Na Província de Manica, a pobreza tem contribuído para que muitas raparigas se casem precocemente, sujeitando-se à situação de maior vulnerabilidade ao HIV/SIDA. Para travar o fenómeno, o Governo e parceiros estão promover formação vocacional e incentivo ao empreendedorismo para maior independencia financeira das raparigas.
Em Manica, é comum as raparigas casarem-se com homens mais velhos, que têm um risco maior de serem portadores do vírus causador da SIDA.
A falta de poder de decisão dessas meninas nos casamentos torna mais difícil para elas adotarem medidas de prevenção, como o uso de contraceptivos, aumentando assim o risco de contaminação.
Para estancar o problema, a ANDA, através do projecto Chenguetai Wana, adoptou uma estratégia que inclui a formação vocacional e o incentivo ao empreendedorismo, permitindo que as meninas tenham maior independência financeira e possam evitar uniões prematuras.
Na província, há um grupo de raparigas que foram formadas em Culinária, Hortiocultura, Pintura e Colagem de Mosaicos, Ornamentação, Confeitaria e Serralharia Mecânica.
Em paralelo, segundo a Governadora de Manica, há esforços de reabilitação, como a reintegração escolar e o suporte psicossocial para meninas resgatadas de casamentos precoces. Segundo Francisca Tomás, 204 raparigas vítimas de uniões prematuras foram reintegradas nas escolas e há apoio a mais de quinhentas raparigas para que se tornem empoderadas com recurso ao empreendedorismo.
A governante avançou que as acções visam acabar com uniões prematuras, numa província onde quase metade das mulheres casam antes de 18 anos.