O País – A verdade como notícia

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de representar uma “ameaça global”, após o fornecimento de energia à estrutura de contenção da antiga central nuclear de Chernobyl ter sido cortado por um bombardeamento russo.

“Cada dia que a Rússia prolonga a guerra, se recusa a implementar um cessar-fogo abrangente e fiável e continua a atacar todas as nossas instalações energéticas, incluindo as críticas para a segurança das centrais nucleares e outras instalações nucleares, representa uma ameaça global”, escreveu Zelensky nas redes sociais. 

   Segundo Lusa, o Ministério da Energia ucraniano anunciou anteriormente que o abastecimento de eletricidade da estrutura de confinamento, que contém parte da central nuclear de Chernobyl, destruída em 1986 no seguimento de um acidente nuclear, foi cortado por causa de um bombardeamento russo.

O ataque surge numa altura em que também a central nuclear ucraniana de Zaporijia, em território ucraniano é controlada por militares russos, tem a ligação à rede cortada há uma semana e em que operações militares russas impedem a sua reparação, segundo o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE). 

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em Fevereiro de 2022, esta é a décima vez que a central ocupada pelas tropas russas está desligada da rede, mas, refere à diplomacia europeia, “este é o apagão mais longo e grave, especialmente porque a atividade militar continua a impedir a reparação e a religação das linhas de energia”. 

O Papa Leão XIV criticou o tratamento “desumano” dos imigrantes nos Estados Unidos, tendo questionado se as medidas da administração de Donald Trump vão ao encontro da doutrina e dos ensinamentos católicos.

O Papa Leão XIV criticou, na terça-feira, o tratamento “desumano” dos imigrantes nos Estados Unidos, tendo questionado se as medidas do presidente Donald Trump vão ao encontro da doutrina da Igreja Católica.

 “Alguém que diz que é contra o aborto, mas concorda com o tratamento desumano dos imigrantes nos Estados Unidos, não sei se isso é ser pró-vida”, disse o pontífice, em declarações aos jornalistas à porta da sua residência, em Castel Gandolfo.

Leão XIV, que assumiu o cargo em Maio, na sequência da morte do Papa Francisco, foi questionado quanto à decisão da arquidiocese de Chicago de conceder um prémio a Dick Durbin, senador democrata de Illinois que apoia o direito ao aborto. Esta decisão motivou críticas por parte de católicos conservadores, incluindo vários bispos norte-americanos, noticiou a agência Reuters.

“É muito importante olhar para o trabalho geral que o senador tem feito. […] Compreendo a dificuldade e as tensões, mas penso que, como eu próprio já disse no passado, é importante olhar para muitas questões que estão relacionadas com o que é o ensinamento da Igreja”, disse.

Um terremoto de magnitude 6,9 na escala Richter matou pelo menos 69 pessoas e deixou milhares de pessoas feridas  ontem nas Filipinas. Por conta do desastre, milhares de pessoas estão sem casas.

O terremoto de magnitude 6,9 na escala Richter   atingiu o centro das Filipinas e matou cerca de 69 pessoas,  na última terça- feira. Como consequência, milhares de  pessoas ficaram feridas e inúmeras desalojadas.

Estão em curso operações de emergência que visam encontrar sobreviventes, As autoridades procuram também restabelecer o fornecimento de energia e água naquele país.

Citado  pela Euronews,  as autoridades locais dizem que o número de mortos na cidade poderá aumentar. As imagens da tragédia mostram  locais em ruínas e casas dos residentes devastadas. 

O terremoto ocorreu  a  menos de uma semana depois de a região ter sido afectada  por duas tempestades consecutivas, nas  cidades  do continente  asiatico. 

As Filipinas são um dos países do mundo mais propensos a catástrofes e são frequentemente atingidas por terramotos e erupções vulcânicas devido à sua localização geográfica.

A União Democrática dos Construtores, um partido lançado há poucos meses pelo presidente Brice Oligui Nguema, assumiu a liderança no primeiro turno das eleições legislativas, conquistando 55 das 145 cadeiras na Assembleia Nacional.

