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Forças Armadas frustram tentativa de golpe de Estado no Benin

As Forças Armadas do Benin frustraram, este domingo, uma tentativa de golpe de Estado. A informação foi divulgada pelo Ministério do Interior daquele país da África Ocidental, após um grupo de soldados ter reivindicado, em rede nacional de televisão, a tomada do poder.

Na manhã deste domingo, foram ouvidos tiros enquanto soldados bloqueavam o acesso ao palácio presidencial, na capital econômica do Benin. 

Oito soldados, usando boinas de cores variadas e armados com fuzis, autodenominados “Comitê Militar para a Refundação” anunciaram, na televisão pública daquele país da África Ocidental, que haviam deposto o presidente Patrice Talon e encerrado todas as instituições estatais.

O grupo proclamou um tenente-coronel como presidente e justificou  a tentativa de tomada de poder, apresentando uma lista de reivindicações, citando a deterioração contínua da situação de segurança no norte do Benim, o descaso com os soldados mortos em combate e suas famílias abandonadas à própria sorte, bem como “promoções injustas às custas dos mais merecedores”.

Entretanto, a acção foi rapidamente neutralizada pela Guarda Republicana, que retomou o controle do edifício e repôs a ordem. Momentos depois, o governo do Benim declarou que a tentativa de golpe em Cotonou havia sido “frustrada”. 

Na manhã deste domingo, 7 de Dezembro de 2025, um pequeno grupo de soldados engajou uma mutinaria com o objetivo de desestabilizar o Estado e suas instituições. Frente a esta situação, as Forças Armadas Berinoas e sua hierarquia, fieis ao seu exército, continuaram republicanas. Suas respostas permitiram manter o controle da situação e derrubar a manobra”, disse Alassane Seidou, ministro do Interior do Benin.

Em resultado, 13 soldados foram presos, incluindo os autores da tentativa, embora o tenente-coronel Pascal Tigri, apontado como líder, e outro membro tenham conseguido fugir, de acordo com fontes militares e de segurança.

Patrice Talon está no poder desde 2016 e deverá concluir o seu segundo mandato em Abril de 2026, após as eleições presidenciais.

Este é o mais recente golpe militar na África Ocidental, depois de, na semana passada, um grupo de militares tomar o poder na Guiné-Bissau, destituindo o Presidente Umaro Sissoco Embaló. 

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