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O Afeganistão e o Paquistão acordaram num cessar-fogo imediato, após conversações com mediadores do Qatar em Doha. A informação foi partilhada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.

O acordo de cessar-fogo imediato entre Afeganistão e Paquistão marca o fim de uma semana de combates transfronteiriços que mataram dezenas de pessoas e feriram centenas de outras, entre os dois países em vários anos.

Depois da mediação do Qatar, as duas partes concordaram em estabelecer mecanismos para consolidar a paz e a estabilidade duradouras.

Concordaram também em realizar conversações de acompanhamento nos próximos dias para garantir a sustentabilidade das tréguas.

Um comunicado do Qatar acrescenta que os negociadores turcos também contribuíram para a conclusão do acordo.

Nos últimos tempos, a violência entre os dois países tem vindo a aumentar desde o início do mês e cada um deles diz estar a responder à agressão do outro. 

As Nações Unidas alertam que quase 900 milhões de pessoas pobres estão expostas a riscos climáticos como calor extremo, secas e enchentes.O  alerta surge para exigir respostas concretas da COP30, em Novembro no Brasil.

Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas, nesta sexta-feira, revela que quase 900 milhões de pessoas em situação de pobreza estão directamente expostas a riscos climáticos agravados pelo aquecimento global.

De acordo com o estudo, essas populações estão vulneráveis devido a ondas de calor extremo, secas prolongadas, enchentes e altos níveis de poluição do ar. 

A ONU aponta que a África Subsaariana e o Sul da Ásia são as regiões mais afectadas, onde a pobreza extrema combina com impactos ambientais cada vez mais severos.

A pesquisa mostra que mais de 650 milhões de pessoas pobres estão expostas a dois ou mais riscos em simultâneo  e 11 milhões já enfrentaram os quatro tipos de ameaça em apenas um ano. 

A organização apela aos líderes globais para adoptarem  políticas urgentes contra o avanço do aquecimento global na próxima COP30 marcada para Novembro no Brasil.

 

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, adverte ao Hamas, que não teria outra opção  senão entrar e matar os membros, se o derramamento de sangue  persistir na Faixa de Gaza. Trump aumenta as críticas  contra o Hamas, numa altura em tenta manter o seu acordo de paz em Gaza. 

Foi através de uma publicação nas redes sociais, que o presidente norte-americano, Donald Trump,  ameaçou tomar medidas severas se o Hamas não avançar com o desarmamento em Gaza.

“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não estava no acordo, não teremos outra escolha senão entrar e matá-los”, escreveu numa rede social. 

A advertência de Trump veio depois dele ter minimizado a violência interna no território desde que um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o Hamas entrou em vigor na semana passada, após dois anos de guerra.

A Casa Branca não prestou qualquer esclarecimento e o líder norte-americano não explicou como é que iria levar a cabo o seu aviso, mas Trump esclareceu mais tarde que não iria enviar tropas norte-americanas para Gaza.

Na terça-feira, Trump disse que o Hamas tinha eliminado um par de gangues que eram maus e tinha matado vários membros de gangues. 

Mas também deixou claro que tinha pouca paciência para os assassinatos que o Hamas estava a levar a cabo contra facções rivais no interior do território devastado.

O coronel do exército que tomou o poder num golpe militar foi empossado como novo líder de Madagáscar nesta sexta-feira.  A tomada de poder derrubou o Presidente Andry Rajoelina e o obrigou a fugir do seu país.

O Coronel Michael Randrianirina, comandante de uma unidade de elite do exército malgaxe, prestou juramento para se tornar o novo presidente numa cerimónia realizada na câmara principal do Supremo Tribunal Constitucional do país, perante os nove juízes do órgão.

A sua ascensão à presidência ocorreu apenas três dias depois de ter anunciado que as forças armadas estavam a assumir o poder na ilha do Oceano Índico, com cerca de 30 milhões de habitantes, localizada na costa oriental de África.

As Nações Unidas condenaram a tomada militar como uma alteração inconstitucional do governo, mas houve poucas reacções de outros países, incluindo do antigo poder colonial de Madagáscar, França.

A tomada de poder ocorreu após três semanas de protestos anti-governamentais.

O presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, realiza uma visita ao Kremlin, onde espera-se que vá apelar oficialmente à extradição de Bashar al-Assad. A viagem ocorre menos de um ano após al-Sharaa liderar uma ofensiva rebelde que pôs fim a mais de uma década de regime autoritário e de apoio russo a al-Assad.

Apesar de ter sido recebido com todas as honras em Moscovo, esta quarta-feira, al-Sharaa adoptou uma postura pragmática, mantendo o controlo russo sobre as bases militares na Síria, enquanto reforça os laços diplomáticos com o Ocidente. 

Em declarações, Al-Sharaa sublinhou a importância de desenvolver laços históricos entre os dois países.

O Kremlin tem evitado abordar o futuro de al-Assad, que se encontra sob asilo político na Rússia desde a sua fuga em Dezembro. 

Moscovo justificou o asilo como uma medida humanitária, alegando que o ex-presidente e sua família enfrentavam risco de morte caso permanecessem na Síria.

Numa recente entrevista, al-Sharaa declarou que vai usar “todos os meios legais” para levar al-Assad a julgamento no país. 

A União Africana anunciou, na quarta-feira, que suspendeu Madagascar de seus órgãos com efeito imediato “até que a ordem constitucional seja restaurada”, após o golpe que derrubou o presidente Andry Rajoelina.

Segundo o African News, a UA já suspendeu vários outros estados-membros após golpes militares, incluindo Mali, Burkina Faso e Guiné.

A revolta resultou em um golpe apoiado pelos militares, que levou Rajoelina ao poder como líder de transição de seu país no Oceano Índico, com apenas 34 anos.

Na terça-feira, a mesma unidade militar que ajudou na ascensão de Rajoelina declarou que estava tomando o poder em Madagascar e o destituiu da presidência após semanas de protestos liderados por jovens, desta vez contra Rajoelina e seu governo.

Cerca de 75% dos 30 milhões de habitantes do país são afectados pela pobreza, de acordo com o Banco Mundial, com a falta de acesso ao ensino superior, a corrupção governamental e o custo de vida entre as questões que dominaram os protestos recentes.

Enquanto isso, Randrianirina “será empossada como presidente de Madagascar durante uma audiência solene do alto tribunal constitucional” em 17 de Outubro, disseram os governantes militares do país em uma declaração publicada nas redes sociais por uma estação de televisão estatal.

O Uruguai aprovou uma lei sobre o fim da vida, que permite a eutanásia em determinadas condições, após anos de debates parlamentares. O Senado, a câmara alta do parlamento uruguaio, aprovou a lei na quarta-feira por uma larga maioria de 20 votos dos 31 parlamentares presentes.

Segundo a RTP, a Câmara dos Representantes, a câmara baixa, tinha dado luz verde inicial em Agosto, e o Senado, onde a coligação de esquerda que apoia o Governo detém a maioria, aprovou-a.

Intitulada de “Morte Digna”, a lei coloca o Uruguai no grupo restrito de estados que permitem a morte medicamente assistida, incluindo Canadá, Países Baixos e Espanha.

Na América Latina, a Colômbia descriminalizou a eutanásia em 1997, e o Equador aderiu ao movimento em 2024. Algumas dezenas de pessoas que assistiam ao debate interromperam os aplausos e os abraços após a votação, gritando “assassinos”.

Entre os requisitos, é necessário ser maior de idade, cidadão ou residente no Uruguai, estar em plena saúde mental e em fase terminal de doença incurável ou que cause sofrimento insuportável, com grave deterioração da qualidade de vida.

Serão necessários passos preliminares antes que o paciente formalize por escrito a vontade de pôr fim à vida.

Mais de 60% dos uruguaios apoiam a legalização da eutanásia e apenas 24% se opõem, segundo uma sondagem apresentada em Maio pela empresa de sondagens de opinião Cifra.

A imprensa internacional destaca que a Ordem dos Médicos do Uruguai não tomou uma posição oficial sobre o assunto, mas actuou como consultora durante todo o processo legislativo “para garantir o máximo de garantias aos doentes e aos médicos”, disse o presidente da entidade, Álvaro Niggemeyer, à AFP.

