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Governo não corresponde aos pedidos dos enfermeiros moçambicanos

Foto: O País

Sálarios baixos, falta de equipamentos para tratamento e protecção pessoal e dos pacientes, melhoria e modernização do treinamento e formação técnico-profissional de Enfermagem estão entre as questões que o Governo, há anos não corresponde “devidamente”. A insatisfação foi apresentada esta sexta-feira pela Ordem dos Enfermeiros Moçambicanos em Maputo.

Numa altura em que o sector da Saúde tem testemunhado sistemáticas paralisações de actividades devido as recentes greves dos profissionais de Saúde, uma vez mais, uma parte deste grupo, os enfermeiros, vieram a público para demonstrar sua instatisfação sobre uma longa lista de problemas, que no seu entender o governo “insiste” em não responder.

Segundo a Ordem dos Enfermeiros a falta da devida resposta por parte do governo põe em causa os esforços em elevar o perfil deste profissional no país.

Maria Lourenço, Enfermeira Obstetra, em representação da agremiação, referiu que “registam-se falhas na disponibilidade de equipamentos e materiais de utilidade para a prática de Enfermagem incluindo a segurança e proteccção dos profissionais, assim como o fraco investimento na modernização de tecnologias de Enfermagem no cuidado ao paciente, sem deixar de lado as condições de trabalho e salários que deixam a desejar”.

Para melhorar o perfil do enfermeiro é também preciso que se ajustem alguns dispositivos legais, nomeadamente: a Resolução referente a gestão e liderança em serviços de Enfermagem, a Proposta de Revisão do Estatuto da OEMo e a proposta da criação de carreira de Enferemagem em Moçambique e seus qualificadores.

Nesta reclamação os enfermeiros também apontaram problemas na formação profissional que consideram pouco adequada face aos desafios actuais do sector e na sua opinião é primordial a sua intervenção.

“A consideração dos pareceres da Ordem dos enferemeiros com relação a formação dos profissionais de enferemagem evidenciada por insistência na priorização de treinamento em detrimento de formação consistente e sustentável baseada em programas de graduação e pós-graduação e formação contínua sistematizada”, acrescentam os enfermeiros.

Os enfermeiros pedem também a inclusão da figura de Enfermagem nos colectivos do ministro da saúde e dos directores provínciais.

Os pronunciamentos foram feitos hoje, em conferência de imprensa, no âmbito do encerramento do mês dos enfermeiros.

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