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FMF dá luz verde a Horácio Gonçalves para convocar quem quiser para a COSAFA

A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) garante que vai criar toda logística necessária de modo a que os Mambas tenham boa preparação para atacar a Taça COSAFA. O órgão diz que o técnico é soberano e pode convocar o jogador que achar conveniente, sendo que caberá à FMF o trazer para atacar a prova que Moçambique nunca conquistou em seniores.

18 participações, nenhuma conquista. São números de Moçambique na sua participação na Taça COSAFA em seniores, desde a sua criação em 1997. A única prestação vistosa de Moçambique foi o terceiro lugar alcançado em 2008 (derrota contra África do Sul por 2-1) e 2015 (derrota contra Namíbia por 2-0).

Neste último desaire, até se sonhou mais de Moçambique nas mãos de João Chissano, mas o sonho acabou por morrer aos pés dos namibianos com dois pontapés certeiros.

São dados do passado, mas nem com isso deixam de ser pouco simpáticos. Horácio Gonçalves que, há menos de uma semana fez soar o alarme de interferência da FMF no seu trabalho, terá a oportunidade de escrever o seu nome e, para que escreva bem, como bem disse o técnico, muita coisa tem de mudar urgentemente.

O primeiro teste a doer do técnico português será a Taça COSAFA e tudo será feito para que se faça boa campanha, desde a integração de jogadores de que o seleccionador necessitar, segundo garante a Federação Moçambicana de Futebol.

“Não podemos dizer agora que selecção vai a COSAFA. Isto fica ao critério da equipa técnica. Estamos a trabalhar neste sentido. Para que a equipa técnica possa tirar as melhores ilações, estamos a realizar estes jogos referentes à data FIFA”.

Horácio Gonçalves, quando explodiu, exigiu mudanças na Federação Moçambicana de Futebol ou, se não, não tem perfil de seleccionador nacional. O órgão máximo que superintende o futebol nacional sabe que o treinador está incomodado, por isso tratou de minimizar a situação, afirmando que é soberano, pelo que, na selecção, poderá contar com quem quiser.

“O Moçambola está a decorrer, sendo que todos os atletas estão no activo. Com isto, estamos a dizer que a selecção dos jogadores ficará a cargo da equipa técnica e nós vamos apenas dar o apoio logístico. A equipa técnica fará o que achar conveniente, porque é soberana”, disse o Secretário-geral da Federação Moçambicana de Futebol.

Zimbabwe, líder das conquistas da Taça COSAFA

Numa lista restrita de vencedores da COSAFA, na qual Moçambique não faz parte, Zimbabwe aparece no “poule position”

Três anos depois da criação da Taça COSAFA, prova que conta com a participação de países da zona Austral de África, Zimbabwe começava a desenhar a sua hegemonia regional. Quis a história que Zâmbia baptizasse o seu nome no topo. Noa ano seguinte, houve nova conquista. Depois, foi a vez de Angola em 1999.

Depois disto, Zimbabwe foi o senhor da região, ainda que de forma intercalada, ao carregar para os seus anais seis títulos. Em 2000, 2003, 2005, 2009, 2017 e 2018, os zimbabwianos foram imperiais e, na primeira final, humilharam Lesotho por 3-0. Era esta a maior vitória do Zimbabwe na competição.

Ao grupo de vencedores da COSAFA, junta-se Zâmbia, o primeiro país a conquistar a Taça COSAFA, que aparece na segunda posição depois de Zimbabwe, selecção que, curiosamente, venceu em duas finais, em 1998 e 2013. Além da conquista de 1997, os zambianos foram gigantes em 1998, 2006, 2013 e 2019.

A África do Sul completa o pódio dos países com mais títulos. Os homens da terra do rand conquistaram a prova continental por quatro ocasiões – 2002, 2007, 2008 e 2016. Destas conquistas, consta a obtida diante de Moçambique, em 2008, por 2-0.

Diferentemente do país-irmão, Moçambique, Angola já foi ao pódio da competição por três vezes.

Depois da criação da prova, os angolanos precisaram de esperar apenas dois anos para se juntarem aos grandes, tendo vencido o certame por três vezes.

1999, 2001 e 2004 foram os anos de glória dos homens do atlântico. As conquistas dos angolanos sempre foram a tangente – 1-0 diante da Namíbia em 1999 e Zimbabwe em 2004. Também consta a obtida a doer diante da Zâmbia por 5-4, depois de nulo no tempo regulamentar.

Para fechar a lista dos vencedores, aparece Namíbia que, por uma vez, foi ao trono ao vencer, curiosamente, Moçambique na final por 2-0, na era de João Chissano.

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