O País – A verdade como notícia

O presidente cabo-verdiano sugeriu, esta sexta-feira, que o parlamento do arquipélago use os avanços tecnológicos para criar os seus próprios canais de televisão e rádio. A sugestão foi feita depois de a emissora pública nacional anunciar que vai deixar de transmitir alguns trabalhos.

“O chefe de Estado encara com naturalidade a decisão da direção da Rádio de Cabo Verde (RCV), nos tempos de hoje, com um parlamento a tempo inteiro e com avanços tecnológicos que permitem soluções próprias de transmissão das suas sessões, nomeadamente, a criação de um canal de televisão e estação de rádio próprias, como já é realidade em várias outras paragens do mundo”, referiu José Maria Neves no Facebook, cita Notícias ao Minuto. 

A mensagem sintetiza um excerto de uma entrevista que concedeu à televisão pública.

O parlamento já transmite, actualmente, todas as sessões no hemiciclo, na íntegra, na Internet, através da sua página na rede Facebook.

“A RCV, enquanto órgão autónomo, tem a liberdade de definir a sua programação”, acrescentou, dizendo “compreender” a posição da rádio nacional, esperando que continue a cobrir “os grandes debates, mantendo a população informada, continuando a contribuir para o reforço da democracia”.

Todas as forças parlamentares mostraram-se, na quarta-feira, contra as mudanças anunciadas pela rádio na transmissão de debates.

O director da rádio pública de Cabo Verde respondeu que não vai deixar de transmitir as sessões, mas vai seleccionar os momentos com mais interesse jornalístico, em vez de emitir tudo, como até agora acontecia.

“Há momentos que não vamos transmitir. Por exemplo, a aprovação de 400 artigos [de uma lei] fica cansativa para o ouvinte”, afirmou Marcos Fonseca, referindo que se trata de “uma decisão editorial” e que “a direção da rádio é autónoma”.

As autoridades do Mali suspenderam as actividades dos partidos políticos. A situação coloca o general Assimi Goïta, actual presidente de transição, numa pretensão de pretender continuar no poder até 2030, sem realizar eleições.

A decisão surge poucos dias depois de um grupo de partidos políticos e organizações civis contestarem a demora na realização de eleições e o prolongamento da transição militar no poder.

Entre as decisões da Junta Militar do Mali está a revogação da lei que regula os partidos políticos, aprovada em 2005.  Também foram aprovadas novas regras para a formação, financiamento e direcção dos partidos políticos.

 A decisão foi aprovada numa conferência nacional organizada pelas próprias autoridades do Mali e boicotada pelas principais forças de oposição.

Um dos motivos para o boicote tem a ver com o receio de que a Junta Militar, no poder às cinco anos, pode estar a dar sinais claros de que pretende governar até 2030, sem eleições.

Segundo a imprensa internacional, as autoridades do Mali justificaram que a suspensão das actividades dos partidos políticos tem como objectivo preservar a ordem pública, numa altura em que o país vive um clima crescente de tensão política e social.

A ONU, a CEDEAO e a União Africana já expressaram preocupação com a suspensão das actividades dos partidos políticos no Mali e apelaram ao respeito pelos direitos civis e políticos dos cidadãos.

 

A Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre) manifestou hoje “a maior alegria e gratidão” pela eleição do cardeal Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV, sublinhando a sua acção missionária no Peru.

Citada num comunicado divulgado pelo departamento português da Fundação AIS, a presidente executiva internacional da instituição salienta que o novo Papa, que trabalhou muitos anos no Peru, “entende as necessidades da Igreja missionária”.

“Acabámos de ouvir o novo Papa, o Papa Leão XIV, e realmente estamos entusiasmados, especialmente porque este é um papa missionário”, afirmou Regina Lynch, citada por Notícias ao Minuto. 

A presidente executiva da Fundação AIS assegurou a aposta na oração “para que Deus o abençoe com sabedoria e amor e sentido de serviço para a Igreja”.

Na nota, a Fundação refere que o novo Papa “não é alheio” à instituição e ao seu trabalho, pois “durante o seu mandato como Bispo de Chiclayo, no Peru, de 2015 a 2023, a Fundação AIS pôde apoiá-lo em vários projetos, sobretudo na formação de seminaristas, missionários e catequistas, bem como com estipêndios de Missa que em parte se destinavam a missionários que trabalhavam em zonas remotas dos Andes”.

“É da própria natureza da Igreja e da sucessão apostólica que a tristeza pela morte de um Papa dê lugar à alegre receção do novo Bispo de Roma. Leão XIV é o oitavo Papa sob o qual a Fundação AIS continuará a servir a Igreja pobre, em dificuldades e perseguida, desde a sua fundação em 1947”, afirmou, por seu turno, Philipp Ozores, secretário-geral da Fundação AIS, também citado no comunicado.

O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, 69 anos, foi eleito Papa na quinta-feira, ao fim de dois dias de conclave, e assumiu o nome de Leão XIV.

