brasileira.

Jair Bolsonaro e outros sete aliados são acusados de orquestrar uma suposta tentativa de golpe de Estado para Bolsonaro permanecer no poder após a derrota nas eleições presidenciais de 2022.

Zanin determinou a data do julgamento a pedido do relator do caso no mais alto tribunal do Brasil, Alexandre de Moraes, que apresentou a sua solicitação na última quinta-feira, depois de os oito réus terem apresentado as suas alegações finais.

Além de Bolsonaro, quatro ex-ministros do seu governo entre 2018 e 2022 são réus do mesmo processo.

Igualmente, serão julgados como responsáveis do alegado plano de golpe, o ex-comandante da Marinha brasileira, o ex-director da Agência Brasileira de Informações e ex-assessor pessoal de Bolsonaro, quando este era Presidente da República.

Todos os réus respondem pelos crimes de golpe, tentativa de abolição do Estado de Direito, associação armada para cometer crimes, danos ao património público e deterioração do património público.

Os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos da América reuniram-se, nesta sexta-feira, durante três horas, mas nenhum acordo foi alcançado em relação à guerra na Ucrânia. Não há data para uma nova reunião, apenas um pedido do Presidente russo para que se realize em Moscovo.

Foram três horas de reunião entre Donald Trump e Vladmir Putin, no Alasca, mas as partes não chegaram a nenhum acordo sobre o principal tema que ditou o encontro: a guerra da Ucrânia. 

Reunidos com as suas respectivas delegações, Trump e Putin não só não chegaram a nenhum acordo, como também não houve data para um novo encontro.

Entretanto, o presidente Russo fez um pedido para que a próxima reunião se realize em Moscovo. A imprensa internacional diz que a relação entre os dois presidentes pode ter saído reforçada, mas para a Ucrânia nada mudou para melhor. 

Os dois presidentes encontram-se frente a frente depois de mais seis anos. Putin foi o primeiro a falar na conferência de imprensa sem direito a perguntas dos jornalistas. 

Poucas horas antes da reunião, avançava-se que que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, poderia ser convidado a juntar-se aos seus homólogos no Alasca, e que a cimeira podia ser prolongada, mas nada aconteceu.  

O Governo da Guiné-Bissau encerrou, hoje, as portas das emissões da RTP África, RDP África e Agência Lusa, com efeitos imediatos, por motivos até aqui desconhecidos. O governo português já reagiu e diz ser uma medida altamente censurável e injustificável. 

A medida afecta directamente a presença da comunicação social portuguesa naquele país. Até  esta altura, não foram apresentadas justificações oficiais para esta decisão.

Como consequência, as delegações da agência Lusa, da RTP e da RDP África foram encerradas de imediato. 

Os  representantes das delegações foram intimados a abandonar aquele país até a próxima  terça-feira.

Recorde-se que em Julho deste ano, o jornalista Waldir Araújo, delegado da RTP na Guiné-Bissau, foi agredido e assaltado em plena capital, supostamente, por motivações políticas.

O Governo português classifica a medida como “altamente censurável e injustificável”. Ainda promete fazer de tudo para reverter a decisão da Guiné-Bissau.

Refira-se que o Governo guineense anunciou a suspensão das emissões da RTP e RDP África, em 2017, por alegada cobertura tendenciosa. 

Analistas mostram-se pouco optimistas quanto aos resultados do encontro entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, realizado hoje, com o objectivo de discutir uma possível solução para o conflito na Ucrânia.

O analista Tárcio Muta considera improvável que a reunião produza avanços relevantes. Para Muta, factores históricos e interesses geoestratégicos tanto da Rússia quanto da Ucrânia continuam a dificultar qualquer entendimento duradouro.

“Com o poder negocial do lado russo, é expectável que Putin procure extrair ganhos económicos do encontro, o que pode desviar o foco da busca por uma solução política e pacífica para o conflito”, afirmou Muta.

Por sua vez, o especialista Jaime Saia alerta que a reacção do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre o encontro poderá servir como indicador da eficácia ou não do processo de negociação. Saia destaca que, ao intermediar estas conversações, os Estados Unidos estão, acima de tudo, a proteger os seus próprios interesses na região.

“A iniciativa de Trump tem, claramente, uma agenda paralela que serve os interesses estratégicos norte-americanos. A paz na Ucrânia, embora importante, parece não ser o único objectivo”, observou Saia. 

Importa referir que, nos dias que antecederam o encontro, Donald Trump ofereceu incentivos económicos à Rússia, numa tentativa de influenciar a disposição de Putin nas negociações.

Apesar das expectativas geradas, os analistas entrevistados pelo “O País” não acreditam que o encontro resulte em acordos definitivos, sublinhando a complexidade do conflito e o desequilíbrio nas prioridades dos envolvidos.

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