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Tanques e ‘drones’ (aeronaves auto-pilotadas) israelitas abriram hoje fogo em vários locais no norte da Faixa de Gaza e na cidade de Rafah, a sul, atingindo tendas de refugiados em Mawasi, escreveu a agência noticiosa espanhola EFE. Segundo a imprensa internacional, ainda não há relato de vítimas mortais ou pessoas feridas devido ao sucedido.

 Um cessar-fogo, em vigor desde sexta-feira, foi acordado entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas, mediado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e negociado com a mediação do Egipto, Qatar, Turquia e Arábia Saudita.

Ao abrigo do entendimento, 20 reféns vivos foram entregues pelo Hamas a Israel na segunda-feira, mas apenas quatro corpos dos 28 que se presumem mortos tinham sido devolvidos.

Em troca dos reféns entregues pelo Hamas, 1968 prisioneiros palestinianos foram também libertos, incluindo muitos condenados por ataques mortais contra Israel, bem como 1 700 palestinos presos por alegadas “razões de segurança”, desde o início da guerra, em Outubro de 2023.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de Outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

A unidade militar que se juntou ao movimento de protesto contra o presidente malgaxe, Andry Rajoelina, em Madagáscar, anunciou, logo após a votação da Assembleia Nacional que destituiu o chefe de Estado, que “tomará o poder”.

“Vamos tomar o poder a partir de hoje e dissolver o Senado e o Supremo Tribunal Constitucional. A Assembleia Nacional continuará a funcionar”, afirmou o coronel Michael Randrianirina em frente ao palácio presidencial, no centro da capital malgaxe, cita a RTP.

Contestado nas ruas e com paradeiro desconhecido, Andry Rajoelina, que dissolveu a Assembleia, denunciou, durante a votação, que a sessão de destituição não possui “qualquer base legal”.

Tendo fugido do país num avião militar francês no domingo, segundo a rádio francesa RFI, Rajoelina chegou ao poder pela primeira vez em 2009, designado pelos militares após uma revolta popular.

O Corpo de Administração de Pessoal e Serviços do Exército Terrestre (CAPSAT), unidade militar que desempenhou um papel importante no golpe de Estado de 2009, inverteu o equilíbrio de forças ao juntar-se, no sábado, às manifestações que começaram a 25 de Setembro.

Os seus oficiais apelaram às forças de segurança para que “se recusassem a disparar” contra os manifestantes, antes de se juntarem a estes no centro da capital.

No total, 130 dos 163 deputados, ou seja, mais do que a maioria de dois terços exigida, votaram hoje a favor da destituição de Andry Rajoelina.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, acusou a China de tentar “prejudicar a economia mundial”, após Pequim ter imposto amplos controlos à exportação de terras raras e minerais críticos.

 

Texto: Redacção

Foto: Financial Times

Citado pelo jornal Financial Times, Scott Bessent afirmou que a decisão de Pequim, tomada a três semanas do encontro entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul, reflecte as dificuldades económicas internas da China.

“É um sinal de fraqueza da sua economia, e eles querem arrastar o resto do mundo consigo”, disse o responsável, sublinhando que “talvez seja um modelo de negócios leninista achar que prejudicar os clientes é uma boa ideia, mas, como principal fornecedor mundial, a China será a mais afectada se travar a economia global”.

Segundo Bessent, “a China está no meio de uma recessão ou depressão e tenta exportar a sua saída da crise, mas está a agravar ainda mais a sua posição no mundo”.

As declarações foram feitas poucos dias depois de Pequim ter anunciado restrições mais severas à exportação de minerais estratégicos, o que levou Trump a ameaçar com tarifas adicionais de 100% sobre todas as importações chinesas a partir de 1 de Novembro.

O novo confronto entre Washington e Pequim reacendeu os receios de uma guerra comercial semelhante à que abalou os mercados no início do ano.

Fontes citadas pelo jornal britânico indicaram que os EUA preparam contramedidas caso não haja acordo e pretendem priorizar o tema nas reuniões do G7 em Washington, à margem dos encontros do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

Entre as medidas em estudo está a exigência de licenças para a exportação de qualquer tipo de ‘software’ para a China, o que teria um impacto significativo na indústria tecnológica chinesa.

