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Grupo indiano constrói novo terminal de carvão na Beira

A empresa New Coal Terminal Beira (NCTB), subsidiária do grupo indiano Essar Ports, vai construir um novo terminal de carvão no porto da Beira, ao abrigo de um contracto de concessão assinado com o Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique, informou o grupo em comunicado segundo a Macauhub.

A construção do terminal, o primeiro negócio no estrangeiro da unidade portuária do grupo indiano, será efectuada em duas fases de 10 milhões de toneladas cada, sendo que a primeira tem um custo estimado em 275 milhões de dólares e deverá entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2020.

O presidente executivo, Rajiv Agarwal, disse ao jornal indiano The Economic Times que o grupo terá uma participação de 70 por cento no capital social da New Coal Terminal Beira, ficando os restantes 30 por cento nas mãos da estatal Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique.

O carvão de Moçambique está actualmente a ser explorado por empresas mineiras como o grupo brasileiro Vale, o consórcio indiano International Coal Ventures Ltd (ICVL), a britânica Beacon Hill Resources e a JSPL Mozambique Minerais, subsidiária do grupo indiano Jindal Steel and Power Ltd (JSPL).

Esta actividade teve como resultado o aumento da produção de 0,4 milhões de toneladas em 2010 para 11 milhões de toneladas em 2014, que veio criar oportunidades às empresas já envolvidas ou interessadas na exploração de terminais de carvão na Beira, província de Sofala e Nacala, província de Nampula.

Rajiv Agarwal disse ainda que os potenciais clientes da parceria manifestaram-se já interessados em assinar contractos de longo prazo, indo o novo terminal servir como ponto de partida para a exportação de carvão, particularmente para o mercado da Índia.

Importa recordar que após um longo período caracterizado por uma acentuada queda, em 2015, os preços do carvão no mercado mundial quase duplicaram no ano passado, passando de cerca de 80 dólares por tonelada para muito perto de 190 dólares. Investimentos na província de Tete haviam “adormecido”, com algumas companhias a equacionarem vender parte das suas participações nas concessões.

 

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