O País – A verdade como notícia

O Presidente do Botswana, Mokgweetsi Masisi, anunciou, hoje, que se vai demitir, depois dos resultados parciais mostrarem a derrota nas eleições legislativas do seu partido, que está no poder há quase 60 anos.

“Gostaria de felicitar a oposição pela sua vitória e conceder a eleição”, declarou Masisi, durante conferência de imprensa, citado por Lusa. 

Resultados parciais das eleições legislativas de quarta-feira, divulgados horas antes, mostram que a UDC lidera com 19 dos 61 lugares no parlamento. O Partido do Congresso de Botsuana (BCP, na sigla em inglês) tem sete e, por último, a Frente Patriótica do Botsuana (BPF) tem cinco.

O Partido Democrático do Botswana (BDP), do Presidente Masisi, conquistou apenas um lugar até ao momento.

Os resultados comunicados pelos vários gabinetes de apuramento mostram que os três partidos da oposição obtiveram em conjunto 31 lugares, o suficiente para controlar o parlamento, de acordo com uma contagem realizada pela agência de notícias France–Presse.

Os Estados Unidos da América vão às eleições daqui a menos de uma semana, já na terça-feira. Em mais uma actividade de campanha, a candidata democrata, Kamala Harris, disse ser este o tempo de uma nova geração liderar os EUA. Já o republicano Donald Trump diz estar focado na salvação do país face à campanha de ódio e destruição dos democratas.

Há uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos da América, continuam  sonantes os discursos dos dois candidatos que disputam a Casa Branca. 

A candidata democrata, Kamala Harris, diz que se aproxima a oportunidade dos americanos tomarem uma decisão que vai impactar directamente nas suas vidas.  

“Daqui há uma semana, vocês terão a chance de tomar uma decisão que vai impactar directamente as vossas vidas, a vida das vossas famílias e o futuro deste país que amamos”, disse Kamala Harris.

Num discurso realizado em Washington, a também vice-presidente dos EUA acusou o candidato republicano, Donald Trump, de ter a pretensão de usar as forças de defesa norte-americanas contra os próprios cidadãos e destacou ser o tempo de uma nova geração de liderança.

“Donald Trump pretende usar os militares dos EUA contra os cidadãos americanos que simplesmente discordam dele. Americanos, este não é o candidato à presidência que pensa em melhorar as vossas vidas. É alguém que é instável e obcecado pela vingança.  Não é o que somos, é o tempo de uma nova geração de liderança na América”, continuou. 

Já o candidato republicano, Donald Trump, que fez o seu discurso de campanha em Mar-a-Lago, na Flórida, disse estar a trabalhar em um plano para a salvação do país. 

“Estou a seguir um plano para salvar a América e estarei a salvar (o país) da incrível destruição que tem sido causada por Joe Biden e Kamala”.

Trump acusou ainda a sua concorrente, Kamala Harris, de seguir uma campanha de imoralização no que chamou de verdadeiro tipo de campanha de destruição.  

“Ela segue uma campanha de imoralização e, na verdade, uma campanha de destruição. Mas, na verdade, talvez mais do que qualquer coisa, é uma campanha de ódio. É uma campanha de ódio absoluto”, disse.

Esses fazem parte dos últimos argumentos dos concorrentes para ocupar a posição de 47º presidente dos Estados Unidos da América.

As Nações Unidas denunciam violações sexuais colectivas no Sudão, na sequência da guerra civil que se vive no país. Um relatório da Organização diz que a violência tem sido usada como um meio de aterrorizar e punir civis.

O presidente de uma missão de investigação das Nações Unidas, Mohamed Chande Othman, revelou, esta terça-feira, que a escalada de violência sexual cometida no Sudão é assombrosa, num contexto em que o país se encontra em guerra, desde Abril de 2023, entre o exército sudanês (SAF), sob o comando do governante de facto do país, Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares, lideradas por seu ex vice-presidente Mohamed Hamdan Daglo.

Mohamed Chande acusa especialmente os paramilitares de cometer tais actos. Além de violações sexuais, há também relatos de sequestros, sobretudo de mulheres. A guerra no Sudão tem dificultado o acesso à ajuda humanitária. 

