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A União Europeia fechou um acordo político para adopção do 19.º pacote de sanções contra a Rússia, para privar o Kremlin de receitas para a sua economia de guerra, através da exportação de gás natural liquefeito.

Um dia depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter imposto pela primeira vez sanções à Rússia devido à guerra na Ucrânia, a União Europeia adoptou o 19º pacote de sanções contra Moscovo.

Este novo pacote de sanções contra a Rússia inclui o bloqueio total das importações de Gás Natural Liquefeito russo a partir de 1 de Janeiro de 2027, restrições financeiras que impeçam transações com bancos russos e instituições em países terceiros e ainda medidas contra os sistemas de pagamento russos.

Segundo a Chefe da diplomacia da UE, a União Europeia está também a restringir os movimentos de diplomatas russos para combater as tentativas de desestabilização. 

O pacote visa também a “frota fantasma” russa – que já conta com mais de 118 navios sancionados – e impõe limites à exportação de tecnologias sensíveis, como inteligência artificial, dados geoespaciais e componentes metálicos críticos.

Além disso, empresas da China, da Índia e de outros países que apoiem a indústria militar russa também foram incluídas nas sanções.

O Presidente Ucraniano comemorou a decisão, que acredita ser crucial para pressionar Putin a pôr fim à guerra 

Os eleitores da Costa do Marfim escolhem no sábado o Presidente da República, sendo que a corrida presidencial foi marcada por contestações, desinformação, exclusão dos principais opositores e receio de uma nova agitação pós-eleitoral.

Das 60 candidaturas à corrida presidencial, somente cinco – incluindo a do actual Presidente, Alassane Ouattara -, foram aceites pelo Conselho Constitucional, segundo a lista definitiva publicada pelo órgão em 08 de Setembro.

Alassane Ouattara, de 83 anos, assumiu o cargo em 2011, na sequência do conflito pós-eleitoral de 2010-2011. Este conflito, que resultou em mais 3.000 mortos e deixou o país à beira de uma guerra civil, ocorreu após o principal opositor e ex-Presidente, Laurent Gbagbo, se ter recusado a aceitar a derrota eleitoral, culminando na sua captura e na da sua mulher, Simone Gbagbo.

Os principais candidatos da oposição, Laurent Gbagbo e Tidjane Thiam, foram excluídos da corrida presidencial, sendo as suas candidaturas rejeitadas pelo Conselho Constitucional. O primeiro devido a uma condenação judicial ocorrida em 2018 e o segundo por questões de nacionalidade.

Esta decisão reforça a probabilidade do actual chefe de Estado ganhar as eleições.

O Presidente marfinense, da União dos Houphouëtistas pela Democracia e a Paz (RHDP), originalmente limitado a dois mandatos, procura ser reeleito, sendo que os dois principais partidos da oposição protestam contra o quarto mandato do Chefe de Estado e consideram-o inconstitucional.

A actual lei da Costa do Marfim prevê um máximo de dois mandatos, mas o Conselho Constitucional considerou em 2020 que a adoção de uma nova Constituição quatro anos antes tinha reposto o contador dos mandatos presidenciais a zero.

Nesta eleição presidencial, o chefe de Estado enfrentará os ex-ministros Jean-Louis Billon e Ahoua Don Mello, bem como a ex-primeira-dama Simone Ehivet Gbagbo, do Movimento das Gerações Capazes (MGC), e Henriette Lagou, que também foi candidata em 2015, do partido Renovação para a Paz e a Concórdia (RPC-PAIX).

Uma operação conjunta da Interpol e da Afripol resultou na detenção de 83 pessoas em seis países africanos, revelando centenas de suspeitos de envolvimento no financiamento e apoio ao terrorismo.

A acção, batizada de Operação Catalyst, decorreu entre Julho e Setembro de 2025 e marcou o primeiro esforço coordenado no continente para desmantelar redes financeiras ligadas a atividades terroristas. Participaram autoridades de Angola, Camarões, Quênia, Namíbia, Nigéria e Sudão do Sul.

Durante a operação, foram identificados cerca de 260 milhões de dólares em dinheiro e criptomoedas supostamente associados a crimes de natureza terrorista.

A Interpol informou que a Operação Catalyst expôs uma crescente interligação entre o financiamento do terrorismo e outros tipos de crimes, como fraudes online, esquemas Ponzi e lavagem de dinheiro.

