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INATTER: subida de preços não retrai fluxo de utentes

Uma semana depois de introduzidas as novas taxas, as instalações do INATTER continuam a receber um número considerável de pessoas que buscam obter cartas de condução. Apesar da procura, utentes ainda queixam-se dos preços, mas pagam para habilitarem-se à conduzir.

 “Não posso dizer que estou conformado, muito menos que não, apenas digo que irei pagar”. Foi assim que Jacinto da Glória, utente dos serviços do Instituto Nacional de Transportes Terrestres, reagiu uma semana depois do arranque das novas taxas dos serviços do INATTER.

O reajuste dos preços dos serviços daquela instituição entraram em vigorar há precisamente sete dias, implementados a luz do estabelecido pelo diploma Ministerial número 82/2018, de 5 de Setembro.
E se por um lado os dias correm a passos “galopantes”, por outro mantém-se fixo “com pedra e cal” a inconformidade quanto ao dinheiro a pagar por cada serviço prestado pelo INATTER.

“Está tudo complicado e será muito difícil fazer a carta porque os novos preços não facilitam” lamentou outro utente que não quis revelar a sua identidade.
A alteração de preços “vai obrigar a uma ginástica para quem pretende obter o documento que habilita a condução” lamenta Angolano, um outro utente dos serviços do INATTER, que se encontrava na fila indiana para fazer o exame teórico.
Mas há mais impactos da subida de preços. É que mesmo inconformados, os utentes têm de dirigir-se às instalações do INATTER (para renovar e fazer o exame teórico) porque a carta de condição é vista como um meio para sustentar a família.

O caso de Gildo António vai mais além. É que ele foi multado faz alguns anos e não pagou a multa e quando pretendia renovar a carta de condução, ficou algo que surpreendido pois, a multa ronda os seis mil meticais, e a renovação mais dois mil quinhentos meticais.

“Assim é difícil porque temos de ter em conta que grande parte das pessoas que demandam as cartas de condução tem o intuito de utilizá-las como meio de trabalho” explicou António.
Gildo António entende que os preços deviam ser revistos porque “há motoristas no estado que recebem cinco mil meticais, e desse valor tirar os 2500 MT para carta, e mais 500 MT para atestado médico, praticamente não sobra nada.

E há entre os utentes, um grupo que pagou as taxas antes do dia cinco de Novembro, mas que curiosamente não está a ser obrigado a acrescentar mais dinheiro como forma de se adequar às novas taxas.

“Fiquei assustado ao chegar aqui e perceber que as taxas subiram” disse inicialmente Jacinto da Glória, para depois concluir que “teve sorte por ter pago quase uma semana antes da data limite”.

Uma outra constatação é que uma semana depois da entrada em funcionamento das novas taxas dos serviços do INATTER, já não há grandes aglomerações de pessoas nas instalações.
 

 

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