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A Rússia e os países que compõem a Confederação da Aliança dos Estados do Sahel (AES), Mali, Burkina Faso e Níger, acordaram estabelecer uma parceria estratégica nas áreas da segurança e da defesa.

O anúncio foi feito após uma reunião organizada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, com os homólogos dos três países africanos governados por juntas militares.

Segundo Lusa, numa declaração conjunta, as partes manifestaram o empenho em intensificar a luta contra o terrorismo e a insegurança. Os quatro países chegaram também a um consenso sobre a cooperação económica com base numa parceria mutuamente benéfica e concordaram em reforçar os contactos comerciais, bem como um mecanismo para monitorizar as consultas nesta área.

Os ministros concordaram realizar reuniões anuais em países alternados. A segunda sessão será realizada num dos países africanos, em data ainda a definir.

RÚSSIA AVANÇA COM APOIO MILITAR

No início da reunião, Lavrov declarou que o país está pronto para cooperar militarmente com a AES, organização que a Rússia foi a primeira a reconhecer internacionalmente.

“Saliento a disponibilidade de Moscovo para contribuir com todos os meios possíveis para o potencial das forças unidas dos países do Sahel para reforçar as suas capacidades militares, as forças armadas de cada um dos três países e o treino de soldados e forças de segurança”, afirmou Lavrov, citado por Lusa, acrescentando que a Ucrânia “apoia os grupos terroristas nesta parte de África”.

O chefe da diplomacia do Mali, Abdoulaye Diop, disse aos jornalistas em Moscovo que o seu Governo considerava “a Ucrânia um Estado terrorista”.

O Mali, o Níger e o Burkina Faso retiraram-se da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em Janeiro, após sanções impostas pela organização aos três países, devido aos golpes que levaram os actuais líderes ao poder.

 

Milhares de haitianos foram às ruas da capital, Porto Príncipe, na quarta-feira, para exigir que o Governo os mantenha seguros da violência de gangues em andamento, naquele país.

Muitos manifestantes seguravam galhos de árvores ou folhas de palmeira, enquanto alguns carregavam facões e armas de fogo, já que escolas, bancos e outros negócios permaneciam fechados na cidade, segundo escreveu o portal noticioso African News.

Os protestos começaram pacificamente, mas mais tarde naquele dia houve tiroteios, fazendo com que a multidão fugisse, enquanto os manifestantes entravam em confronto com a polícia.

Segundo o site noticioso sul africano, pneus em chamas bloquearam estradas enquanto os manifestantes gritavam.

É o primeiro grande protesto a atingir o Governo de Alix Didier Fils-Aimé, nomeado primeiro-ministro em Novembro.

Gangues armadas controlam quase toda a capital e áreas vizinhas. A violência forçou mais de um milhão de pessoas a deixarem suas casas, contribuindo para o congelamento da economia e alimentando a fome em massa.

Um parceiro-chave da coligação, o partido Aliança Democrática (DA), votou contra o orçamento de 2025, na África do Sul, junto dos partidos da oposição o UMkhonto we Sizwe e os Combatentes pela Liberdade Económica. 

Os legisladores aprovaram a estrutura fiscal na quarta-feira. A Aliança Democrática (DA) rejeitou o quadro fiscal, juntamente com os partidos de oposição uMkhonto we Sizwe e os Combatentes pela Liberdade Económica.

O controverso orçamento aumentará o imposto sobre valor agregado (IVA) do país, a partir do próximo mês.

O valor será aumentado em mais meio ponto percentual, no ano seguinte, colocando a taxa de 

De acordo com o último orçamento, mais de 20 milhões de pessoas na África do Sul dependem de auxílios sociais, com a taxa de desemprego do país em pouco mais de 32%.

Em meio ao lento crescimento econômico e às altas taxas de desemprego, estima-se que o aumento de 0,5% gere cerca de  800 milhões de dólares em receita anualmente.

Isso poderia ser usado para financiar programas governamentais de saúde, educação e serviços sociais.

O promotor público pediu que o Tesouro fizesse mais para reanimar a economia lenta e revisasse os gastos do governo. Após a votação, o governo disse que contestaria o resultado do orçamento na justiça.

O DA juntou-se ao governo de unidade depois que o partido Congresso Nacional Africano (CNA) perdeu sua maioria parlamentar no ano passado.

O Parlamento sul-africano vota, esta quarta-feira, a proposta do orçamento para este ano, em meio a várias incertezas.Esta terça-feira a comissão parlamentar de Finanças aprovou o documento da estrutura fiscal do orçamento, integrando recomendações do partido ACTION SA.

Basicamente, o ACTION SA propõe que o orçamento deste ano seja aprovado, mas com o compromisso de que em um mês o Tesouro volte ao parlamento para apresentar alternativas de receitas e despesas, que não incluam o aumento do IVA e o imposto de renda.

O relatório foi aprovado na comissão de Finanças, com o apoio do ANC, Inkata e Action SA.

