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Fuga de gás mata 11 moçambicanos na África do Sul

Dezassete pessoas, 11 das quais de nacionalidade moçambicana, perderam a vida na sequência da explosão de uma botija de gás numa mina ilegal, na África do Sul. Houve registo de quatro moçambicanos internados, entretanto um já teve alta, segundo confirmou o cônsul-geral de Moçambique em Joanesburgo.

A situação no bairro informal de Boksburg, na zona leste de Joanesburgo, onde uma botija de gás explodiu, causou a morte de 17 indivíduos, entre eles moçambicanos, zimbabweanos e lesotianos, e hospitalização de outros.

O incidente ocorreu na noite de quarta-feira e, entre as vítimas mortais, há 11 moçambicanos, segundo confirmou ao jornal O País Guilherme Tamele, cônsul-geral de Moçambique em Joanesburgo.

Guilherme Tamele avançou ainda que os moçambicanos mortos e feridos estavam na companhia de cidadãos de outras nacionalidades. Parte deles pretendiam explorar ouro as escondidas naquele local.

As autoridades moçambicanas dizem que estão em coordenação com a contraparte sul-africana, para apurar quem, entre as vítimas, pretendia explorar ouro ilegalmente e quem estava apenas nas proximidades.

MOÇAMBIQUE COM DIFICULDADES EM IDENTIFICAR FAMÍLIAS DAS VÍTIMAS

As autoridades moçambicanas estão a ter dificuldades em identificar os familiares dos moçambicanos que morreram na África do Sul, na sequência da explosão de uma botija de gás. O cônsul-geral de Moçambique em Joanesburgo diz que os trabalhos continuam.

Os moçambicanos que perderam a vida e os que ficaram internados na vizinha África do Sul, em consequência da explosão de uma botija de gás, entraram no país ilegalmente e indocumentados, o que está a dificultar a identificação das famílias.

“Há muitos concidadãos nossos que não se registam nos nossos consulados. Uns registam-se outros não. Alguns têm inscrição consular e outros não. E, consequentemente, quando acontecem coisas similares, não há referências das pessoas sobre a sua origem, que actividades fazem e onde estão. Isso dificulta o processo de busca de informações sobre essas pessoas”, revelou Guilherme Tamele.

O cônsul-geral de Moçambique em Joanesburgo diz que, neste momento, decorre o processo de busca de informações junto das testemunhas.

“Nós temos de avançar isso com documentação e com família, de modo a demonstrar que se trata de moçambicanos. Temos de recolher informação junto das testemunhas e compilar informações mais próximas da verdade”, explicou.

As autoridades sul-africanas ponderam envolver as embaixadas dos países de origem das vítimas do incidente mortal, para discutir planos de enterro, de acordo com informações avançadas pela SABC.

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