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Instaurados cerca de 1200 processos ligados a tráfico de drogas

A Procuradoria-Geral da República instaurou, no ano passado, cerca de 1200 processos-crime relacionados ao tráfico de drogas. A vulnerabilidade das fronteiras é apontada pela PGR como a principal causa do aumento de casos.

Moçambique continua a ser considerado um dos principais corredores de droga.

O facto contribuiu para que houvesse um aumento na ordem de 70 por cento de processos-crime instaurados pela Procuradoria-Geral da República entre 2022 e 2023.

O problema, segundo explica a procuradora-geral-adjunta, é, em parte, causado pela fragilidade das fronteiras.
“Existe alguma fragilidade nas nossas fronteiras. Temos tráfico de drogas, que entram pelos postos fronteiriços, mas também temos algumas situações que são detectadas ao nível dos aeroportos”, explicou Amabélia Chuquela, vice-procuradora-geral da República.

Além do tráfico de drogas, preocupam também o Ministério Público, a corrupção, o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo, crimes que, para a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, estão cada vez mais sofisticados.
No que toca à luta contra o tráfico internacional de drogas, terrorismo e extremismo violento, “mais do que clara definaição de prioridade, os Estados devem estar organizados.”

Com vista a melhorar estratégias de combate, o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, dirigiu, esta segunda-feira, um encontro entre procuradores-gerais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP.

“Os Ministérios Públicos são desafiados a aprimorar os mecanismos que permitem agilizar e facilitar a partilha e troca de informações relacionadas, de entre outras matérias, com a abertura de investigações, processos-crime, apreensões de drogas efectuadas nos portos, aeroportos e terminais ferroviários e rodoviários”.

A reunião que junta, além de procuradores-gerais da CPLP, directores de Polícias e Serviços de Investigação Criminal decorre em dois dias.

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