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Dezenas de terroristas mortos em combate em Mocímboa da Praia

Foto: Em Defesa de Mocambique

Dezenas de terroristas morreram e armamento em quantidade não especificada foi recuperado durante um confronto ocorrido na madrugada desta quarta-feira, entre as forças conjuntas de Moçambique e Ruanda, no distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado.

O facto foi confirmado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, que disse que, na verdade, os confrontos se iniciaram na segunda-feira, em Nangade, onde jovens treinados pelos veteranos da Luta de Libertação Nacional é que estão na linha da frente.

Os confrontos estenderam-se para Mocímboa da Praia, numa zona denominada Limbala, próximo de Mbau. De acordo com Filipe Nyusi, até à manhã de ontem, os confrontos continuavam e não havia relato de baixas do lado das forças conjuntas.

“Os terroristas estão a levar porrada. Dezenas e dezenas ficaram em terra e muito equipamento deles foi capturado”, revelou e acrescentou que “estas dezenas postas fora de combate são os que foram vistos e contabilizados, mas outros estão em fuga, numa marcha lenta.”

Recorde-se que os ataques a posições das Forças de Defesa e Segurança em Cabo Delgado voltaram a intensificar-se, depois do anúncio da retirada, até Junho, da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM).

NYUSI DIZ QUE PROVÍNCIA DE MAPUTO NÃO PODE SER CAMPEÃ DE PROBLEMAS
Ainda sobre a tranquilidade e segurança no país, o Presidente da República mostrou-se zangado com a população da Província de Maputo, devido aos acontecimentos que têm sido frequentes nos últimos meses, na Província de Maputo, onde a população tem montado barricadas nas estradas, vandalizado bens públicos e privados como forma de manifestar o seu descontentamento com as autoridades.

A vandalização do posto policial de Manhiça, na segunda-feira, foi a que mais indignou Filipe Nyusi.

“Se um ladrão for apanhado, levem-no à esquadra e vamos tomar medidas. Não se faz isso de queimar carro de Polícia. Onde é que nós, semanalmente, vamos ter capacidade de adquirir uma viatura, uma esquadra para resolver os nossos próprios problemas quando precisamos?”, questionou, indignado.

O Presidente da República apelou, por isso, aos cidadãos de Maputo para “não serem campeões de problemas” e a deixarem de ser notícia por “maldade”.
Disse que, se alguma coisa não estiver bem, é preciso encontrar formas de resolver, como faz a população de outros pontos do país.

“Não pode haver este tipo de atitude, e são algumas pessoas que fomentam, porque as comunidades e famílias de Maputo não são problemáticas, mas há um grupo que fomenta e agita e, às vezes, bloqueia os investimentos.”

PROVÍNCIA DE MAPUTO JÁ TEM ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS
O Presidente da República deixou estes apelos depois de inaugurar o Centro de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), localizado em Infulene, distrito da Matola, na Província de Maputo.

Uma obra de reabilitação e ampliação, construída nos anos 80 e que funcionava antes apenas com 70% da sua capacidade.

Agora, com a ampliação, que custou 16 milhões de dólares, o ETAR passará a beneficiar 128 mil habitantes de Maputo, Matola e Marracuene e vai minimizar os problemas de saneamento nos municípios de Maputo e Matola, conforme explicou o chefe de Estado.

“Este projecto foi concebido para alargar o acesso aos serviços de saneamento seguro, fortalecer a capacidade de prestação deste tipo de serviços, não só para Maputo, mas para cidades como Beira, Quelimane, Nampula e estamos a pensar também em Tete.”

Nyusi continuou explicando que o projecto contempla a melhoria da recolha e tratamento de águas residuais e lamas fecais, melhoria do funcionamento de drenagem e a capacidade de instituições municipais na prestação daquele tipo de serviços.

A principal função desta estação será transformar as águas dos esgotos, das chuvas e das indústrias em águas próprias para o consumo e rega, através de processos cientificamente comprovados, e as lamas fecais, devidamente tratadas, poderão ser usadas como adubo na agricultura.

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