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Violência sexual usada como meio de punição aos civis no Sudão 

As Nações Unidas denunciam violações sexuais colectivas no Sudão, na sequência da guerra civil que se vive no país. Um relatório da Organização diz que a violência tem sido usada como um meio de aterrorizar e punir civis.

O presidente de uma missão de investigação das Nações Unidas, Mohamed Chande Othman, revelou, esta terça-feira, que a escalada de violência sexual cometida no Sudão é assombrosa, num contexto em que o país se encontra em guerra, desde Abril de 2023, entre o exército sudanês (SAF), sob o comando do governante de facto do país, Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares, lideradas por seu ex vice-presidente Mohamed Hamdan Daglo.

Mohamed Chande acusa especialmente os paramilitares de cometer tais actos. Além de violações sexuais, há também relatos de sequestros, sobretudo de mulheres. A guerra no Sudão tem dificultado o acesso à ajuda humanitária. 

A guerra no Sudão desencadeou uma das piores crises humanitárias do mundo. Mais de 25 milhões de pessoas estão a enfrentar a fome aguda. O exército sudanes e as Forças de Apoio Rápido cometeram violações em larga escala dos direitos humanos e do direito internacional humanitário, muitas das quais podem constituir crimes de guerra e/ou crimes contra a humanidade, concluiu a missão.

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