Cerca de 20 mil pessoas em todo o país serão avaliadas, a partir desta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde (INS) para aferir se a vacinação contra a COVID-19 surtiu ou não o efeito desejado.
A campanha intitulada inquérito de avaliação da imunidade e cobertura após a vacinação contra a COVID-19 iniciou-se esta segunda-feira e foi lançada pelo vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, no bairro Chinonanquila, distrito de Boane, Província de Maputo.
Segundo o vice-ministro, apesar de a Organização Mundial da Saúde já ter determinado que a COVID-19 deixou de ser uma emergência global de saúde pública, o futuro sobre a doença ainda é incerto, pelo facto de ainda existirem infecções pela doença.
Mas antes recordou que, para conter a doença tida como a maior pandemia dos últimos anos, foi preciso vacinar as pessoas, e agora se precisa de uma evidência científica para ver até que ponto as pessoas ficaram imunizadas com a vacinação.
“Em primeiro lugar, queremos fazer uma avaliação para ver a cobertura da campanha de vacinação, em segundo lugar, o inquérito vai permitir-nos ter os níveis actuais de imunização que a população moçambicana tem. Através deste inquérito, vamos fazer a colheita de material biológico que nos vai permitir medir o nível de anticorpos nas pessoas”, detalhou.
No inquérito, para além de responder a algumas questões, os participantes serão testados à COVID-19, como forma de aferir as infecções activas.
Ilesh Jani disse, igualmente, que será possível aferir os níveis de falha em termos de imunidade, o que permitirá fazer ajustes para uma nova campanha de reforço da vacina, mas também serão tiradas lições sobre as próximas campanhas de vacinação.
Para a campanha, foram investidos cerca de 100 milhões de Meticais, provenientes do Governo e seus parceiros.
“A população que vai ser inquirida inclui a que foi alvo da campanha de vacinação, todos aqueles com 12 anos e mais que foram vacinados, mas também as crianças com menos de 12 anos e maiores de um ano que não foram vacinadas, mas que possivelmente adquiriram alguma imunização através da infecção”, explicou.
Os inquiridores foram formados pelo Instituto Nacional de Saúde, num total de 126 que vão trabalhar em todo o país, por um período de um mês e meio.
Conforme explicou o técnico do INS, Acácio Sabonete, serão inquiridos cerca de cinco mil agregados familiares, entre crianças e adultos, o correspondente a 20 mil participantes.
A escolha das famílias foi aleatória.