Partidos como a Aliança Democrática, Umkhonto WeSizwe e EFF chumbaram o relatório da comissão e levantaram dúvidas sobre as competências legais da comissão em fazer emendas estruturantes do relatório a ser submetido ao plenário de hoje.

Por outro lado, desconfiam que findos os 30 dias, o tesouro possa voltar ao parlamento e dizer que não tem nenhuma alternativa, o que, na opinião deles, significaria que o parlamento teria aprovado a actual proposta de incremento do IVA em zero vírgula cinco por cento.

A batalha que se segue será travada  agora no parlamento: O ANC tem 159 votos e já garantiu o apoio de vários partidos políticos, como o Inkata,  Aliança Patriótica, UDM, Rise Mzansi, Al Jama-ah, Good, PAC e Action SA.

No total o ANC consegue 200 votos, ou seja metade do parlamento. Por isso mesmo que o ANC está a negociar com o Build Onde South Africa e o ACDP para conseguir o voto de desequilíbrio.

Mesmo assim, o ANC continua a tentar persuadir a Aliança Democrática e o FF Plus, que integram o Governo de Unidade Nacional, a aprovar a estrutura do orçamento, com as recomendações sugeridas pelo ACTION SA.

O futuro do próprio Governo de Unidade Nacional também está em jogo, já que ao votar contra o orçamento, a Aliança Democrática pode estar a sinalizar que esteja de saída.

Uma forte presença de segurança em várias cidades do Zimbabwe neutralizou em grande parte um protesto nacional, na segunda-feira, com o objetivo de pressionar o presidente Emmerson Mnangagwa a renunciar. A maioria das empresas, escritórios e escolas na capital Harare e Bulawayo fecharam, devido ao medo da agitação, segundo escreveu o African News. 

Veteranos da guerra da independência convocaram a manifestação para protestar contra os planos de estender o governo de Mnangagwa.

Em Janeiro,  o partido no poder, ZANU-PF, disse que queria que ele permanecesse no cargo por mais dois anos, até 2030. Mnangagwa chegou ao poder em 2017.

Actualmente, Mnangagwa está cumprindo seu segundo e último mandato como presidente. Veteranos, liderados pelo Beato Geza, anteriormente apoiavam Mnangagwa, mas voltaram contra ele, acusando-o de corrupção e de querer se agarrar ao poder, e querem que o general aposentado e vice-presidente, Constantine Chiwenga, assuma a presidência.

Chiwenga não comentou publicamente sobre os pedidos para que ele substitua Mnangagwa e autoridades do Governo negam que haja uma divergência entre os dois homens.

A polícia em Harare descreveu a situação no país, na segunda-feira, como “pacífica” e encorajou as pessoas a continuarem com suas atividades diárias.

Mnangagwa e sua administração enfrentaram inúmeras alegações de corrupção e má gestão enquanto o país enfrenta uma crise económica. O presidente negou repetidamente que pretenda prolongar sua presidência, mas muitos ainda não estão convencidos de que ele renunciará.

A constituição do Zimbábue de 2013 limita os presidentes a dois mandatos de cinco anos.

O exército de Israel atacou os subúrbios da capital do Líbano, pela segunda vez, desde o cessar-fogo alcançado em Novembro.

Há quatro dias, as forças israelitas lançaram um ataque de drone contra um edifício em Beirute depois de dois projéteis terem sido disparados do território libanês contra o norte de Israel.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que “aviões de guerra, sob a direção do Shin Bet [os serviços de informações internas], atacaram recentemente um terrorista” do partido da milícia xiita libanesa Hezbollah, no bairro de Dahiya.

“Ele representava uma ameaça real e imediata, por isso agimos para o eliminar”, disseram as IDF, num comunicado citado pela Lusa.

O exército disse que o alvo “estava a orientar agentes” do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e “a ajudá-los numa tentativa de realizar um ataque sério contra cidadãos israelitas no futuro imediato”.

As IDF prometeram “continuar a agir para eliminar qualquer ameaça aos cidadãos do Estado de Israel”, escreve a Lusa.

A emissora Al-Manar, afiliada do Hezbollah, disse que o ataque ocorreu por volta das 03:30 (03:30 em Moçambique) e “causou várias vítimas civis”.

As equipas de ambulância transportaram os feridos para hospitais próximos, enquanto dois edifícios foram destruídos e outros três foram danificados.

No domingo, as autoridades libanesas confirmaram a detenção de vários suspeitos de envolvimento no lançamento, na sexta-feira, de projéteis do sul do país em direção a Israel, que retaliou atacando os subúrbios de Beirute.

A Direção-Geral da Segurança Pública indicou que “as autoridades competentes iniciaram investigações para apurar responsabilidades e tomar as medidas legais pertinentes” após a detenção de “vários suspeitos”.

O exército libanês tinha já anunciado a descoberta no sul do país dos locais de lançamento de foguetes utilizados para atingir Israel, numa área a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita. 

