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Governo moçambicano gostaria que Chang tivesse sido julgado no país

A Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação defende que o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, devia ser julgado no paísContudo, Verónica Macamo diz que a decisão tomada pela justiça sul-africana, de extraditar Chang para os Estados Unidos da América, teve em conta os pressupostos legais.

A justiça sul-africana decidiu recentemente pela extradição do antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, para os Estados Unidos, para responder pelo seu envolvimento no escândalo das dívidas ocultas.

Esta terça-feira, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, defendeu que o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, devia ter sido julgado no país.

“O Governo moçambicano (entenda-se justiça) gostaria de ter julgado Chang, porque efectivamente, se houve algo que tenha lesado a pátria, isso foi aqui. Mas fez o esforço possível. O Governo tem que ser capaz de tomar conta de um país, em termos de garantias legais, mas também de fazer cumprir a lei. É importante, mas vingou o que vingou”, disse Verónica Macamo.

Contudo, a Ministra considera que tanto os EUA, como a África do Sul tiveram atenção aos pressupostos legais na decisão do destino de Manuel Chang.

“Eu penso que quer os EUA, quando solicitaram essa extradição, quer a África do Sul, quando aceitou, olharam para os pressupostos legais. Sobre estas coisas, não podemos falar porque estaríamos a interferir na soberania dos outros países. Penso que é de justiça que a gente não interfira.”

Verónica Macamo falava esta terça-feira, durante a submissão da candidatura do partido Frelimo para as sextas eleições autárquicas de Outubro próximo.

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