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Governo insta população a proteger ecossistema de mangais

Foto: O País

A ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas diz que o país registou melhorias na reposição dos mangais destruídos, no entanto continua a haver destruição de grandes áreas. Lídia Cardoso falava, hoje, durante as celebrações do Dia Internacional para a Conservação do Mangal.

Celebrou-se, terça-feira, 26 de Julho, o Dia Internacional para a Conservação do Mangal, uma efeméride que acontece numa altura em que o país e o mundo assistem a uma destruição desenfreada deste tipo de vegetação.

Citando a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), nos últimos 40 anos, mais de 50% dos mangais do mundo desapareceram, devido à acção das indústrias de vários ramos, com principal ênfase para a pesca, situação que, no âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, suscitou um movimento de reflorestamento da floresta do mangal à escala universal.

Foi movido por esta necessidade que o Ministério do Mar assumiu um desafio com a União Europeia – plantar cinco mil mudas até ao fim deste ano.

“Da nossa meta de 5000 hectares, tivemos um progresso de 4 507,25 hectares de floresta de mangal restaurados, o que corresponde a 90,15 por cento da taxa de realização. Significa, por outras palavras, que, até ao fim do ano, temos a missão de restaurar 9,85 por cento, para que, efectivamente, possamos alcançar, com sucesso e regozijo perante o mundo, o nosso compromisso de 5000 hectares”, explicou Lídia Cardoso, ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas.

Segundo a governante, a Cidade e Província de Maputo estiveram no topo da concretização dos objectivos, tendo alcançado 482,89 por cento da taxa de realização, à mercê da restauração de uma área de 1448,66 hectares, dos 300 hectares inicialmente previstos. A Cidade e Província de Maputo são seguidas pela província de Sofala, que já atingiu 109,11 por cento, correspondentes a um progresso de 2000 hectares, dos 1833 programados.

Apesar destes números, ainda há desafios por ultrapassar. “Entre as províncias que precisam de fazer um esforço adicional, estão Cabo Delgado, neste momento, com apenas 10,24 por cento de taxa de realização; Zambézia, com 32,99 por cento; e Nampula, que já atingiu 42,67 por cento”, revelou Lídia Cardoso.

A ministra apelou aos populares presentes para apoiarem o Governo na restauração do ecossistema, e a população prometeu dar o seu contributo.

“Ao plantar mangais, protegemo-nos dos ventos e evitamos a agitação dos peixes. Por isso, saudamos a iniciativa. Estamos felizes com esta iniciativa do Governo. Estaremos vigilantes contra aqueles que cortam mangais para os usar como estacas de construção. Há quem vem plantar, mas, depois, volta à noite, por medo das autoridades, por isso estaremos vigilantes”, disse Júlia Manova, nativa de KaTembe.

As cerimónias centrais das celebrações do Dia Internacional para a Conservação do Mangal em Moçambique tiveram lugar em Incassane, distrito de KaTembe, mas com réplica no resto das províncias.

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