A Amnistia Internacional culpa a União Europeia pelo crescente número de mortes em torno da crise dos migrantes e refugiados do mediterrâneo. Só este ano, mais de duas mil pessoas morreram na tentativa de chegar à Europa, de acordo com a BBC News.
O Director da Amnistia na Europa, John Dalhuisen, acusou a União Europeia de não ter políticas e estratégias viáveis para pôr fim à crise de refugiados e migrantes que iniciou há mais de três anos.
Dalhusein afirma que, em vez de salvarem vidas e oferecer a protecção, os Ministros da Europa limitam-se a fazer acordos inúteis com a Líbia num desesperado desejo de impedir que os refugiados e migrantes cheguem à Itália.
O Ministro de Negócios Estrangeiros, Angelino Alfano, reiterou o plano de afastar cada vez mais os migrantes e refugiados do território Europeu.
“Para que possamos reduzir o número de pessoas que vêm aqui, na Europa, precisamos reduzir o número daqueles que chegam à Líbia. Não basta o controlo da fronteira do Norte da Líbia, o mar, mas também um maior controlo de suas fronteiras do Sul para diminuir o número de migrantes e refugiados que entram na Líbia. Este é o ponto crucial que gostaria de enfatizar”, disse o Ministro na conferência de imprensa sobre imigração.
As três principais rotas usadas por migrantes e refugiados de vários países africanos em direcção à Europa desencadeiam na Líbia. É naquele país onde milhares de refugiados e migrantes ficam vulneráveis à tortura, abuso sexual e afogamento no processo da travessia.