Nascido em Chicago, Estados Unidos, tem ascendência espanhola e nacionalidade peruana, e pertence à Ordem de Santo Agostinho. Era até agora prefeito do Dicastério para os Bispos.

Leão XIV sucede ao Papa Francisco, que morreu em 21 de abril, aos 88 anos.

Sem perder tempo, o Papa Leão XIV, eleito há menos de 24 horas, vai realizar a sua primeira missa como Bispo de Roma esta sexta-feira.

Após um discurso de apelo à paz, das reações emocionadas vindas de todo o mundo – e até do seu primeiro autógrafo -, Robert Prevost prepara-se para aparecer às 11 horas locais

O novo Papa Leão XIV, de origem norte-americana, recebeu nesta quarta-feira saudações dos presidentes da Rússia e da Ucrânia, que expressaram expectativas distintas sobre o futuro da relação com o Vaticano.

O Presidente russo, Vladimir Putin, manifestou confiança na continuidade da cooperação entre Moscovo e a Santa Sé. “Estou certo de que o diálogo construtivo e a interação estabelecida entre a Rússia e o Vaticano vão continuar a desenvolver-se na base dos valores cristãos que nos unem”, afirmou o chefe de Estado russo, numa mensagem oficial divulgada pelo Kremlin.

Por outro lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou esperança de que o novo líder da Igreja Católica ofereça apoio “moral e espiritual” à Ucrânia no seu esforço para “restabelecer a justiça e alcançar uma paz duradoura” com a Rússia.

“A Ucrânia aprecia profundamente a posição consistente da Santa Sé em prol do respeito pelo direito internacional, condenando a agressão militar da Federação Russa à Ucrânia e protegendo os direitos de civis inocentes”, escreveu Zelensky na rede social X.

A eleição do Papa Leão XIV marca um novo capítulo nas relações diplomáticas entre o Vaticano e países envolvidos em conflitos globais, com expectativas elevadas quanto ao seu papel na promoção da paz e dos direitos humanos.

O Presidente da República felicitou o  novo Papa pela sua eleição como Sumo Pontífice da  Igreja Católica Apostólica Romana e novo líder espiritual de milhões  de fiéis em todo o mundo. 

Na sua mensagem, Daniel Chapo referiu que foi “com alegria e  júbilo que o Povo e Governo da República de Moçambique  receberam a feliz notícia da vossa eleição à Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana e novo líder espiritual de milhões de fiéis  em todo o mundo”.

Na mensagem, Chapo falou do espírito de convivência religiosa em Moçambique, o  Presidente da República reiterou o compromisso do país em manter e  aprofundar os laços com a Santa Sé. “Moçambique, um país de fé e  de convivência inter-religiosa harmoniosa, renova, neste momento  solene, a sua firme vontade de continuar a cooperar com Vossa  Santidade para o estreitamento das relações entre a Santa Sé e a  República de Moçambique e na promoção de valores comuns que  contribuam para a edificação de um mundo mais justo, solidário e  humano”.

O estadista terminou expressando votos de  bênçãos para o novo Papa. “Neste momento de alegria, elevamos as  nossas preces para que Deus conceda a luz, sabedoria e força para  esta nobre missão de guiar espiritualmente milhões de fiéis no mundo  e em particular, em Moçambique. Queira, Sua Santidade, aceitar os  protestos da nossa elevada consideração”.

A União Europeia (UE) felicitou o novo Papa e disse esperar que seja uma voz no palco global e que o pontificado seja guiado pela sabedoria e força para “promover valores comuns”.

“Felicitamos sinceramente a Sua Santidade Leão XIV pela sua eleição enquanto Papa e líder da Igreja Católica”, disseram em comunicado conjunto os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, documento citado pelo Notícias ao Minuto.

A UE disse esperar que o pontificado de Leão XIV seja ‘guiado pela sabedoria e força”, enquanto lidera a ‘comunidade católica e inspira o mundo através do seu compromisso com a paz e o diálogo”.

“Estamos confiantes de que o Papa Leão XIV vai utilizar a sua voz no palco global para promover valores comuns e encorajar a unidade na procura por um mundo com mais compaixão e mais justo”, acrescentaram Costa e von der Leyen.

O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de Chicago, foi hoje eleito papa pelos 133 cardeais reunidos em Roma e assumiu o nome de Leão XIV.

Os cardeais reunidos na Capela Sistina elegeram o 267.º bispo de Roma e também líder da Igreja Católica no segundo dia do conclave.

Estas foram as primeiras palavras do Papa Leão XIV na Praça de São Pedro, minutos após ter sido anunciado o seu nome como o novo Sumo Pontífice da igreja católica.

Na sua saudação, Leão XIV repetiu aquela que, segundo os Evangelhos, foi a saudação de Jesus quando apareceu ressuscitado aos apóstolos.

