Decorrem os preparativos para as exéquias fúnebres de Dom Alexandre José Maria dos Santos. Serão três dias de cerimónias, reservados às pessoas singulares e crentes que queiram dar o seu último adeus ao primeiro cardeal moçambicano.
As cerimónias terão início no dia 5 de Outubro. O corpo de Dom Alexandre sairá da morgue e, antes de repousar na sua última morada, vai passar por alguns locais que fizeram parte da sua vida e obra, conforme explicou Dom Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo.
“O corpo sairá da morgue para a Igreja Santo António da Polana; de lá vai para Universidade São Tomás de Moçambique e, no fim da tarde, sairemos para Khongolote, na casa onde viveu os seus últimos anos e toda a noite vão passar pessoas para se despedir, com cânticos e orações”, explicou o sacerdote.
Nesses locais, todas as pessoas singulares que queiram despedir-se do Cardeal poderão aproximar-se para o fazer.
Já o dia seis será reservado às 46 paróquias da Arquidiocese de Maputo, que poderão dar o seu último adeus a Dom Alexandre, bispo que sempre esteve presente na formação destas congregações.
“Logo de manhã, vamos sair para a Catedral. De manhã, haverá uma celebração eucarística e, em grupos, os crentes das paróquias vão passar para se despedir até à tarde, já às 18 irei celebrar a missa para a conclusão do velório”, referiu.
Serão 15 representantes de cada paróquia e, no dia do velório, serão apenas dois por cada paróquia, porque a maioria terá feito isto no dia seis.
No dia sete, último dia das exéquias, haverá uma cerimónia de Estado e espera-se que o número de participantes não possa passar de 50 pessoas.
“O decreto fala de 50 pessoas dentro, mas já submetemos um pedido ao ministério da Justiça a pedir a presença de 300 pessoas, esperamos uma resposta positiva para os dois dias”, disse Dom Chimoio.
O reitor da Universidade São Tomás, Joseph Wamaca, disse que a passagem do corpo pela universidade será um momento para homenagear o seu fundador.
“Estamos a organizar uma homenagem para publicamente reconhecer os seus feitos e também rezar por si. Queremos endereçar-lhe o nosso muito obrigado, prometer que vamos continuar com o seu legado, mas também queremos dizer à sociedade moçambicana que a São Tomás será a mesma mesmo com a morte de Dom Alexandre; vamos continuar com o seu lema: servir e não ser servido”
Durante a viagem da Universidade São Tomás ao bairro Khongolote, onde vivia o cardeal, o corpo vai passar pela Estrada Circular, entrando pela Avenida Dona Alice, até encontrar a Avenida Dom Alexandre, onde se espera que todos que queiram despedir-se e voluntários que trabalharam na visita papal acompanhem o cortejo fúnebre.