Altos responsáveis norte-americanos afirmaram ter ficado “surpreendidos” com a dimensão das restrições chinesas, que consideram “desproporcionais” e contrárias ao espírito de diálogo. Um deles revelou que, já em Agosto, o principal negociador chinês, Li Chenggang, havia ameaçado Washington com “retaliações além de todas as expectativas” caso as suas exigências não fossem atendidas.

Bessent disse ainda acreditar que Xi Jinping poderá não ter sido informado antecipadamente do anúncio sobre as terras raras e admitiu a existência de uma disputa interna em Pequim entre o Ministério das Finanças, mais moderado, e o Ministério do Comércio, “muito mais provocador”.

Segundo um responsável norte-americano citado pelo FT, “os sectores duros do regime – o Ministério do Comércio e o Ministério da Segurança do Estado – assumiram um papel mais activo na economia”.

A China responsabilizou os Estados Unidos pela escalada, apontando a inclusão de milhares de subsidiárias de empresas chinesas na lista negra comercial norte-americana, em Setembro, como pretexto para as novas medidas.

Fontes da administração norte-americana consideram, no entanto, que a decisão de Pequim foi planeada há meses. “Não poderiam ter preparado algo tão complexo em duas semanas. O surpreendente foi terem decidido agir de forma tão desproporcional”, disse um dos responsáveis.

Bessent afirmou que Washington tentou iniciar conversações com Pequim logo após o anúncio, mas “a China não quis falar”, levando Trump a reagir publicamente. “Assim que tornámos o caso público, eles quiseram conversar”, afirmou.

Delegações dos dois países reuniram-se na segunda-feira em Washington, depois de um fim de semana de “intensa comunicação”, segundo o secretário do Tesouro. Bessent deverá reunir-se novamente com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, antes do encontro entre Trump e Xi, marcado para 29 de Outubro, à margem da cimeira da APEC na Coreia do Sul.

Pequim apelou esta terça-feira aos Estados Unidos para “darem passos no sentido da cooperação” e confirmou a realização das conversações de segunda-feira, numa tentativa de reduzir tensões.

 

O Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, confirmou ter deixado o país por temer pela sua vida, na sequência de intensos protestos antigovernamentais, que duraram várias semanas e culminaram numa rebelião militar.

Segundo a Euronews, os protestos, liderados pelo movimento juvenil conhecido como Geração Z, atingiram um ponto crítico no sábado, quando a unidade militar de elite CAPSAT se juntou aos manifestantes, exigindo a demissão de Rajoelina e do seu governo.

Perante a adesão dos militares ao movimento, o chefe de Estado afirmou que estava em curso uma tentativa ilegal de tomada do poder na ilha do Oceano Índico, o que o levou  Rajoelina abandonar o território nacional.

Madagáscar, antiga colónia francesa, enfrenta há anos tensões políticas em torno da dupla nacionalidade de Rajoelina, que é também cidadão francês um facto que tem alimentado o descontentamento entre parte da população malgaxe.

De acordo com a ONU, pelo menos 22 pessoas morreram em confrontos entre manifestantes e forças de segurança desde o início das manifestações.

Este atentado aconteceu numa altura em que Rajoelina  assumiu a presidência rotativa da SADC no passado dia 17 de agosto.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que deverá receber o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, na sexta-feira.

O republicano fez a declaração, na segunda-feira, após ter sido questionado por repórteres a bordo do avião presidencial, durante o voo de regresso a Washington, vindo do Médio Oriente, escreve a imprensa.

Horas antes, Trump e os líderes do Egipto, Qatar e Turquia assinaram um acordo em que se comprometeram a garantir a garantir a estabilidade na região, quer para os palestinianos, quer para os israelitas, e a resolver futuros conflitos através da diplomacia e negociações.

O líder dos Estados Unidos disse aos jornalistas ter esperança que o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, poderá ajudá-lo noutro conflito, a invasão russa da Ucrânia.

Também na segunda-feira, o Presidente da Ucrânia tinha anunciado que iria deslocar-se ainda esta semana a Washington, para se reunir com o homólogo norte-americano.

