Os investidores interessados em comprar a concessão de carvão da empresa brasileira Vale, na província de Tete, vão apresentar “propostas firmes” até Dezembro, anunciou esta quarta-feira o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Ernesto Max Tonela.
“Prevemos que, no próximo mês de Setembro, vários investidores interessados poderão fazer “due diligence”, visitando a Vale, o que vai permitir que, até finais de Dezembro, apresentem propostas claras sobre o projecto”, disse Max Tonela.
Considerando que o processo de desinvestimento da Vale em Moçambique poderá ser concluído em 2022, Max Tonela disse, também, que o Governo irá avaliar o potencial das empresas e pronunciar-se-á sobre o cumprimento da legislação moçambicana sobre esse tipo de transacções.
A operação de saída da Vale de Moçambique, que, segundo Max Tonela está a seguir o cronograma estabelecido, passou pela aquisição pela empresa brasileira da participação de 15%, detida pela japonesa Mitsui na mina de carvão de Moatize. Com o negócio, a mineradora brasileira passou a deter 100% da concessão de carvão de Moatize.
A transação visa facilitar o desinvestimento na exploração de carvão em Tete, anunciado pela Vale em Janeiro. A Vale justifica a sua saída com o objectivo de ser neutra ao nível das emissões de carbono até 2050 e reduzir algumas das suas principais fontes de poluição daquele tipo até 2030.
Dados da Vale referem que, apesar do plano de desinvestimento, a empresa está empenhada em incrementar a sua produção de carvão na província de Tete, das actuais 10 milhões de toneladas para 15 milhões de toneladas no próximo ano.