Robert Prevost deixa uma referência ao seu antecessor: “Permitam-me dar seguimento a essa benção do Papa Francisco. Deus ama-vos a todos, o mal não prevalecerá. Uni-vos sem medo, com Deus, vamos em frente”, continuou, terminando com um “obrigado ao Papa Francisco”.

O cardeal Robert Francis Prevost é  o sucessor do Papa Francisco. O anúncio foi feito pelo Vaticano, após minutos de expectativa. Prevost será chamado Leão XIV.

Robert Francis Prevost, de 69 anos, um poliglota nascido em Chicago, visto como um eclesiástico que transcende fronteiras. Ele serviu por duas décadas no Peru, onde se tornou bispo e cidadão naturalizado, e depois liderou sua ordem religiosa internacional. Actualmente ocupava um dos cargos mais influentes na Santa Sé.

Primeiro papa agostiniano, é o segundo pontífice americano depois de Francisco, mas, ao contrário de Bergoglio, o estadunidense Robert Francis Prevost, de 69 anos, é originário do norte do continente. De fato, o novo bispo de Roma nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, filho de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola. Ele tem dois irmãos, Louis Martín e John Joseph.

Passou a infância e a adolescência com a família e estudou primeiro no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e depois na Villanova University, na Pensilvânia, onde se formou em 1977 em Matemática e estudou Filosofia. Em 1º de setembro do mesmo ano, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (OSA) em St. Louis, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Chicago, e fez sua primeira profissão em 2 de setembro de 1978. Em 29 de agosto de 1981, emitiu seus votos solenes.

Estudou na Catholic Theological Union em Chicago, graduando-se em Teologia. Aos 27 anos, foi enviado por seus superiores a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Na Urbe, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica, por Dom Jean Jadot, pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, hoje Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.

Prevost obteve a licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado para a missão agostiniana em Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986). Em 1987 defendeu sua tese de doutorado sobre “O papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho” e foi nomeado Diretor de Vocações e Diretor de Missões da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” em Olympia Fields, Illinois (EUA).

No ano seguinte, ingressou na missão de Trujillo, também no Peru, como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Durante onze anos, ocupou os cargos de Prior da comunidade (1988-1992), Diretor de Formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998) e na Arquidiocese de Trujillo foi Vigário Judicial (1989-1998) e Professor de Direito Canônico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”. Ao mesmo tempo, também lhe foi confiado o cuidado pastoral de Nossa Senhora Mãe da Igreja, que mais tarde foi erigida como paróquia com o título de Santa Rita (1988-1999), na periferia pobre da cidade, e foi administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.

Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” de Chicago, e dois anos e meio depois, no Capítulo Geral Ordinário da Ordem de Santo Agostinho, seus coirmãos o escolheram como prior geral, confirmando-o em 2007 para um segundo mandato.

Em outubro de 2013, retornou à sua província agostiniana, em Chicago, e foi diretor de formação no convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial; cargos que ocupou até que o Papa Francisco o nomeou, em 3 de novembro de 2014, administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo, elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Ele entrou na diocese em 7 de novembro, na presença do Núncio Apostólico James Patrick Green, que o ordenou bispo pouco mais de um mês depois, em 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral de Santa Maria.

O seu lema episcopal, segundo o Vaticannews, é “In Illo uno unum”, palavras que Santo Agostinho pronunciou em um sermão, a Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um”.

Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo pelo pontífice argentino e, em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, na qual também foi membro do Conselho Econômico e presidente da Comissão de Cultura e Educação.

Em 2019, por decisão de Francisco, foi incluído entre os membros da Congregação para o Clero em 13 de julho de 2019 e, no ano seguinte, entre os membros da Congregação para os Bispos (21 de novembro). Nesse meio tempo, em 15 de abril de 2020, recebe a nomeação pontifícia também como administrador apostólico da diocese peruana de Callao, escreve  o Vaticannews.

Em 30 de janeiro de 2023, o Papa o chamou a Roma como Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o a arcebispo. E no Consistório de 30 de setembro do mesmo ano, ele o criou e o tornou cardeal, atribuindo-lhe o diaconato de Santa Mônica. Prevost tomou posse em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do Papa Francisco e da primeira e segunda sessões da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizadas em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023 e de 2 a 27 de outubro de 2024, respectivamente. Uma experiência em assembleias sinodais já adquirida no passado como Prior dos Agostinianos e representante da União dos Superiores Gerais (UGS).

Enquanto isso, em 4 de outubro de 2023, Francisco o incluiu entre os membros dos Dicastérios para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares; para a Doutrina da Fé; para as Igrejas Orientais; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; para a Cultura e a Educação; para os Textos Legislativos; da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.

Finalmente, em 6 de fevereiro deste ano, ele foi promovido à ordem dos bispos pelo Pontífice argentino, obtendo o título de Igreja Suburbicária de Albano.

Durante a última hospitalização de seu predecessor no hospital ‘Gemelli’, Prevost presidiu o rosário pela saúde de Francisco em 3 de março na Praça São Pedro.

+ LIDAS

Siga nos