Em coordenação com outras instituições governamentais de interesse, a Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) inspeccionou 2.320 estabelecimentos comerciais entre 19 de Agosto e 5 de Setembro, tendo constatado uma estabilidade nos preços dos produtos alimentares e alguns problemas na comercialização do cimento.
Apesar de se ter registado uma estabilidade nos preços de produtos alimentares, no período em análise foram apreendidos diversos produtos fora do prazo, avaliados em 30.000 meticais.
Tomás Timba, porta-voz da INAE, diz haver uma grande preocupação com a qualidade do cimento produzido no país.
“Algumas fábricas não têm laboratórios de ensaios internos para poder testar o seu cimento e isto coloca em causa a vida de todos nós”, informa Timba.
E foi este um dos motivos que levou a suspensão de uma fábrica de cimento localizada na cidade da Matola.
Sem avançar o nome da fábrica em questão, Timba informa que além da falta de um laboratório para controlo de qualidade, o cimento produzido na referida fábrica não era certificado.
A avaliação vai mais longe. Timba diz haver aspectos que dificultam a fiscalização deste mercado.
“O que nós entendemos é que devia haver clarificação sobre quem é distribuidor, quem é que é grossista e quem é que é retalhista… isto poderia facilitar a todos nós, no controlo do mercado da comercialização de cimentos”, disse.
Foi igualmente constatado que a maioria dos retalhistas não afixam os preços do produto, revelando intenção de cobrar por ele, um valor muito acima do recomendado pelo produtor.
No âmbito do relaxamento gradual de medidas restritivas contra a COVID-19, 126 ginásios também foram inspecionados e apenas 87 reuniram condições para a reabertura.
Falando em conferência de imprensa, Timba apelou à população para que mantenha a calma e não faça compras em quantidade exagerada, pois, a elevada procura favorece o oportunismo por parte de alguns comerciantes.