Foram violadas 95 pessoas em todo o país durante a última quadra festiva. O sector da saúde diz que, apesar da redução dos casos de violação, em relação ao ano 2022, os números continuam a ser preocupantes.
Durante o Natal e a transição do ano, houve redução de acidentes de viação e de óbitos na via pública, sendo 19 contra 42 em igual período e 24 contra 48, respectivamente.
No entanto, o número de casos de agressão física e violação de menores prevaleceu alto, segundo o Ministério da Saúde.
“Ainda observamos com preocupação a ocorrência de violência doméstica e violência sexual. Apesar de ter diminuído, registamos ainda casos preocupantes, 95 casos registados nas unidades hospitalares de violação e de violência doméstica de cerca de 213 casos”, avançou Feliz Pinto, em representação do Ministério da Saúde.
Na reunião de balanço da quadra festiva, que decorreu esta quinta-feira, a fonte disse ainda que os casos estão relacionados ao excessivo consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas.
“Para a agressão física, nós temos a preocupação com a Província e Cidade de Maputo, com particular aumento de casos na Cidade de Maputo e na Província de Manica.”
Sobre as mortes dentro das unidades sanitárias, Pinto diz que, na última quadra festiva, houve uma grande redução, que resulta essencialmente da rápida prestação de socorro e disponibilidade das urgências em cuidar e/ou reanimar as vítimas.
“Nós observamos uma queda em 50%, o que, para nós, constitui um ponto positivo neste período. Tivemos um registo de 35 óbitos, contra 66 do ano passado.”
Apesar do balanço positivo, ao sector da saúde preocupa ainda os casos de acidentes de viação, com maior incidência na Cidade de Maputo, províncias de Inhambane, Nampula e Zambézia.
Por seu turno, a PRM avançou que a província de Inhambane foi a que registou mais casos de acidentes de viação, a nível nacional.
“De forma geral, podemos afirmar que a quadra festiva foi tranquila, pois registámos redução dos acidentes de viação, em 23 casos, correspondentes a 55%. Esta tranquilidade deveu-se, em parte, à efectivação dos planos da PRM, como Zalala e Tsakane, pelos quais envolveu unidades diversas, que lidam com a segurança rodoviária”, disse Agostinho Amor, chefe do Departamento de Sinistros no Comando da PRM.
Mesmo assim, para a PRM e para o sector da Saúde, o balanço da quadra festiva é positivo.