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Há desigualdade de género nas Administrações Tributárias em África

Com o objectivo de analisar os pontos de acção decorrentes da reunião pioneira das integrantes do elenco directório, bem como reflectir sobre o papel da mulher nas Administrações Tributárias, decorreu, a 04 de Julho, a segunda reunião do Conselho da Administração da rede do Fórum das Administrações Fiscais Africanas (ATAF) para as Mulheres no Domínio Fiscal (RMDF), uma associação criada para representar e ligar as mulheres de África que trabalham na área fiscal e promover o debate sobre o efeito da política fiscal na igualdade do género nos países africanos.

No encontro realizado em regime virtual, para além da presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, Amélia Muendane, a reunião contou com a participação do secretário-executivo do ATAF e distintos membros do RMDF.

Falando na ocasião, Amélia Muendane mostrou-se preocupada pelo índice de desigualdades de género que ainda prevalece nas Administrações Tributárias, o que levou a direcção sob a sua égide a firmar o compromisso de dedicar energias e saberes em prol da dinamização do processo de envolvimento de mais mulheres nos sistemas tributários, em articulação directa com os pares e com a sociedade em geral.

Para ultrapassar as desigualdades ora referidas, Muendane propõe a criação de uma tabela indicativa do compromisso das diferentes Autoridades Tributárias Africanas no incremento de mulheres nos respectivos sistemas tributários, o que, no seu entender, passa pela elaboração de uma estratégia de recrutamento de mulheres.

Num outro desenvolvimento, a presidente da AT e presidente em exercício da Rede do ATAF para as Mulheres no Domínio Fiscal, encorajou as mulheres tributárias a usarem desta plataforma (RMDF) como um veículo válido para a promoção, interajuda, interacção, troca de experiências e conhecimentos, visando a elevação do papel da mulher na sociedade e nos sistemas tributários.

Refira-se que a adesão à RMDF está à disposição de mulheres africanas do continente com um interesse activo em actividades de índole fiscal ou que trabalhem com uma instituição de índole fiscal em África e em todo o mundo, incluindo Administração Fiscal ou Administrações Tributárias, Ministérios das Finanças e outras organizações governamentais, Instituições Académicas (universidades e institutos de investigação de política), organizações internacionais e regionais, organizações da sociedade civil e o sector privado, sendo que a adesão está aberta a pessoas singulares ou organizações.

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