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Homem queima casa da namorada por não aceitar o fim da relação

Um indivíduo incendiou a casa da sua namorada por supostamente não ter aceitado o término da relação. O caso deu-se na madrugada de hoje, no bairro Mapulene, Cidade de Maputo.

A casa incendiada pertence a uma chefe do quarteirão 51, no bairro Mapulene, na Cidade de Maputo. Segundo conta a dona da residência que foi reduzida a cinzas, o jovem de pouco mais de 30 anos de idade, com que “amantizava”, decidiu incendiar a sua casa por não aceitar o término da relação amorosa que durava havia sete anos.

Por ver o seu amor não mais correspondido pela sua “amante”, nos últimos tempos, o homem partiu para a “justiça” pelas próprias mãos. Era pouco mais da meia-noite de hoje.

O motivo da separação é o comportamento do jovem nos últimos dias. Casado e curiosamente vizinho da sua ex-parceira, o homem vinha-se aproveitando dos bens da “amante”.

“Eu já não gostava do comportamento dele. Sempre vinha para minha casa roubar as minhas coisas. Em Março, roubou-me sete mil Meticais de poupança, prometeu pagar, mas, até aqui, nada foi feito. Quando bebesse, vinha criar confusão perante a minha família”, desabafa Albertina Macupe, ex-amante do homem que queimou a casa.

Segundo conta a dona da casa, o jovem ateou o fogo pela janela, após várias tentativas de conversa com a sua ex-parceira.

“No sábado, saí para Magoanine, e ele viu-me saindo. Depois de me ter visto, decidiu ligar-me e pediu que conversássemos à minha volta. No regresso, não lhe dei sinal. Ligou-me várias vezes, mas não atendi. Tempo depois, foi à minha casa, bateu à porta, alegando que queria conversar, mas recusei-me a abrir. Fez-se à janela, pediu igualmente que abrisse, neguei. Quebrou o vidro e, por ver a atitude dele, decidi sair para o quarto das crianças. Quando a minha filha foi espreitar no meu quarto, viu que a cama já estava em chamas”, descreve Albertina Macupe os contornos do crime.

Após o cometimento do crime, o homem acusado de queimar a casa saiu do bairro Mapulene. Ainda assim, não se rende à decisão da ex-companheira. Contactado telefonicamente pela sua ex-companheira, confessou o crime e exigiu um frente-a-frente com ela.

“Tomei aquela atitude porque não estava a ser clara comigo. Sempre lhe ligava pedindo para conversar, mas nunca me deu ouvidos. Nos últimos dias, andava indiferente e a dar voltas. Devia ter-me dito que estava noutra relação e que tinha acabado tudo entre nós. Se o tivesse feito, não mais teria ligado para si”, confessa o crime o jovem, para de seguida exigir um frente-a-frente.

“Nós os dois precisamos de conversar para colocarmos ponto final nesta história. Seja honesta e diga-me que acabou”, atira o homem que, para os vizinhos, já devia ter-se rendido à decisão da sua amante.

“É um mau exemplo que ele está a dar aos homens da zona e não só. Nós, as mulheres, teremos medo de nos relacionarmos temendo algo igual. Amor não se força. Quando dizem ‘acabou’, tem de aceitar e ir-se embora”, sentencia uma das vizinhas.

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