Foi lançado em Maputo, esta terça-feira, o livro “Eu e o Meu Sonho: Memórias de um Povo em Armas”, da autoria de Francisco Cabo. A obra do veterano revisita o percurso da luta de libertação nacional e defende a necessidade de uma independência económica no país.
Com um tom reflexivo e patriótico, Francisco Cabo, no livro “Eu e o Meu Sonho: Memórias de um Povo em Armas”, narra o que viveu no processo da libertação nacional e hoje apela à independência económica, que na sua leitura é um grande desafio para o país.
Para o autor do livro, os momentos que são relatados no livro são mensagens de coragem, determinação e esperança. “A fase actual, que é uma fase de luta pela independência econômica, também requer muito sacrifício. Por isso mesmo, essa determinação que os combatentes de 25 de Setembro tiveram deve ser fonte de inspiração para os mais jovens”, disse Francisco Cabo.
O veterano da luta de libertação afirma que os moçambicanos devem trabalhar para a paz efectiva no processo do Diálogo Nacional Inclusivo.
“É um momento em que nós temos que estar todos juntos, embora haja diferença em ideias, mas as ideias devem ser ouvidas, discutidas e no sentido de formar consenso. E é esse consenso que pode nos levar para levar avante o desenvolvimento do país”, assume Francisco Cabo.
O governo enalteceu o lançamento e encorajou outros veteranos a registar as suas experiências para preservar a memória colectiva e fortalecer a identidade nacional.
Os apreciadores da literatura que estiveram no local, falam de um livro que reacende a essência dos moçambicanos em nome do progresso e liberdade.
É o caso de Eduardo Zuber que considera que o livro é uma forma de entender a perspectiva do sonho numa fase em que o país precisa desenvolver-se.
“Trazer esse livro em uma vertente econômica depois de 50 anos de independência, significa que a experiência da luta pela libertação nacional, do que ele passou, do que ele queria ser, o que está acontecendo hoje em dia. Eu acho que não haveria melhor testemunho do que escrever um livro e entendermos qual era a perspectiva do sonho em uma fase em que o país precisa desenvolver-se e cada um fazer a sua parte para que a economia de Moçambique suba”, disse Eduardo Zuber.
Por seu turno, Joanica Sitoe assume que o livro vai trazer estímulo para a juventude sonhar com um país melhor. “Eu acho que, como jovem, o livro vai trazer muita coisa importante. Eu acho que a mensagem que vem no livro irá estimular o jovem a sonhar mais primeiro e a aprender mais sobre o seu país, sobre o seu povo. Eu acho que é o que o livro mais traz para os jovens”, assume Joanica Sitoe.
Após o lançamento desta obra, na Cidade de Maputo, esta terça-feira, Francisco Cabo promete mais livros, reafirmando o compromisso de manter viva a história e o espírito de união entre os moçambicanos.

