O artista plástico Eugénio Saranga apresenta, nesta quarta-feira, uma exposição intitulada “Os que julgam sem voz – ensaio sobre a ferida da caça furtiva”, na Fundação Fernando Leite Couto.
A exposição apresenta uma faceta de Saranga, virada para as questões contemporâneas da vida selvagem ao próprio comportamento humano ligado à natureza.
Eugénio Saranga pertence à geração de artistas que se posiciona num momento de reafirmação de arte plástica moçambicana e procura ir além do que se exige ao artista, viver o seu tempo e denunciar o que subverte a ordem das coisas. A natureza e tudo que nela habita.
Nas obras de desenho com recurso a tinta-da-china e caneta gel sobre papel, as imagens são associadas ao mundo selvagem ao mesmo tempo que espiritual. Sobre as figuras preenchidas pelo preto destaca-se o vermelho, das criaturas ávidas de se alimentar de outros seres, dos animais que serão feridos de uma morte inesperada, que vai servir a um fim que vai além da ganância humana.
Eugénio Saranga é, actualmente, artista plástico e curador de arte. É membro e vice-presidente do Núcleo de Arte e da Associação de Fotografia em Moçambique.

