O ambientalista Fraydson Sebastião defende que é preciso esclarecer a quantidade de veneno usado para matar milhares de peixes na lagoa no Niassa e só assim se pode fazer estudos para restaurar o ecossistema. Por sua vez, Rui Silva entende que pode ser uma nova estratégia dos caçadores furtivos abaterem animais de grande porte.
O caso deu-se no interior da província do Niassa numa área de conservação que faz limite com uma reserva especial. Reagindo ao problema, o ambientalista Fraydson Sebastião disse que não há dúvidas que os peixes foram envenenados e explicou que: “Os peixes respiram na água, na água há oxigênio. Os peixes dependem desta água para poder sobreviver, se nós vamos afectar o seu meio, naturalmente, que vai haver essas consequências que nós vimos e pela quantidade de peixe que foi visível nas imagens dá a entender que foi uma dosagem muito pesada”, disse Fraydson Sebastião.
Segundo o ambientalista, a situação carece de estudos para tentar estudar o nível de restauração desse ecossistema. Explica ainda que o meio ambiente, por si só, pode fazer o papel de restauração do nível das implicações que o tal veneno.
O ambientalista Rui Silva diz que pode ser uma nova estratégia dos caçadores furtivos para abater animais de grande porte que consumirem a água.
“Isto pode ter uma leitura de que os caçadores furtivos, dada a fiscalização que tem sido feita pelos fiscais, estão a arranjar novas técnicas para actuar, são técnicas silenciosas e que não alertam”, avançou Rui Silva, ambientalista.
Além disso, os especialistas apelam para a implementação da educação ambiental nas sociedades.