42 pessoas morreram num acidente de autocarro de passageiros numa região montanhosa do norte da África do Sul. A informação foi partilhada pelas autoridades locais.

O acidente ocorreu este domingo, envolvendo um autocarro que transportava cidadãos do Zimbabué e do Malawi, que viajavam para os seus países de origem. 

Em comunicado emitido, na manhã desta segunda-feira, o governo provincial de Limpopo explicou que o caso ocorreu a cerca de 90 quilômetros da fronteira  quando o condutor perdeu o controle do veículo. 

Entre as causas do acidente, as autoridades apontam para a fadiga do condutor e problemas mecânicos na viatura.

Em resultado do acidente de viação, 42 pessoas morreram e 38 encontram-se hospitalizadas devido aos ferimentos. 

Até a manhã desta segunda-feira, as equipas de resgate ainda se encontravam no local para socorrer mais vítimas.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já está em Israel, para a libertação dos reféns, na Faixa de Gaza, sob o acordo de cessar firmado entre Israel e Hamas. 

Segundo a CNN, ao embarcar para a viagem, Trump afirmou que “a guerra acabou”. Falando a bordo do avião Air Force One, Trump disse que o cessar-fogo será mantido e que um “conselho de paz” deverá ser rapidamente estabelecido para Gaza. 

 Trump também elogiou o papel do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e do Qatar.

Pela primeira vez, militares juntaram-se, neste sábado, aos manifestantes que desde 25 de setembro realizam protestos em Madagáscar, inspirados pelos movimentos juvenis da Geração Z no Quénia e no Nepal.

As manifestações, que começaram devido à falta de água e eletricidade, evoluíram para um movimento mais amplo de contestação, tornando-se o maior desafio ao governo do Presidente Andry Rajoelina desde a sua reeleição em 2023.

Neste sábado, tropas de uma unidade do exército que ajudou Rajoelina a chegar ao poder durante o golpe de 2009 apelaram aos colegas militares para que desobedecessem às ordens superiores e se unissem aos protestos liderados por jovens, segundo reportaram os meios de comunicação locais.

A unidade de elite CAPSAT, protagonista na ascensão de Rajoelina, fez um apelo público inédito à solidariedade com os manifestantes que exigem a demissão do presidente.

Em resposta, os altos responsáveis das forças armadas, incluindo o Chefe do Estado-Maior e um alto funcionário do Ministério das Forças Armadas, encorajaram os soldados a priorizar o diálogo e a reflexão.

Imagens transmitidas pela imprensa mostraram dezenas de militares a deixarem o quartel para acompanhar milhares de manifestantes até à Praça 13 de Maio — local simbólico de várias revoltas políticas — que se encontrava interdito e fortemente vigiado durante os protestos.

Posteriormente, o Chefe do Estado-Maior, General Jocelyn Rakotoson, fez uma declaração pública pedindo à população que “ajude as forças de segurança a restaurar a ordem através do diálogo” e apelou aos líderes religiosos para que “intervenham na mediação da crise que o país enfrenta”.

Os manifestantes reclamam a renúncia de Rajoelina, um pedido de desculpas ao povo e a dissolução do Senado e da comissão eleitoral.

Na semana anterior, o presidente dissolveu o seu gabinete e nomeou um novo primeiro-ministro.

De acordo com as Nações Unidas, os protestos já causaram a morte de pelo menos 22 pessoas e deixaram 100 feridos, embora o governo malgaxe conteste esses números. Rajoelina afirmou esta semana que as vítimas mortais somam 12.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, uma tarifa adicional de 100% sobre todos os produtos chineses.

A decisão surge em resposta ao aumento dos controles de exportação e terras raras  elementos fundamentais para a fabricação de eletrônicos por parte de Pequim

A tarifa adicional de 100% sobre todos os produtos chineses anunciada por  Donald Trump soma-se aos 30% em vigor e deverá começar até o dia 1º de Novembro.

A imposição de controles de exportação dos Estados Unidos será sobre os softwares.

A decisão representa uma nova escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo e levou à queda imediata das bolsas de valores, segundo investidores.

Economistas temem que com o agravamento da disputa, o encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, previsto para o fim deste mês na Coreia do Sul, pode ser cancelado.

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