Dos detidos, 21 enfrentam acusações diretamente relacionadas ao terrorismo, 28 por fraude e lavagem de dinheiro, 16 por golpes cibernéticos e 18 pelo uso ilegal de moedas virtuais. No total, mais de 15.000 pessoas e entidades foram investigadas, levando à identificação de 160 novos suspeitos.

Em Angola, as autoridades prenderam 25 suspeitos de várias nacionalidades, envolvidos em sistemas ilegais de transferência de dinheiro ligados ao terrorismo e à lavagem de capitais. Foram apreendidos US$ 588 mil, além de 100 telefones, 40 computadores e o bloqueio de 60 contas bancárias.

No Quénia, investigadores desmantelaram uma suposta rede de lavagem de dinheiro avaliada em US$ 430 mil, operada através de um provedor de serviços de ativos virtuais. Dois suspeitos foram detidos. Em outro caso, mais dois indivíduos foram presos por recrutar jovens do Leste e Norte da África para grupos terroristas, com fundos rastreados via uma plataforma de criptomoedas na Tanzânia.

Na Nigéria, 11 suspeitos de terrorismo, entre eles membros de destaque de diferentes grupos, foram detidos.

A investigação também revelou um grande esquema Ponzi baseado em criptomoedas, que se fazia passar por uma plataforma de investimentos. O golpe afetou 17 países, incluindo Camarões, Quênia e Nigéria, e enganou mais de 100 mil pessoas em todo o mundo, gerando perdas estimadas em US$ 562 milhões. Parte desses fundos teria sido usada para financiar atividades terroristas.

O Banco Mundial estimou nesta terça-feira, que a reconstrução da Síria pode custar mais de 216 mil milhões de dólares, após 13 anos de guerra civil que causou várias mortes e destruição de infra-estruturas. 

A reconstrução da Síria afectada pela Guerra civil de 13 anos é um dos principais desafios enfrentados pelos novos líderes islamitas da Síria, que tomaram o poder em Dezembro de 2024 após a deposição de Bashar al-Assad.

Segundo o relatório do Banco Mundial, nesta terça-feira, os mais de 216 milhões de dólares necessários para reconstrução do país,   são dez vezes maiores que o PIB do país previsto para 2026.

O novo governo interino, que assumiu o poder após a queda de Bashar al-Assad, tenta atrair investimentos para reconstruir o país, através de acordos de apoio com Arábia Saudita, Catar e Turquia.

A economia síria reduziu mais de 50% desde 2010, segundo o Banco Mundial, que mostrou-se  pronto para ajudar na recuperação da Síria, mas alertou que o caminho será longo e depende de apoio internacional consistente.

Nicolas Sarkozy torna-se, esta terça-feira, no primeiro ex-presidente a tornar-se presidiário. À porta do estabelecimento prisional de Paris estão dezenas de pessoas para lhe prestar apoio.

Nicolas Sarkozy começa, nesta terça-feira, a cumprir pena por associação criminosa. O ex-presidente francês saiu há momentos de casa e deverá dar entrada na manhã desta terça-feira, dia 21 de outubro, na prisão de Santé, em Paris.

O antigo governante irá cumprir pena numa cela especial, que possui cozinha, duche e acesso a um telefone.

Sarkozy foi condenado por conspiração criminosa na tentativa de utilizar dinheiro líbio para financiar a sua campanha eleitoral de 2007.

Em declarações, hoje, à BFMTV, o seu pai, Guillaume Sarkozy, disse estar “convencido da sua inocência” e igualmente “orgulhoso por entrar na prisão de cabeça erguida”.

Imagens registadas esta manhã no local mostram o aparato que se encontrava junto à sua residência. Aqui, reuniram-se muitas pessoas para prestar apoio ao antigo governante, entre eles o seu antigo assessor Henri Guaino.

Donald Trump garante que o cessar-fogo em Gaza está em vigor apesar de ter sido violado por Israel e pelo Hamas. O Egito, país mediador do conflito, apela a que ambas partes cumpram o que está acordado no plano de paz.

Na Faixa de Gaza, regressou o medo dos bombardeamentos e o receio de que a trégua não seja respeitada.

Um dos emissários dos Estados Unidos da América às conversações entre Israel e o movimento islamista Hamas afirmou que o estado hebraico tem de “arranjar maneira de ajudar” os palestinianos a reerguerem-se depois da guerra. Jared Kushner falava nesta segunda-feira, numa entrevista pré-gravada à televisão CBS.