Esta é a primeira votação legislativa do país desde que um golpe militar em 2023 pôs fim ao domínio de 50 anos da família Bongo no poder. O partido do ex-presidente Ali Bongo Ondimba, o PDG, conquistou apenas três assentos, com ambos os partidos a dividir dividir assentos.

Uma segunda volta está marcada para 11 de Outubro, onde 77 distritos eleitorais indecisos, a maioria disputada entre UDB e PDG, determinarão a composição final do parlamento.

O Gabão está agora sob um sistema presidencial, restaurado depois que o general Oligui Nguema venceu as eleições de Abril, após a adopção de um código eleitoral controverso que permitiu que figuras militares, incluindo ele mesmo, concorressem.

Embora os poderes legislativos permaneçam limitados, esta votação está sendo vista como um teste fundamental para a transição do Gabão de volta ao regime constitucional.

O antigo presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, foi condenado na noite de ontem pelo Tribunal Militar daquele país,  por crimes de guerra e traição. Joseph Kabila foi presidente durante 18 anos.

Depois de conduzir os destinos da República Democrática de Congo entre 2001 e 2019, na qualidade de Presidente da República, Joseph Kabila foi condenado nesta terça-feira à pena de morte pelo  Tribunal Militar  em Kinshasa.

De acordo com as autoridades da justiça, Kabila foi considerado culpado por  crimes de guerra, traição, crimes contra a humanidade e participação em movimento insurrecional,  e por  alegadas  ligações com o grupo rebelde M23.

O referido grupo é tido, já há algum tempo, como responsável pela instabilidade e violência armada no leste do país. O ex-presidente é condenado após anos de acusações que pesavam sobre si que provocaram repercussão internacional.

Trata-se de um marco inédito na história recente congolesa, já que é a primeira vez que um ex-chefe de Estado do país recebe uma pena severa. Devido à condenação, há tensões internas e discussões sobre o futuro político do país.

O julgamento do ex-chefe de Estado de 54 anos de idade ocorreu à revelia e até aqui se desconhece o seu paradeiro. Sobre a sua detenção pelas autoridades congolesas ainda é prematuro avançar, por se encontrar ainda em parte incerta.

De acordo com o Expresso, um recurso contra o veredicto do Tribunal Militar Superior, a mais alta instância militar do país, ainda é possível, mas apenas para questões de direito e não para reexaminar os factos arrolados. 

Donald Trump apresentou, ontem, um plano para pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza. O documento, ainda não aceite pelo Hamas, prevê a criação de uma administração de transição sob supervisão internacional e a libertação dos reféns israelitas.

Foi a quarta vez que Benjamin Netanyahu deslocou-se à Casa Branca desde o regresso de Donald Trump ao poder. A primeira ocorreu em Fevereiro. A guerra entre Israel e o Hamas foi, em todas as ocasiões, o pano de fundo das conversações entre os dois aliados.

As conversações desta segunda-feira resultaram na apresentação de um plano para o restabelecimento da paz na Faixa de Gaza. Para Trump, trata-se de um momento histórico.

“Hoje é um dia histórico para a paz. O Primeiro-Ministro Netanyahu e eu concluímos uma reunião importante sobre questões vitais, incluindo o Irão, o comércio e a expansão dos Acordos de Abraão. Mais importante, discutimos como acabar com a guerra em Gaza. Mas isto é apenas parte de um panorama maior: a paz no Médio Oriente. Vamos chamar-lhe paz eterna no Médio Oriente”, disse Donald Trump, Presidente dos EUA.

O Primeiro-ministro israelita, que raramente discorda do seu aliado norte-americano, apoia a proposta e espera que o Hamas aceite os termos.

“Apoio o plano para pôr fim à guerra em Gaza, que cumpre os nossos objectivos de guerra. Trará de volta a Israel todos os nossos reféns, desmantelará as capacidades militares e o regime político do Hamas, e assegurará que Gaza nunca mais represente uma ameaça”, afirmou Benjamin Netanyahu.

