As urnas para as eleições legislativas de hoje na Guiné-Bissau abriram às 07h00 locais (09h00 em Maputo) para perto de 900 mil guineenses escolherem os 102 novos deputados e o partido que vai formar Governo.
Estas são as sétimas eleições legislativas na Guiné-Bissau desde a abertura ao multipartidarismo, em 1994, e estão recenseados para votar 893.618 eleitores, no país e na diáspora. As urnas encerram às 17h00 locais (19h00 em Maputo).
Segundo escreve a DW, os principais partidos são o Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15), actualmente no Governo, a coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) – Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, na oposição), o Partido de Renovação Social (PRS) e o Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), de Botché Candé, atual ministro da Agricultura.
A Assembleia do Povo Unido, Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam, teve uma presença mais discreta na campanha eleitoral e o chefe do Governo perspectivou já que nenhum partido vai conseguir a maioria, sendo necessário um consenso para formar o executivo.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento no dia 16 de Maio de 2022 e marcou inicialmente as eleições para 18 de Dezembro desse ano, mas as legislativas foram depois remarcadas para 04 de Junho.
Ao todo estão no país cerca de 200 observadores, ainda de acordo com a CNE, nomeadamente 60 da missão de curta duração da CEDEAO, liderada pelo ex-presidente cabo-verdiano Jorge Carlos Fonseca, além dos 15 que já estão no terreno, 29 da União Africana, chefiados pelo ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, enquanto a missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), composta por 27 elementos, é chefiada pelo ex-vice-ministro dos Negócios Estrangeiros timorense Alberto Carlos.