Nos primeiros três meses deste ano, cerca de sete mil e quatrocentas e quatro pessoas foram diagnosticadas com o HIV/SIDA na Província de Maputo. Esses dados mostram que os casos tendem aumentar naquele ponto do país, o que coloca a província com uma taxa de positividade de três por cento.
O número representa um aumento quando comparado com igual período do ano passado, em que foram registados 6500 casos, conforme revelou Nora Mavila, do Programa Nacional de Controlo das ITS/HIV-SIDA.
Os sete mil novos casos resultaram da testagem de 200.028 pessoas, das quais “5.777 iniciaram o tratamento anti-retroviral e, desses, 931 são crianças e 181.000 pacientes activos estão em tratamento”, explicou a fonte.
Nora referiu, sem avançar números, que ainda existem pacientes que abandonam o tratamento anti-retroviral e, por isso, continuam campanhas massivas para encorajar as pessoas com HIV/SIDA a continuarem com o tratamento.
Segundo a directora do Hospital Geral da Machava, Rosita Mapsanganhe, a unidade sanitária dispõe de 260 e o centro de 20, totalizando 280, mas, desde a eclosão da pandemia, o número de internados caiu em cerca de 30%.
“O número de internados ronda entre 60 e 80 pacientes. O nosso hospital é de referência para tuberculose a nível nacional, o que significa que só vem para aqui aquele paciente cujo tratamento no ambulatório tem o seu estado agravado”, explicou a médica.
Antes da pandemia, o Hospital Geral da Machava, que é de referência a nível nacional para o tratamento da tuberculose, já precisou aumentar o número de leitos para atender à demanda, uma vez que o de camas não era suficiente.
Conforme explicou, o número de internados pode estar reduzido por conta da pandemia da COVID-19, uma vez que os sintomas são idênticos e, quando o paciente é testado positivo para COVID-19, a doença também é detectada e o tratamento inicia precocemente.
O uso de máscaras pode ser, também, outro factor responsável pela redução dos casos.
Os dados foram avançados durante o lançamento da caravana + Saúde, cujo objectivo é massificar a informação para o combate a doenças endémicas e a malária, fazer rastreio e tratamento.
O objectivo é que a caravana +Saúde chegue a todos os cantos do país.