Cerca de 90 jovens iniciam próximo mês a penúltima fase de capacitação para trabalhar em diferentes ramos da indústria no país.
Esta iniciativa enquadra-se no âmbito do programa Field Ready cujo objectivo é absorver mais mão-de-obra local para trabalhar sectores de gás e petróleo.
Trata-se de um processo que teve o seu arranque no ano passado com mais de 350 estudantes de engenharia inscritos, sendo que depois de cinco estágios de formação, apenas 90 poderão ser submetidos a penúltima fase que inicia já no mês de Fevereiro e terá a duração de trinta e duas semanas.
Segundo o presidente da Autoridade Nacional de Educação Profissional, Gilberto Botas entidade responsável pelo programa, depois desta formação, serão selecionados 50 jovens que poderão trabalhar em diferentes empresas de gás e petróleo que operam no país.
“Deve-se dizer que não é nada para cima da formação que está sendo ministrada acima dos nossos institutos. Mas é prepará-los para os requisitos que as empresas neste momento exigem”, esclareceu Gilberto Botas.
Esta capacitação, que terá lugar na Matola e a outra Nampula, poderá abranger, somente, estudantes de engenharia quer do nível médio ou superior que frequentam as áreas eletrotécnica e mecânica-auto, mas o de higiene e segurança no trabalho será o mais dominante. “Vamos também capacitá-los em inglês técnico porque essa indústria usa a língua inglesa como oficial. Mas enfatizamos muito essa ideia de segurança e higiene no trabalho”, sublinhou Gilberto Botas.
Por sua vez, o ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, disse que esta abertura das empresas que operam no ramo dos recursos minerais é um sinal inequívoco de que estas sempre lutaram pela melhoria da qualidade dos técnicos moçambicanos.
“Baseado na experiência da República do Gana, o programa “Field Ready” foi desenhado em estreita ligação com o sector produtivo e, o seu resultado é com certeza, aquilo que a indústria moçambicana está a procura: jovens altamente qualificados, com um alto potencial de empregabilidade para responder às necessidades de uma indústria bastante exigente”, reconheceu Jorge Nhambiu, ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional.
Num outro desenvolvimento, Nhambiu revelou que o governo quer assegurar que este exercício de harmonização entre as leis moçambicanas e as expectativas do sector privado irão, com certeza, “trazer ganhos para todos e, no fim, do processo, o nosso país, Moçambique, será o maior beneficiário de iniciativas do género”.
Esta informação foi partilhada, ontem, em Maputo, durante a abertura do seminário da aliança de parceiros corporativos e governamentais do programa Field Ready Moçambique.