O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, diz haver necessidade de melhorar a segurança das plataformas públicas, incluindo de vários Ministérios e organismos reguladores. O governante falava, hoje, na sessão de abertura da Moztech, a expo digital.
No entender de Mateus Magala, há lacunas no país para o combate efectivo aos crimes cibernéticos. Diz que é chegada a hora de passar das discussões para as acções, porque na avaliação que faz, concluí que o processo transformativo é lento e precisa ser acelerado.
“No ano passado, estivemos aqui numa conversa profunda sobre a cibersegurança e hoje, um ano depois, é altura para fazermos uma auto-reflexão sobre em quanto é que progredimos nesta área. Infelizmente, não posso dizer que progredimos tanto quanto gostaríamos”, referiu.
Magala diz que o Governo reconhece a importância da digitalização e segurança cibernética, bem como dos debates que têm havido. Entretanto, admite que o país não foi tão bem sucedido no último ano, como o desejado, por isso, chegou a hora de dar passos concretos.
Para o governante, abordar aspectos fundamentais ligados à cibersegurança, de forma proactiva, pode trazer muitos benefícios ao país. Mas, alerta que os desafios que o país enfrenta necessitam de uma série de factores como o financiamento insuficiente, a falta de conhecimento especializado e falta de domínio da segurança cibernética.
“Para ultrapassarmos esses obstáculos, é preciso criar parcerias com as instituições internacionais e entidades do sector privado que possuam as competências e os recursos necessários”, sugeriu o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Mateus Magala.
Mas, não são necessárias apenas parcerias. Mateus Magala entende que ao se elaborarem as leis e os regulamentos para reforçar a segurança cibernética, é necessário ter em conta as nossas limitações de recursos. É também necessário auditar as infra-estruturas cibernéticas.
Durante a sua apresentação na sessão de abertura da Moztech, o ministro dos Transportes e Comunicações sugeriu dez pontos que podem ser implementados, que no seu entender são estratégicos, com destaque para a construção de bases sólidas sobre a segurança cibernética; o desenvolvimento de competências em matéria de segurança cibernética; o reforço da parcerias público-privadas; o financiamento da segurança cibernética; a criação de um fundo de segurança cibernética; a colaboração internacional, entre outros.
Mateus Magala usou da ocasião para felicitar o Grupo Soico e seus parceiros pela realização regular da Moztech. “O sector dos Transportes e Comunicações tem nesta feira uma oportunidade única para poder partilhar e enriquecer a sua visão sobre a digitalização do país que é uma prioridade na visão estratégica dos próximos anos”, disse o governante.