A Federação Moçambicana de Futebol procedeu a entrega de 4.550 testes da COVID-19 aos clubes que disputam o Moçambola 2021 por forma a garantir um retorno seguro da competição. Para já, foram 1.500 entregues e, mais tarde, serão entregues os restantes. Os árbitros receberam 500 testes
Foi um acto que constituiu um momento que deverá ficar para a história do futebol moçambicano. Até porque foi assim que foi classificado o momento de entrega dos testes rápidos de despiste da COVID-19 aos clubes, esta terça-feira, uma das promessas da Feizal Sidat para garantir retoma do campeonato nacional de futebol. Por isso mesmo, a entrega foi feita da Federação Moçambicana de Futebol, gestora do futebol nacional, para a Liga Moçambicana de Futebol, por ser gestora do Moçambola.
Numa primeira fase, são 4550 testes entregues aos clubes, a razão de 325 testes por cada um dos 14 clubes que disputam o Moçambola, o que vai garantir a testagem pelas próximas 12 a 15 semanas, segundo garantia de Feizal Sidat, presidente da FMF. “Vamos fazer a entrega dos restantes testes nos próximos dias, porque acreditamos que este lote vai dar para 12 a 15 jornadas.
O que esperamos é que haja uma boa conservação”, disse Sidat, para depois garantir que “vamos assegurar os testes do Moçambola até ao final da prova”.
Aliás, Feizal Sidat deu a garantia de que a testagem aos intervenientes do Moçambola será feita com a supervisão do gabinete médico da FMF, com apoio do Instituto Nacional de Saúde, para assegurar que não haja problemas com os resultados, até porque o pessoal de gabinete médico dos clubes foi formado em matérias de manuseamento de testes e recolha de amostras.
E para um melhor cumprimento das normas a serem cumpridas pelos clubes, que através de um memorando de entendimento receberam apoio de testes, a Federação Moçambicana de Futebol elaborou um regulamento que “esperamos que seja cumprido na íntegra pelos clubes que vão disputar o Moçambola”.
Para além destes testes entregues aos clubes do Moçambola 2021, a Federação Moçambicana de Futebol tem a intenção de adquirir cerca de 7.000 testes, contando com outras categorias do futebol que são movimentadas pelo órgão gestor do futebol nacional.
“Estamos a adquirir 7.000 testes para todos os intervenientes dos clubes e selecções nacionais. Sabemos que o futebol não é só Moçambola. Temos selecções nacionais de várias categorias, temos pessoal da CNAF, da própria Federação Moçambicana de Futebol, da Liga Moçambicana de Futebol, de todos os intervenientes das várias categorias do futebol e queremos garantir que todos possam beneficiar-se destes testes”, disse o presidente da FMF.
LMF ESPERA QUE SEJA PORTA PARA RETOMA DO MOÇAMBOLA
Numa primeira fase, serão testados todos os intervenientes do Moçambola e, mais tarde, apenas 15 elementos em cada clube, escolhidos aleatoriamente. Uma satisfação para a Liga Moçambicana de Futebol.
Ananias Couana, presidente da Liga Moçambicana de Futebol, considera que o acto “representa uma prova inequívoca do cumprimento das promessas da Federação Moçambicana de Futebol”, que espera que possam continuar. No entanto, está ciente de que “os testes não são o fim, mas devem ser complementados por todas as medidas de prevenção da COVID-19”.
Por isso mesmo, Ananias Couana espera que este acto sirva também como porta para possível retoma do Moçambola a breve trecho. “Estamos a cumprir com todos os passos recomendados para retoma do Moçambola. E esperamos que todos continuem a seguir as recomendações da saúde”, disse, acrescentando que “a recepção dos testes aumenta as expectativas e esperanças de retoma do Moçambola”.
Deixou ficar uma palavra de apreço aos clubes com muitas dificuldades para continuarem a treinar para o regresso da competição.
Para além dos clubes, 500 testes foram entregues também à Comissão Nacional dos Árbitros de Futebol.
PARAGEM TRAZ PREJUÍZOS
Para já, a expectativa da Liga Moçambicana de Futebol, bem como dos clubes presentes no acto da entrega dos testes da COVID-19, é que haja abertura para autorização para retoma do campeonato nacional de futebol. Segundo Ananias Couana e outros intervenientes, espera-se que, na próxima comunicação à nação do Presidente da República, seja anunciada a retoma da prova.
Depois disso, segundo a coordenação feita entre a Liga Moçambicana de Futebol e os clubes, o Moçambola retoma 15 dias depois da autorização, para dar tempo ao organismo que gere a prova se reorganizar para que não hajam sobressaltos. “Apesar dos clubes estarem a treinar, entramos em coordenação com os clubes no sentido de que poderíamos retomar a prova 15 dias após o anúncio da retoma”, garantiu Ananias Couana.
Vacinação dos intervenientes do Moçambola depende da resposta da SED
Relativamente à provável vacinação aos intervenientes do Moçambola 2021 para que não haja situações futuras, a Federação Moçambicana de Futebol entrou em contacto com a Secretaria de Estado do Desporto para fazer o pedido.
A Secretaria de Estado do Desporto, por seu turno, solicitou a lista dos intervenientes e as condições necessárias para a vacinação dos desportistas e a FMF garante já ter enviado o pedido da SED, nomeadamente a lista dos clubes, da LMF, da FMF, da CNAF, técnicos e todos os envolvidos no Moçambola e “agora estamos à espera que, a qualquer momento, nos chamem para que possamos comunicar a todos para quando será o arranque da vacinação”, segundo disse Feizal Sidat.
Vale isto dizer que, segundo Sidat, “tudo está agora a cargo da SED, para que haja vacinação dos intervenientes do Moçambola.