A Igreja Católica manifestou tristeza após a votação na Câmara dos Deputados. Contudo, a resistência ao projeto de lei estendeu-se além das esferas religiosas. Mais de uma dezena de associações rejeitaram o projeto, descrevendo-o como “deficiente e perigoso”.

Os cortes no financiamento da ajuda humanitária podem expor até 13,7 milhões de pessoas à fome extrema em todo o mundo, alertou hoje o Programa Alimentar Mundial (PAM).

“O sistema de ajuda humanitária está sob forte pressão com a retirada dos parceiros das áreas da linha da frente, criando um vazio”, afirmou a agência sediada em Roma num novo relatório intitulado “Uma bóia salva-vidas em perigo”, citado por Lusa.

 A agência da ONU afirmou que seis das suas operações – no Afeganistão, na República Democrática do Congo, no Haiti, na Somália, no Sudão do Sul e no Sudão – estão “a enfrentar grandes perturbações, que só irão piorar”.

O PAM alertou que o seu financiamento “nunca foi tão desafiante”, antecipando “uma queda de 40%” em 2025, “o que se traduzirá num orçamento projetado de 6,4 mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros), em comparação com os 10 mil milhões de dólares em 2024 (8,6 mil milhões de dólares)”.

Segundo Lusa, o relatório não cita nenhum país, mas aponta para um estudo publicado na revista médica The Lancet, que constatou que 14 milhões de mortes adicionais em todo o mundo por doenças, deficiências nutricionais e condições maternas e perinatais poderiam ocorrer até 2030, como resultado apenas dos cortes na ajuda humanitária norte-americana.

Desde o regresso do Presidente norte-americano, Donald Trump, à Casa Branca, Washington anunciou cortes massivos na sua ajuda externa, desferindo um enorme golpe nas operações humanitárias em todo o mundo.

“A cobertura do programa foi significativamente reduzida e as rações cortadas. A assistência vital às famílias em situações de catástrofe alimentar [Fase 5 da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar/IPC] está ameaçada, enquanto a preparação para impactos futuros diminuiu significativamente”, alerta o PAM.

Em termos mundiais, “o PAM estima que os seus défices de financiamento possam levar 10,5 a 13,7 milhões de pessoas atualmente em insegurança alimentar aguda (Fase 3 do IPC) para emergência humanitária (Fase 4 do IPC)”, acrescentou o organismo.

A agência da ONU afirmou que a fome global já atingiu níveis recorde, com 319 milhões de pessoas a enfrentarem insegurança alimentar aguda — incluindo 44 milhões em níveis de emergência.

A fome atingiu Gaza e o Sudão. No Afeganistão, a assistência alimentar está a chegar a menos de 10% das pessoas em situação de insegurança alimentar, o que significa que não sabem de onde virá a próxima refeição, informou a agência.

O PAM afirma que espera receber cerca de 1,5 mil milhões de dólares (1,28 mil milhões de euros) dos Estados Unidos este ano, abaixo dos quase 4,5 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) do ano passado, enquanto outros doadores importantes também cortaram o financiamento.

Muitas organizações das Nações Unidas, incluindo as agências de migração, saúde e refugiados, anunciaram este ano cortes drásticos na ajuda e no pessoal devido à redução do apoio dos grandes doadores tradicionais. A comunidade de ajuda humanitária também foi afetada por cortes drásticos na Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O líder da oposição e ex-primeiro-ministro do Quénia, Raila Odinga, morreu esta quarta-feira  na Índia, depois de ter perdido os sentidos enquanto caminhava, segundo as autoridades indianas.

Aos 80 anos, calou-se a voz do político queniano, Raila Odinga, esta quarta-feira, segundo as autoridades da Índia,  país onde estava sob cuidados médicos. 

Supostamente, o líder da oposição e ex-primeiro-ministro do Quénia, perdeu a vida vítima de uma paragem cardíaca, depois de ter perdido os sentidos enquanto caminhava,  tendo sido transportado de urgência para o hospital, onde foi declarado morto, na Cidade de Cochim.

Odinga foi primeiro-ministro do Quénia entre 2008 e 2013.

O antigo governante, nos últimos anos, servia ao seu país como líder da oposição oficial, com foco na promoção dos ideais democráticos, protecção da equidade e da justiça da sociedade.

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