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INAE de “olho” na drenagem de produtos no limite de prazo de validade

Vários agentes comerciais estão a colocar à venda diversos produtos alimentares no limite do prazo. A drenagem é feita no mercado informal, com vendas à “preço de banana”.

Neste âmbito, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) vai desencadear em breve, uma acção de “vasculha” junto dos mercados informais, com a vista a apreender os produtos em causa e sancionar os prevaricadores.

O facto foi avançado esta segunda-feira, pelo porta-voz da INAE, Ali Mussa, aquando do habitual briefing quinzenal com a imprensa, para quem a situação é séria e merece vigilância total por parte das autoridades e consumidores.

“É preciso garantir que o cliente adquira o produto com conhecimento do risco, ou seja, o comerciante deve fazer chegar a informação de que o produto que está a ser colocado no mercado está em vias de expirar a validade”, disse Ali Mussa.

Porém, segundo ainda o porta-voz da INAE, confiar apenas na boa-fé do agente económico não é suficiente, pois é imperioso que os consumidores comecem a desconfiar de quase tudo que é colocado no mercado à preço muito baixo e em altos volumes.

“O objectivo final é servir melhor o consumidor, por isso vamos apertar nesse capítulo venda de produtos no limite do prazo de validade no mercado informal nos próximos dias”, referiu Mussa, declinando, no entanto, avançar detalhes sobre o arranque da operação.

A proliferação de casos de apreensão de produtos em vias ou mesmo fora do prazo tem sido uma das principais “dores de cabeça” para a Inspecção Nacional das Actividades Económicas. Os supermercados são os principais prevaricadores.

Só últimos quinze dias, este departamento detectou uma quantidade considerável de produtos alimentares com prazo vencido nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia, Tete, Manica e Inhambane. No período, a INAE inspeccionou um total de 517 estabelecimentos do sector comercial, industrial, hoteleiro/restauração e educação. Para além da validade dos produtos, constatou-se ainda a de afixação de preços, péssimas condições de higiene no trabalho, exercício legal da actividade, entre outros atropelos no funcionamento.

Destaque ainda para o cativo de 200 sacos de um arroz chinês de proveniência duvidosa, na província da Zambézia.

 

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