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Golo madrugador gerido com “cabecinha”

O último da tabela, sem vitórias no campeonato, na casa do vice-líder. O que se poderia esperar? O inverso do que sucedeu, diga-se…com inteira justiça! Mérito para os gazenses que desceram à Machava para enfrentar “de peito aberto” o adversário, usando com arma principal o respeito, mas nunca o medo.

O Macuácua soube fechar os caminhos para a sua baliza, permitindo as subidas do opositor, sem que isso representasse, como se diz na gíria desportiva, a colocação de um autocarro diante do seu expedito guarda-redes. Daí que a surpresa só terá a ver com os “galões” dos contendores, pois no balanço dos 90 minutos, a tónica dominante foi o equilíbrio, face às exíguas soluções que a turma de Barrarrijo levava para atingir os seus objectivos.

O primeiro e único golo da partida foi madrugador, surgiu quando estavam volvidos apenas 3 minutos. Foi assim: o conjunto comandado por Nacir Armando beneficiou-se de uma grande penalidade, após a bola ter embatido na mão de um dos atletas da casa. Chewa rematou fraco, para defesa incompleta de César. Porém, na recarga, o mesmo jogador atirou para o fundo das malhas.

Os locomotivas de Maputo, como lhes competia, tentaram responder, iniciando a corrida atrás do prejuízo. Com maior posse de bola, iam tentando fazer as suas incursões, mas sem resultados concretos, pois na finalização cometiam vários erros.  
Registou-se durante largos minutos, um embate com muito pouco espectáculo para o público que em número razoável se deslocou ao Estádio da Machava.

II parte: gerir com “cabecinha” a vantagem

Veio o reatamento, com Lucas Barrarrijo a efectuar algumas substituições, demonstrando a sua disposição em reverter o marcador o mais cedo possível diante do seu público. É verdade que a turma actuava pressionando no meio-campo adversário, mas era um “pressing” que não provocava desequilíbrios, com raros momentos de emoção.

Reconhecendo que os principais factores em jogo lhes seriam desfavoráveis se priorizasse o alargar do resultado, o Macuácua ia gerindo-o com frieza e, sempre que as ocasiões aconselhassem, encetava contra-golpes para manter o adversário em respeito.

A ponta final demonstrou que nem com as mexidas no plantel o Ferroviário de Maputo ganhou capacidade para contrariar a história do jogo escrita aos três minutos, através de um ineficaz despejar de várias bolas para o sector recuado do adversário. A resistência dos gazenses estendeu-se até ao apito final. A Associação Desportiva de Macuácua chegava deste modo à sua primeira vitória no Moçambola ZAP, ao fim de 13 jornadas.

 

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