Um incêndio destruiu, parcialmente, um armazém de venda de produtos agrícolas, esta Terça-feira, na Cidade de Maputo. O Serviço Nacional de Salvação Pública desconhece as causas da ocorrência.
Eram cerca de uma hora da madrugada, quando Jorge Matimbe, agente de segurança privada que estava em serviço no momento da ocorrência, se apercebeu de um curto-circuito nas instalações daquele estabelecimento de venda de produtos agrícolas.
Para evitar que o pior acontecesse, recorreu, com a ajuda dos seus colegas, a um extintor para debelar o fogo.
“Quando houve o curto-circuito, usou-se um extintor, como uma forma primária de combater o incêndio. Quando nos apercebemos de que não estava a dar certo, accionámos a equipa de bombeiros ”, explicou Jorge Matimbe, tendo revelado que, com a chegada tardia do corpo de salvação pública, não foi possível recuperar quase nada.
“A intervenção dos bombeiros não foi tão agradável. Eles só chegaram uma hora depois, razão pela qual o fogo se alastrou e queimou, inclusive, todos os computadores da Casa do Agricultor ”, justificou o agente de segurança privada.
Sem causar vítimas mortais nem feridos, o incêndio provocou danos materiais avultados, avaliados em mais de 60 milhões de Meticais, conforme fez saber o director-geral do armazém de venda de produtos agrícolas, Rolando Gemo, que acrescentou que, para além da chegada tardia dos bombeiros, o corpo de salvação pública não tinha água, pelo que não foi possível evitar a destruição do armazém.
“Nós perdemos equipamento, insumos agrícolas, rações, medicamentos veterinários, entre outros bens. Os bombeiros chegaram por volta das três horas da madrugada, e isso foi uma hora mais tarde depois de solicitarmos. O primeiro camião que chegou não tinha água, o que a tinha era só o segundo. Todavia, mesmo assim, há chamas nalguns lugares, mas eles disseram que isso não é motivo de preocupação”, queixou-se Rolando Gemo.
Por sua vez, o Serviço Nacional de Salvação Pública tem outra versão sobre o mesmo problema.
“Isto não corresponde à verdade. Os bombeiros chegaram ao local cinco minutos depois. Não havia viatura alguma que ficou sem água, até porque voltamos com água”, explicou Francisco Candine, comandante do Serviço Nacional de Salvação Pública, na Cidade de Maputo.
Até à chegada da equipa do “O país” no local, pouco depois das 08h00, os funcionários ainda tentavam apagar o fogo.