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Guerra Comercial: EUA em rota de colisão com China, Canadá e México

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, assinou no sábado a ordem executiva para a aplicação de taxas aduaneiras aos produtos provenientes do Canadá, do México e da China, dando início a uma guerra comercial que poderá prejudicar o crescimento global e reacender a inflação. 

A agência France Press escreve que o decreto presidencial sobre a importação de produtos canadianos entra em vigor na terça-feira, 4 de Fevereiro.

De acordo com a Casa Branca, a ordem de Donald Trump também inclui um mecanismo para aumentar as taxas aduaneiras em caso de retaliação destes países, três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos e que no total representam mais de 40% das importações do país.

O primeiro-ministro canadiano já anunciou uma retaliação. Justin Trudeau disse no sábado que taxas sobre 30 mil milhões de dólares de frutas e bebidas alcoólicas norte-americanas entrarão em vigor na terça-feira, no mesmo dia em que as tarifas dos EUA entram em vigor, escreve a RTP Notícias.

O dirigente garantiu também que o Canadá irá gradualmente impor taxas alfandegárias de 25% sobre os produtos americanos, totalizando 155 mil milhões de dólares canadianos.

Por sua vez, a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, já ordenou a imposição de taxas aduaneiras aos produtos vindos dos Estados Unidos, em retaliação pelas tarifas de 25% anunciadas pelo presidente norte-americano.

“Rejeitamos categoricamente a calúnia da Casa Branca de que o Governo mexicano tem alianças com organizações criminosas, bem como qualquer intenção de interferir no nosso território”, escreveu a chefe de Estado, numa publicação na rede social X.

Também a China já prometeu retaliar contra as novas tarifas dos Estados Unidos sobre os produtos chineses, reafirmando que as guerras comerciais não têm vencedores.

“A China está fortemente insatisfeita e firmemente contra” as tarifas, disse o Ministério chinês do Comércio em comunicado, anunciando “medidas correspondentes para proteger resolutamente os direitos e interesses” chineses, acrescentando que “não há vencedores numa guerra comercial ou tarifária”.

Pequim anunciou, ainda, que vai apresentar uma queixa contra Washington junto da Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo que chamou de “imposição unilateral de taxas alfandegárias em grave violação das regras da OMC”.

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