A guerra no Sudão desencadeou uma das piores crises humanitárias do mundo. Mais de 25 milhões de pessoas estão a enfrentar a fome aguda. O exército sudanes e as Forças de Apoio Rápido cometeram violações em larga escala dos direitos humanos e do direito internacional humanitário, muitas das quais podem constituir crimes de guerra e/ou crimes contra a humanidade, concluiu a missão.

Uma tempestade que assola a zona leste da Espanha provocou, até então, 13 mortes e destruição, em várias localidades da província de Valência. As autoridades já constituíram um comitê de crise para atender as vítimas.

Uma tempestade descrita como depressão local de alto nível está a afectar a zona leste da Espanha, com maior incidência em Castilla-la Mancha e na Comunidade Valenciana. Segundo os dados avançados pelo governo de Valência, mais de 70 pessoas perderam a vida e outras em número ainda por apurar estão em situações críticas, além de destruição. 

“Estamos num momento muito complicado. Mas insisto, vamos chegar a todos os sítios. Começámos a resgatar, começámos a aceder a locais onde até há bem pouco tempo não conseguimos aceder, mas há locais onde ainda não conseguimos chegar, devido à sua absoluta inacessibilidade”,  informou Carlos Mazón Guixot, Presidente da Comunidade Valenciana.

De acordo com a Guarda Civil, há ainda dezenas de residentes que ficaram presos pelas inundações, muitos destes no interior de carros. Uma reunião de emergência deverá ter lugar ainda esta quarta-feira para a avaliação dos impactos.

“Não conseguimos comunicar com alguns deles, devido ao problema que ainda estamos a ter com as comunicações e a cobertura. Mas estamos a crer que até lá poderão chegar ou até a noite ou mesmo amanhã de manhã, o papel dos presidentes de câmara vai ser fundamental”, acrescentou. 

A Agência Estatal de Meteorologia de Espanha ativou o alerta vermelho para chuvas na Comunidade Valenciana, onde uma ponte ruiu depois de um rio em Picaña ter transbordado. Vários municípios suspenderam as aulas, actividades desportivas ao ar livre, parques e jardins. A agência alerta ainda que os aguaceiros fortes vão continuar.

A Amnistia Internacional acusou o Governo israelita de “criminalizar” a prestação de ajuda humanitária e de “atacar os direitos dos refugiados palestinianos”, por proibir operações da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA).

A secretária-geral da organização, Agnes Callamard, afirmou, em comunicado, citado por Lusa, que a decisão israelita é um “ataque ultrajante” que “visa, claramente, impossibilitar o funcionamento da agência nos territórios palestinianos ocupados, forçando o seu encerramento em Jerusalém Oriental e acabando com os vistos para o seu pessoal”.

“É um sinal da criminalização da ajuda humanitária e só vai agravar uma crise humanitária já catastrófica”, afirmou Callamard, recordando que a UNRWA “desempenhou um papel indispensável no fornecimento de água, alimentos, cuidados de saúde, educação e refúgio a quase dois milhões de palestinianos em Gaza, que foram forçados a deslocar-se”.

A secretária-geral salientou ainda que os palestinianos enfrentam uma “fome artificial” e um “grave perigo de genocídio devido à ofensiva contínua de Israel ao longo do último ano”.

“A UNRWA tem sido uma salvação para os refugiados palestinianos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, bem como nos países vizinhos, desde a sua fundação há 75 anos. O sofrimento do povo palestiniano teria sido ainda maior se não fosse o trabalho da UNRWA durante três quartos de século”, recordou.

Para Callamard, a proibição israelita trata-se de uma decisão “desumana”, que apenas agravará a situação: “Os palestinianos já sofreram de forma inimaginável desde os terríveis ataques perpetrados pelo Hamas e outras facções palestinas contra o sul de Israel, há um ano”.

“A comunidade internacional deve condenar rapidamente esta decisão e tentar influenciar o governo israelita para que tome medidas”, concluiu.

Dezenas de partidos políticos foram dissolvidos pela junta militar que governa Guiné-Conacri desde o golpe de Estado de 2022. Outrossim, a junta decidiu supervisionar outros 54 partidos. 

Para organizar o sistema político da Guiné-Conacri, a junta militar que governa o país da África Ocidental, há dois anos, decidiu eliminar, na segunda-feira, quase metade dos partidos políticos.

Com a decisão, 53 partidos foram dissolvidos e outros 54 encontram-se sob vigilância do Governo por três meses, segundo o Ministério da Administração Territorial e Descentralização local.