As forças armadas libanesas abriram um inquérito para determinar os autores dos disparos, seguindo a ordem dada pelo primeiro-ministro, Nawaf Salam.

Uma fuga de um gasoduto na Malásia causou um enorme incêndio, forçando a retirada de residentes perto da capital, Kuala Lumpur.

O incêndio perto de um posto de abastecimento de combustível em Putra Heights, no estado Selangor, era visível a quilómetros, segundo escreve a imprensa internacional.

A infraestrutura afectada pertence à petrolífera estatal Malaia Petronas, que disse em comunicado que o incêndio começou às 08h10 (03h10 em Moçambique).

O corpo de bombeiros do estado de Selangor relatou em comunicado “uma fuga num gasoduto que se estende por aproximadamente 500 metros, com chamas a atingir uma altura considerável”.

De acordo com a Lusa, sete moradores, incluindo dois idosos, tiveram de ser resgatados depois de várias casas terem ardido e muitas outras habitações terem sido evacuadas.

A unidade de gestão de catástrofes de Selangor disse em comunicado que o incêndio se alastrou a várias casas numa aldeia próxima, e estão a ser feitos esforços para resgatar os residentes presos.

A unidade acrescentou que várias pessoas sofreram queimaduras e foram levadas para tratamento, mas a extensão total dos danos está a ser avaliada, e disse que o fornecimento de gás à instalação foi cortado.

Três postos de abastecimento de combustível próximos do local do incêndio não foram afetados, mas foram temporariamente encerrados como medida de precaução, disse a Petronas, acrescentando que as investigações ainda estão em curso.

Um tribunal francês proibiu Marine Le Pen de concorrer a cargos públicos por cinco anos, com efeito imediato, por peculato. É um duro golpe nas esperanças presidenciais da líder de extrema direita.

Embora ela possa recorrer da decisão, tal medida não suspenderá sua inelegibilidade, o que poderia excluí-la da corrida presidencial de 2027.

Le Pen deixou o tribunal de Paris sem parar para falar com repórteres e entrou em um carro que a levou embora.

Mais cedo na segunda-feira, da primeira fila do tribunal, Le Pen não demonstrou nenhuma reacção imediata quando o juiz a declarou culpada. Mas ficou mais agitada conforme o processo continuava. Segundo a imprensa internacional, repetidamente balançou a cabeça em desacordo enquanto o juiz entrava em maiores detalhes com o veredito, dizendo que o partido de Le Pen havia usado ilegalmente o dinheiro do Parlamento Europeu para seu próprio benefício. 

A juíza também declarou culpados outros oito membros actuais ou antigos de seu partido que, como ela, actuaram anteriormente como legisladores do Parlamento Europeu.

Le Pen e seus co-réus podem cumprir até 10 anos de prisão. 

A líder e outros 24 oficiais do National Rally foram acusados ​​de terem usado dinheiro destinado a assessores parlamentares da UE para pagar funcionários que trabalharam para o partido entre 2004 e 2016, em violação aos regulamentos do bloco de 27 nações. Le Pen e seus co-réus negaram irregularidades.

Aumentou para mais de 1700 o número de mortes causadas pelo sismo que atingiu Myanmar, na sexta-feira,  segundo avançou, hoje, a junta militar do país. O porta-voz do Governo controlado pela junta, major-general Zaw Min Tun, disse à emissora estatal birmanesa MRTV que outras 3400 pessoas ficaram feridas e mais de 300 estão ainda desaparecidas.

O anterior balanço, também feito pela junta militar, que desde o golpe de Estado de 2021 detém o poder em Myanmar, apontava para 1 644 mortos, 3 408 feridos e 139 desaparecidos.

O sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter foi registado às de sexta-feira e provocou o colapso de vários edifícios e monumentos em Myanmar, no sudeste asiático.

Devido ao abalo, pelo menos 18 pessoas morreram, outras 33 ficaram feridas e 78 estão desaparecidas em Banguecoque, capital da Tailândia, segundo o balanço mais recente das autoridades locais, divulgado no domingo.

Uma equipa de especialistas em catástrofes naturais do Governo japonês vai chegar, esta segunda-feira, a Myanmar, para avaliar os danos causados pelo sismo.

A equipa de cinco membros, composta por funcionários da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA, na sigla em inglês) e pessoal médico, viajará para a área afetada para monitorizar as necessidades das vítimas e a situação de segurança no local, disse hoje o porta-voz do governo japonês Yoshimasa Hayashi, numa conferência de imprensa.

O governo japonês decidiu fornecer mantimentos de emergência e artigos essenciais através da JICA.

Também hoje, a China enviou para Myanmar o primeiro lote de ajuda humanitária, que inclui tendas, cobertores e equipamento de primeiros socorros, de acordo com a Agência de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional da China, citado por Lusa.

 

No domingo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o sismo em Myanmar no nível mais alto de emergência e lançou um pedido urgente, para reunir oito milhões de dólares para salvar vidas e prevenir epidemias.

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