Moçambique já tem um laboratório ADN forense que vai permitir a análise de material biológico para o esclarecimento de vários tipos de crime, assim como confirmar a paternidade e ou maternidade. O mesmo tem capacidade de processar 200 amostras por dia, tendo custado 150 milhões de meticais aos cofres do Estado.
Terminou esta sexta-feira a dependência externa para análises laboratoriais de ADN Forense, com a inauguração do primeiro laboratório desta magnitude no país, concretamente no Serviço Nacional de Investigação Criminal, SERNIC. O país nunca teve um empreendimento desta magnitude, por isso dependia da África do Sul, segundo explicou o Director Geral da instituição, Nelson Rego.
O responsável destacou que o laboratório vai ajudar no esclarecimento de vários crimes e deu exemplos. “Por exemplo, no crime de raptos, sabemos que há contactos e nessas situações, às vezes são deixados, no local do facto, vestígios, evidências, evidências que portam consigo determinados vestígios e que lavados à análise, é possível identificarmos os indivíduos que tenham praticado“, explicou.
Para além de ajudar a travar o crime, o titular da pasta do SERNIC falou da capacidade que este tem na identificação da paternidade. “Moçambique, ao nível da região, passa a ser um dos países com capacidade de poder fazer análises, de poder ajudar no esclarecimento, nas investigações, na identificação de indivíduos e nas relações com enfoque para aquilo que nos apoquenta ao nível dos tribunais menores, a paternidade“.
Segundo o responsável, o laboratório tem a capacidade de processar 200 amostras por dia e custou 150 milhões de meticais dos cofres do Estado.
A inauguração do laboratório foi dirigida pelo Procurador Geral da República, Américo Latela, e contou com representantes dos sectores da Justiça, Segurança, Defesa e parceiros de cooperação.