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Instituições públicas e privadas funcionaram de forma condicionada

Várias instituições públicas e privadas, entre elas escolas, estiveram abertas ao público, nesta quarta-feira, apesar da fraca afluência de utentes.

O bloqueio das estradas, sobretudo no centro da capital, impediu a circulação de viaturas nesta quarta-feira, mas grande parte das instituições, públicas e privadas, estiveram abertas ao público.

Tais são os casos da recebedoria do Município de Maputo, Primeiro Bairro Fiscal, Instituto dos Transportes Rodoviários, cartório e várias outras instituições que, apesar de abertas, tiveram pouco trabalho, devido à falta utentes.

Na Avenida 25 de Setembro, que também esteve intransitável, vários estabelecimentos comerciais estavam a funcionar, embora sem clientes.

“Com as estradas bloqueadas, fica muito difícil haver movimento para o estabelecimento em si. Até agora, ainda estamos paralisados. Não há movimento no dia de hoje. Não sabemos como vai ser até ao fim do dia”, desabafou uma comerciante que se identificou como Álita.

Igual a tantos outros, Álita e as suas colegas tiveram de percorrer longas distâncias a pé, com a esperança de vender alguns produtos.

“Não conhecemos a baixa assim. Está mesmo mal. Então, fica difícil ter esperança de que possa entrar alguém para comprar, mas estaremos aqui até ao fim da jornada de trabalho”, declarou a cidadã.

Na baixa da cidade, houve mais agitação. Talvez seja por isso que o negócio estava quase paralizado.

O que resistiu foi o comércio informal, que estava em grande e tinha como principais clientes os próprios manifestantes.

Abertas, as escolas também se ressentiram da falta de circulação, com o registo de algumas ausências de professores, num período sensível de preparação para os exames finais.

Na escola Secundária Francisco Manyanga, por exemplo, os alunos estiveram lá para verificar as notas na pauta e proceder a subsequentes reclamações e correcções e preparação para os exames, mas tal actividade não era fácil, porém o director da escola desdramatiza 

“Naturalmente, esta situação acaba por comprometer todo o nosso trabalho, mas, felizmente, estamos numa fase de divulgação dos resultados das classes de exames, os admitidos para a realização dos exames. Igualmente, as preparações para os exames que terão lugar de 2 a 6 de Dezembro, a primeira chamada, e os de 9 a 13 de Dezembro para a segunda chamada. Os alunos têm sido orientados para poderem ir à escola preparar-se com base nas matrizes”, explicou Sabino Congolo.

A quatro dias do arranque dos exames, algumas turmas da Escola Secundária da Polana queixam-se de fraca preparação.

Weid Baptista, estudante da 11ª classe, diz que “a esta altura, nós tínhamos de ter a preparação em todas as disciplinas. Em alternativa, os professores aconselharam-nos a procurar explicadores e exames resolvidos na internet. Nós estamos a tentar fazer isso, para que estejamos preparados”.

Os gestores escolares garantem continuidade das actividades pedagógicas, enquanto houver condições para o efeito. 

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