A União Desportiva de Songo recebeu e goleou a Associação Desportiva de Vilankulo, por expressivos 4-0, por sinal o resultado mais volumoso da segunda jornada do Moçambola. É, por isso, líder da prova, com seis pontos, os mesmos que a dupla Ferroviário de Nampula e Costa do Sol.
A energia é o que tem demais em Songo, a avaliar pela prestação da União Desportiva neste período gestacional do Moçambola, na sua versão 2022. O saldo é bastante positivo, mas talvez não o suficiente para embandeirar em arco, até porque, como se sabe, ainda há muito campeonato pela frente.
Ora, partindo do princípio de que o primeiro passo é determinante, então os representantes da província de Tete têm motivos para ampliar os ombros. Depois de, na jornada inaugural terem conseguido a escopro e martelo um valiosíssimo resultado diante do campeão em título, a Associação Black Bulls, por 1-0, na presente ronda e com os níveis de confiança elevados, os “hidroeléctricos” não tiveram dificuldades para “despachar” a Associação Desportiva de Vilankulo (ADV), desta feita por 4-0, resultado que os coloca na primeira posição do Moçambola.
Doutro lado da barricada, no caso das hostes dos “hidrocarbonetos”, vivem-se momentos de fel. A ADV amealhou, com este resultado, a segunda derrota do campeonato, na medida em que, na primeira ronda, cedeu uma derrota caseira frente ao Costa do Sol, facto que coloca a equipa na última posição na tabela classificativa. No ano passado até à segunda jornada, os “hidrocarbonetos” tinham, pelo menos, três pontos, frutos de uma vitória no jogo inaugural diante do Ferroviário de Nacala, por 4-0, e uma derrota por 0-2 antes a Associação Black Bulls, que, aliás, viria a conquistar a prova.
Na próxima jornada, a União Desportiva de Songo desloca-se ao reduto da Liga Desportiva de Maputo, numa partida que se antevê que venha ser bastante escaldante, a julgar pela qualidade dos dois conjuntos, enquanto a ADV recebe o Ferroviário da Beira.
Em Nampula, há um Santo(s) que se chama Nelson, que, ao cabo de duas jornadas, já soma duas vitórias. Curiosamente, os dois triunfos foram contra os seus homónimos, no caso, o Ferroviário de Nacala, por 1-0, na primeira jornada, e 2-0 na presente ronda, diante do Ferroviário de Lichinga. O Ferroviário de Nampula tem, até aqui, um arranque promissor, somando, neste momento, seis pontos na segunda posição. Na terceira jornada, os “locomotivas” da capital do norte vão defrontar, no santuário 25 de Junho, o aflito Matchedje de Mocuba, que ainda não encontrou o caminho certo para as vitórias.
SEMEDO E A SUA IDENTIDADE
O Costa do Sol do reputado treinador Artur Semedo continua de vento em popa na presente edição do Moçambola. Ao cabo de duas jornadas, os “canarinhos” já somam duas vitórias. É, à semelhança da União Desportiva de Songo e Ferroviário de Nampula, é uma das equipas totalistas.
Pelo mesmo resultado (1-0), o Costa do Sol venceu a Associação Desportiva de Vilankulo e Liga Desportiva, na primeira e segunda jornada, respectivamente. Mercê dessa façanha, os “canarinhos” ocupam a segunda posição na tabela classificativa, com seis pontos. Na ronda que se segue, o Costa do Sol terá uma deslocação difícil a Nacala, onde irá defrontar o Ferroviário local galvanizado com a vitória frente ao Matchedje de Mocuba.
Na outra partida de capital importância na presente ronda, que opunha nada mais na menos o campeão e vice-campeão da edição passada do Moçambola, o Ferroviário da Beira consentiu um empate caseiro diante da Associação Black Bulls, por 1-1, numa partida em que foi marcada pelas contestações da arbitragem pelas hostes “locomotivas”, por este não ter assinalado uma pertença penalidade a seu favor. Com este resultado, o Ferroviário da Beira passa a somar quatro pontos na quarta posição, sendo que os “touros” ocupam a nona posição.
Após ter sido surpreendido em casa na partida da primeira jornada pelo seu homónimo da Beira, ao perder por 0-2, na presente ronda, o Ferroviário de Maputo foi ao sempre difícil e hostil terreno do Incomáti de Xinavane arrancar uma vitória, por tangencial 1-0, resultado que coloca os “locomotivas” da capital na sétima posição, com três pontos.