As medidas foram tomadas com base numa avaliação dos partidos, iniciada em Junho. Os que estão em observação continuam a operar normalmente, porém devem resolver algumas irregularidades.

Entre as irregularidades cometidas pelos partidos em observação consta a não realização do congresso partidário dentro do prazo; o não fornecimento de extractos bancários, entre outras.

Fazem parte dos partidos em observação o Reunião do Povo Guineense, do antigo presidente Alpha Condé, deposto pelos militares e União das Forças Democráticas da Guiné, da oposição.

O ex-coronel Mamadi Doumbouya foi empossado como presidente e promovido ao posto de general e já tem apoio de algumas personalidades locais para as próximas eleições presidenciais.

Refira-se que a junta militar comprometeu-se inicialmente a entregar o poder a civis eleitos até ao final de 2024, mas já deixou claro que não cumprirá esse compromisso.

O Ministério da Saúde Sul africano confirmou, esta segunda-feira, que as seis crianças que perderam a vida no início do mês de Outubro em Soweto após consumirem lanche foram envenenadas.

É o culminar de um trabalho de investigação que durou quase três semanas, e que concluiu que as vítimas foram envenenadas, de acordo com o ministério da saúde local.

Segundo o ministro da Saúde, os alimentos consumidos pelas crianças, continham um grupo de substâncias usadas na agricultura ou em pesticidas, segundo revelaram os exames laboratoriais após o trágico incidente.

“Todas as seis crianças morreram por ingestão de tuberculose. Nas últimas semanas, vários produtos químicos foram apontados como possíveis causas da morte. Alguns foram mesmo encontrados em alguns retalhistas.” Motsoaledi, Ministro da Saúde da África do Sul

Neste momento decorrem trabalhos de investigação dos responsáveis pelo crime que matou seis crianças, após comerem lanche comprado numa loja informal nas proximidades de Johanesburgo

Segundo o ministro, “a venda destas subistâncias ao público continua a ser ilegal, porque também é uma substância perigosa. Neste momento, as amostras que foram recolhidas através de zaragatoas em várias lojas do Soweto foram enviadas para os Serviços do Laboratório Nacional de Saúde e ainda estamos à espera dos resultados”.

Face ao acontecimento, o ministério da saúde sul africana garante que vai endurecer medidas de fiscalização de alimentos  nos mercados formais e informais.

 

Pelo menos 40 jihadistas foram mortos nos últimos três dias de operações das forças de segurança na região de Ségou, no Mali, anunciou o exército maliano, este domingo.

A operação de combate que culminou com a morte de 40 de jihadistas aconteceu em duas fases e as forças armadas apreenderam material bélico e meios circulantes, munições e motociclos, segundo um comunicado do Estado-Maior do Exército maliano.

O Mali é, actualmente, governado por uma junta militar instalada após um golpes de Estado, em Agosto de 2020 e Maio de 2021.

Assimi Goita, actual Presidente de transição, tem vindo a aproximar-se da Rússia ao mesmo tempo que se distancia tanto da França, como dos governos ocidentais.

Aliás, Mali deixou de fazer parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

As autoridades chinesas anunciaram, hoje, que irão realizar exercícios militares com fogo real no mar de Bohai entre o litoral chinês e a península coreana, entre os dias 29 e 30 de Outubro. As manobras fazem parte das medidas de rotina da China, no âmbito da sua estratégia de defesa marítima.

A comunicação foi feita através de um comunicado da Administração de Segurança Marítima da China. Durante o período de teste, o acesso às zonas visadas vai ser restringido, de acordo com o comunicado publicado no portal oficial da autoridade na cidade de Dalian, província de Liaoning, no nordeste da China, citado por Lusa.

As manobras fazem parte das medidas de rotina da China no âmbito da sua estratégia de defesa marítima, reforçando a vigilância numa região considerada sensível devido à sua proximidade com a península coreana.

A zona do mar de Bohai é uma importante área para a realização de exercícios militares chineses, normalmente conduzidos pelas tropas do Teatro de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular.

Esta área registou alguns incidentes no passado, inclusive em 2020, quando Pequim apresentou uma queixa formal aos Estados Unidos devido ao sobrevoo de um avião U-2 numa zona de exclusão durante exercícios militares.

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