O documento estabelece ainda que Israel não anexará a Faixa de Gaza e que as forças israelitas terão de se retirar gradualmente da região. A notícia foi bem recebida em Telavive.

O Hamas ainda não reagiu à proposta, mas o plano já mereceu elogios de vários líderes mundiais. O Primeiro-ministro da Austrália foi um dos primeiros a saudar a iniciativa.

A supervisão será assegurada por um novo órgão internacional de transição, o Conselho da Paz, que será liderado por Trump, com a participação de outros chefes de Estado a anunciar. Entre os nomes já avançados está o do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

A Guiné-Conacri vai realizar a sua primeira eleição presidencial no dia 28 de Dezembro próximo, na sequência do golpe militar de 2021. O anúncio foi feito após a Suprema Corte local validar uma nova Constituição.

Esta será a primeira eleição presidencial a ser realizada na Guiné-Conacri, desde o golpe militar de 2021.

As eleições marcam um momento crucial na transição política do país.

A principal mudança que possibilita este acontecimento é a constituição recém-aprovada  pela Suprema Corte, que substitui a carta transitória que impedia os membros da junta de concorrer a cargos públicos.

A  medida efectivamente remove o obstáculo legal que impede Mamady Doumbouya de se tornar candidato, embora ele ainda não tenha declarado publicamente suas intenções.

A nova carta também introduz reformas institucionais significativas, principalmente a extensão dos mandatos presidenciais de cinco para sete anos, renováveis ​​uma vez.

As forças israelitas continuaram os seus ataques à Faixa de Gaza durante a noite, tendo sido também registados bombardeamentos de artilharia na Cidade de Gaza e um bombardeamento que feriu várias pessoas no campo de refugiados de Nuseirat.

Uma fonte do Hospital Nasser, em Gaza, revelou à Al Jazeera que três membros da mesma família foram mortos num ataque aéreo israelita a uma tenda onde dormiam deslocados, em Khan Younis.

Outros seis palestinos foram mortos num bombardeamento israelita contra uma casa a oeste da cidade de Deir el-Balah, no centro de Gaza, segundo uma fonte do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, na cidade.

Outro ataque israelita atingiu uma tenda em al-Mawasi, a chamada zona humanitária segura. As forças israelitas atacaram uma tenda onde estavam hospedados um pai, uma mãe grávida de sete meses e o seu filho. A mulher é outra das vítimas mortais.

Também se registaram alguns ataques em Bureij, no centro de Gaza, mas os principais ataques ocorreram na Cidade de Gaza, onde as forças israelitas têm destruído blocos residenciais. As forças terrestres israelitas também estão presentes em diferentes partes da cidade, como Tal al-Hawa e Nassr.

Já no campo de refugiados de Nuseirat, um bombardeamento israelita provocou ferimentos em cinco pessoas.

Há dezenas de palestinianos presos sob os escombros em zonas onde as equipas de defesa civil e de resgate não conseguem chegar.

O Ministério da Saúde de Gaza registou mais de 400 mortes relacionadas com a fome no enclave desde que a guerra de Israel em Gaza começou, a 7 de Outubro de 2023, cita a RTP.

O presidente Andry Rajoelina dissolveu seu governo, na segunda-feira, em resposta aos crescentes protestos liderados por jovens contra a grave escassez de água e eletricidade, uma crise que, segundo as Nações Unidas, deixou pelo menos 22 mortos e mais de 100 feridos no maior desafio à sua autoridade em anos.

Os protestos, agora em seu terceiro dia, foram desencadeados pela raiva generalizada contra apagões e escassez de água que podem durar mais de 12 horas.

As manifestações tornaram-se as maiores que a ilha do Oceano Índico já viu em anos, inspiradas pelos movimentos bem-sucedidos da “Geração Z” no Quênia e no Nepal.

Em um discurso televisionado, o presidente Rajoelina, de forma conciliadora, declarou: “Eu compreendo a raiva, a tristeza e os desafios… Eu ouvi o chamado, senti a dor.”

Rajoelina pediu desculpas caso as autoridades tenham falhado em cumprir com seus deveres e prometeu apoio às empresas afetadas pelos saques.

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