A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, foi recebida hoje pelo representante permanente da França nas Nações Unidas, Nicolas de Riviére, com quem discutiu a candidatura de Moçambique a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A França é o quarto membro permanente daquele organismo das Nações Unidas com que a delegação moçambicana se reuniu.
No final do encontro, o diplomata francês disse que o seu país está pronto para acolher e ajudar Moçambique no Conselho de Segurança, até porque considera a sua presença importante para o órgão. “A França aguarda, com grande expectativa, a adesão de Moçambique ao Conselho de Segurança em 2023 e 2024. Tenho a certeza de que vamos ter muito trabalho. Estou certo de que Moçambique trará muita experiência da África Austral para o Conselho de Segurança. Tem experiência na cooperação com as Nações Unidas. A experiência na resolução de conflitos de uma forma pacífica e, por conseguinte, a França e Moçambique cooperarão muito bem em conjunto. Tenho a certeza disso”, disse o diplomata.
A França é um dos países europeus que lideram a combate ao extremismo islâmico na região do Sahel em África e Moçambique enfrenta o mesmo problema no Norte, daí que a sua participação no Conselho de Segurança é vista como oportuna para uma resposta internacional muito bem coordenada ao terrorismo.
Por seu lado, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação agradeceu pela abertura da França para apoiar Moçambique antes da eleição e mesmo depois de ter sido eleito e considera que a reunião com o diplomata francês aprofundou ainda mais a convicção de que o país fez a escolha certa de se juntar aos esforços internacionais para a garantia e manutenção da paz e segurança no mundo.
A delegação moçambicana não conseguiu ainda reunir-se com a Missão Permanente dos Estados Unidos da América nas Nações Unidas, porque a sua representante permanente não se encontra, por estas alturas, em Nova Iorque.
Ainda hoje, Verónica Macamo participou da Assembleia-Geral das Nações Unidas que elegeu o Presidente da Mesa da Assembleia-Geral e os Presidentes das Comissões de Trabalho, tendo Moçambique sido eleito Presidente da Comissão de Assuntos Jurídicos e Legais.