A guerra entre Israel e Hamas está na fase do cessar-fogo, desde que os Estados Unidos, Egipto e Qatar decidiram negociar o seu fim, com acordos feitos e que devem permitir a troca de prisioneiros e demais condições entre as partes.

Entretanto, Jared Kushner, que já chegou a Israel juntamente com o enviado norte-americano Witkoff, que falou antes dos mais recentes ataques das Forças da Defesa de Israel (IDF, na sigla inglesa), apesar do cessar-fogo acordado e patrocinado por Trump, Qatar, Turquia e Arábia Saudita, considera que Israel deve arranjar formas de ajudar Palestina a ficar melhor.

“A mensagem mais importante que queremos transmitir aos responsáveis israelitas, agora que acabou a Guerra, é a de que, se querem ter Israel integrado no Médio Oriente, têm de arranjar maneira de ajudar o povo palestino a singrar e a ficar melhor”, disse Jared Kushner.

O também genro do Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou ainda que se trata de “uma situação muito difícil e de uma dinâmica bastante complexa”.

“Agora, o Hamas está a fazer precisamente o que seria expectável por parte de uma organização terrorista, tentar reagrupar-se e voltar a ganhar equilíbrio”, continuou, contrapondo que, se houver “uma alternativa”, aquele grupo palestino extremista “vai fracassar e Gaza deixa de ser uma ameaça para Israel”.

Questionado directamente sobre a coexistência de dois estados naqueles territórios, Kushner afirmou que “a palavra ‘Estado’ significa coisas diferentes para pessoas diferentes”.

“O nosso foco, agora, é criar uma situação de segurança para ambos e de oportunidades económicas tanto para israelitas como para palestinianos, para que possam viver pacificamente, lado a lado, sustentavelmente”, concluiu.

Israel bombardeou vários locais na Faixa de Gaza no domingo em resposta ao que interpretou como uma violação do acordo por parte do Hamas.

Os bombardeamentos ocorreram após confrontos na manhã de domingo na zona de Rafah, localizada no sul de Gaza, e controlada pelo exército israelita, tendo morrido dois soldados das IDF e dezenas de palestinos, de acordo com o Hamas.

Após estes confrontos, Israel alegou ter “retomado a aplicação do cessar-fogo”, enquanto Trump afirmou que a trégua “continua em vigor”.

Dois membros do pessoal da segurança morreram, na madrugada desta segunda-feira, após um avião de carga  derrapar em direcção ao mar, no aeroporto de Hong Kong. O acidente ocorreu durante a aterragem.

Dois funcionários  que se encontravam num veículo em serviço no aeroporto internacional de Hong Kong morreram, depois de um avião de carga Boeing 747 proveniente do Dubai ter derrapado na pista durante a aterragem e colidido com o veículo em que seguiam, empurrando-o para o mar. 

O aparelho, operado pela transportadora turca ACT Airlines em nome da Emirates, ficou parcialmente submerso, mas os quatro tripulantes a bordo escaparam ilesos.

A Emirantes reagiu ao sinistro e explicou que o voo sofreu danos ao aterrar em Hong Kong e que era um avião de carga alugado com tripulação. 

Sobre as causas do acidente, a companhia aérea assegura que ainda estão a ser investigadas, incluindo as condições meteorológicas, da pista e do próprio avião.  

O exército israelita lançou novos ataques aéreos no sul de Gaza, alegando responder a uma “flagrante violação” do cessar-fogo por parte do Hamas, e suspendeu o acesso à ajuda humanitária ao enclave. 15 pessoas morreram durante a ofensiva.

As Forças de Defesa de Israel iniciaram uma série de ataques contra alvos terroristas do Hamas, no sul da Faixa de Gaza, segundo anunciou o exército israelita, em comunicado. 

Os bombardeamentos atingiram a zona oriental de Khan Yunis e a área de Rafah, no sul do território.

Em resultado da ofensiva, pelo menos 15 pessoas morreram, incluindo seis civis.

Israel justifica que os ataques são uma resposta aos disparos do Hamas, entretanto o movimento islamita nega as acusações e assegura que permanece comprometido com o cessar-fogo.  

O cessar-fogo prevê a retirada gradual do Exército israelita da Faixa de Gaza, a libertação de reféns e prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária no território, além da futura formação de um novo governo sem a participação do Hamas.

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