Ferroviário de Maputo, com nove jogadores, é o clube mais representado na lista de pré-convocados da selecção sénior masculino de basquetebol para o AFroCan 2019, prova a decorrer de 19 a 28 de Julho, em Bamako, Mali.
Com efeito, o seleccionador nacional, Milagre Macome, chamou Pio “Lingras” Matos (base); Orlando “Nando” Novela (base); David Canivete (extremo); Ermelindo “Mindo” Novela (extremo-base), Inélcio Chire (poste), Dércio Mula (poste); Milton Caifaz (extremo), Hugo Martins (extremo) e Manuel Uamusse (extremo).
Destaque para a inclusão do base Mirlon Parruque, um dos jogadores preponderantes para que a A Politécnica conquistasse, em Junho, a Engen Maputo Basket após derrotar o Ferroviário de Maputo (56-55) no jogo 3 dos play-offs. Ainda nos vencedores do Campeonato da Cidade, foram convocados Klaus Bunguele (extremo que foi considerado MVP) e o poste Lote Tonela, referência interior dos “universitários”.
O Ferroviário da Beira, vice-campeão nacional, contribui com quatro jogadores, nomeadamente Elves “Stam” Honwana, Ayad Munguambe, Carlos Marinze e Ismael “Timo” Nurmamad.
De Portugal, precisamente do Terceira Basket, foi chamado o extremo Augusto “Gordo” Matos, ele que falhou a fase de qualificação para esta competição, realizada no Zimbabwe.
No Costa do Sol, Mila convocou o base e capitão da equipa Nilton Seifane e o jovem poste Asmilton Ribeiro, jogador que esta temporada transferiu-se da A Politécnica para os “canarinhos”.
Uma vez mais, e numa corrida contra-relógio, a selecção nacional terá de fazer a sua preparação em território nacional tendo em vista esta competição.
Magoliço e Custódio fora de jogo
Ainda que não sejam conhecidos os motivos, salta a vista o facto de Octávio Magoliço e Custódio Muchate não constarem da pré-convocatória da selecção nacional de basquetebol sénior masculino. Os dois atletas do Ferroviário de Maputo estiveram nas eliminatórias da zona VI, no Zimbabwe.
Magoliço tem a particularidade de ter disputado sete campeonatos africanos consecutivamente
APURAMENTO NO ZIMBABWE
Lembre-se que Moçambique assegurou a qualificação ao AfroCan durante as eliminatórias da zona VI para a competição, tendo conseguido um saldo de três vitórias e uma derrota.
O conjunto de Milagre “Mila” Macome entrou em falso, tendo perdido com o Zimbabwe por seis pontos: 67-61.
Já na segunda jornada, perante um adversário sem argumentos, não teve dificuldades para vencer por 90-47. Nova vitória, na terceira jornada (segunda volta) diante da Zâmbia por 71-60 reacenderam as esperanças de apuramento que viria a confirmar-se com o triunfo frente ao Zimbabwe (quarta jornada) por 80-65.
Uma qualificação conseguida debaixo de enormes dificuldades, tendo em conta a fraca preparação e condições de viagem (via terreste) para Zimbawe.
SUPERAR OS NÚMEROS DE 2017
É um facto que Moçambique teve uma prestação aquém das expectativas no Afrobasket 2017, prova co-organizada pelo Senegal e Tunísia.
Moçambique perdeu, na estreia, com a sua similar do Egipto por 75-47, num jogo em que Custódio Muchate (13 ressaltos) e Elton Ubisse (nove pontos) estiveram em bom plano.
Já na segunda jornada, a selecção nacional derrotou a África do Sul (67-61) com Elton Ubisse (13 pontos e cinco ressaltos) e David Canivete (12 pontos e seis ressaltos) a evidenciarem-se.
Na despedida, Moçambique perdeu com o anfitrião Senegal (80-49) numa partida em que os senegaleses foram superiores.