Esta manhã, na Igreja Anglicana São Cipriano, na cidade de Maputo, Graça Machel manifestou a sua indignação contra actos de violência perpetrados à mulher. Segundo a activista social, é inaceitável que as mulheres ainda sejam vítimas de violência no país. Por isso, falando à uma comunidade religiosa, Graça Machel disse que, como igreja, existe a obrigação de se levantar a voz. “Não é normal violentar a mulher diariamente. Todos nós somos filhos de Deus e somos iguais”.
Segundo disse Graça Machel, quem testemunha actos de violência e não age é cúmplice. E acrescentou: “Há uma guerra contra as mulheres no nosso país e nós queremos dizer que isso tem de acabar”.
Graça Machel referiu-se ao afamado “caso Matalane”, dizendo que é inaceitável que estejam envolvidos agentes do Estado. Para a activista social ,a situação é grave e merece uma reflexão profunda.
Ainda na Igreja Anglicana São Cipriano, Graça Machel mostrou-se contra a corrupção. Nisso, recuou ao passado, lembrando que Moçambique já foi um país referenciado como dos menos corruptos no mundo. Na percepção da activista, a corrupção não é normal e não se pode falar de corrompidos sem corruptores. Graça Machel diz que para se desencorajar a corrupção é necessário que os corruptos sejam conhecidos e levados à barra da justiça.
Graça Machel interveio num debate sobre “O papel das igrejas na moralização da sociedade”, num encontro que contou com a participação de Don Dinis Sengulane.