Os Estados Unidos da América impuseram, esta segunda-feira, sanções contra Emmerson Mnangagwa e 12 pessoas pelo seu alegado envolvimento em corrupção e graves violações dos direitos humanos.
Além de Emmerson Mnangagwa, integram a lista o vice-presidente Constantino Chiwenga, o brigadeiro-general Walter Tapfumaneyi e o empresário Kudakwashe Tagwirei, ao abrigo da lei de responsabilização em direitos humanos Global Magnitsky.
Num comunicado, citado pela Voz da América, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional diz que “continuamos a testemunhar graves abusos dos direitos políticos, económicos e humanos”, no Zimbabwe.
Adrienne Watshon afirma que “os ataques à sociedade civil e as severas restrições à actividade política sufocaram as liberdades fundamentais, enquanto os principais intervenientes, incluindo líderes governamentais, desviaram recursos públicos para ganhos pessoais. Estas actividades ilícitas apoiam e contribuem para uma rede criminosa global de suborno, contrabando e branqueamento de capitais que empobrece comunidades no Zimbabwe, na África Austral e noutras partes do mundo”.
A porta-voz do Conselho de Segurança nacional afirma que as acções para retirar o programa de sanções anterior e impor sanções aos principais intervenientes no âmbito do programa de sanções Global Magnitsky fazem parte de um esforço contínuo para garantir que “estamos a promover a responsabilização por graves abusos dos direitos humanos e corrupção de uma forma direcionada e estratégica”.
Por seu lado, o secretário de Estado considerou que as novas medidas faziam parte de uma “política de sanções mais forte e mais dirigida” e expressou sua preocupação com “casos graves de corrupção e abuso dos direitos humanos”.
Mnangagwa, cujo partido está no poder há mais de quatro décadas, foi declarado vencedor nas eleições realizadas em Agosto do ano passado que, segundo observadores internacionais, ficou aquém dos padrões democráticos.
Ele é o segundo líder consecutivo do Zimbabwe a enfrentar sanções dos Estados Unidos, depois do veterano Presidente Robert Mugabe.